sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O melhor exemplo do que não seguir!

Todo mundo se perguntava, “o que tem importante na data 11/11/11?”, a resposta ? Nada.

Mas foi nessa data que o Dead Fish marcou a gravação de um show em comemoração de 20 anos, talvez, talvez não, posso dizer isso com toda a certeza, umas das bandas ícones do hardcore brasileiro, não vou ficar no bla bla bla de quanto representa pra cena hc mas de quanto representa pra mim.Foi a primeira banda do gênero que eu ouvi, confesso, não gostei, peguei 2 cds emprestados na época, dead fish e street bulldogs, deixei de ladinho e fiquei pirando por algumas semanas no street, quando coloquei pra escutar com mais calma, li as letras no encarte e ali sim, senti um soco na minha cara e vontade de gritar pela janela, querer fazer a revolução de alguma forma.Após o Afasia ser lançado fui no meu primeiro show , a insanidade, a frenesi jamais encontrada em outro show.Marcou demais e logicamente não poderia perder a oportunidade de marcar a historia de quem marcou muito a minha.

Lá estava eu então, aguardando a van para o Rio de Janeiro, na entrada da van logo pensei “puta que me pariu 6 horas pela frente”, ai vem o outro lado bom dos shows, talvez a melhor parte, conhecer pessoas que mudam sua vida, pessoas que vão curtir aquele momento com você na mesma sintonia, pessoas que fizeram 6 horas voarem, quando vi, estávamos lá, de fronte ao Circo Voador, uma das casas mais tradicionais do Rio, na Lapa.


Assim que entramos já estava pra começar a primeira banda de abertura, a sempre explosiva Plastic Fire, já tinha comentando que é umas das bandas que eu sempre me surpreendo com a atuação ao vivo e lógico que desta vez não seria diferente, set curto, mas brutal, presença de palco fenomenal, deu as boas vindas mais que boas naquela noite agradável na Lapa.

Logo após depois daquelas cervejinhas lindas (bohemia geladaaaassa) Zander no palco, os camaradas do Rio como eu logo imaginaria, jamais iriam decepcionar, show intenso, como sempre foi, a vibe de ve-los tocar em casa foi outra coisa, fodaço.


Fim dos shows de aberturas, a casa já cheia e logo aquele velho grito “Hey Dead Fish, vai toma no cu” já ecoava pelo pico.Começa o show e aquele “’boom” colocou o circo a baixo, banda em uma sincronia que fazia tempo que eu não via, porém o único destaque negativo já aparecia logo no começo do show, o publico, era notável que muitas pessoas ali era o chamado “modinha”, odeio esse termo, mas foi inevitável para tal classificação, subir no palco e querer aparecer mais que a banda que ta ali gravando, dançavam, pulavam, e até no pinto do Rodrigo pegavam pra então assim, pular, estranhei de não pararem as musicas, show então seguia assim, com no mínimo uns 3 ou 4 caras no palco em casa musica, desse ponto, parte outro destaque negativo, shows do dead fish sempre foram agressivos, tanto da parte do publico quanto da banda, quando a agressividade é positiva, sempre bem vinda, mas socos, chutes e lutas marciais pra agredir, ai já acho demais,mas enfim o show seguia .
O set list foi escolhido através de votação no site da banda, eu colocaria 5 musicas de cada cd, mas como foi seguido o do site, vamos a ele,meus destaques talvez vão para iceberg,mulheres negras, contra todos, tão iguais com a participação do Reynaldo do Plastic Fire, ficou do caralho demais e canção para amigos, essa sim confesso me tirou lagrimas.


Pelo conjunto da obra, foi épico o dvd,repetiram as 6 primeiras musicas do show (as que os palhacinhos do circo estragaram) ai sim ficou um dvd “digno” , afinal se não houvesse chatos como eu que ficam pedindo as musicas que faltaram, não era dvd do dead fish.

Agora é aguardar o dvd sair e guardar pros filhos e falar que vivi momentos históricos com pessoas especiais, valeu a todos que fizerem esse dia foda, os amigos de sp que vi por lá, os amigos do rio que matei as saudades e os novos amigos que fizeram o fim de semana do dia 11 impar.

“Somos nós contra todos, vamos vencer”


Fotos: www.punknet.com.br
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