segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

O plano que eu não me importei

 Vou me jogar longe daqui, escavar buracos em que eu mesmo cavei. Um sonho distante em que só eu sonhei.

Mas é lutar para acordar, minoria é o que somos, parece que vamos sobreviver, e não sei te explicar como, estamos aqui para incomodar a porra toda. As vezes eu juro que não consigo explicar como cheguei aqui. Não sei explicar as paradas que eu falo nem mesmo quando to olhando pra ti.

O mar é meu lugar, mas isso você sabe. Correndo atrás de tudo, como sempre foi, correndo em torno de você. Mesmo sem querer.

E como vou te salvar, apenas 21 anos e já me tirou toda a energia, rasgou minha alma e cuspiu no mesmo copo que em outrora bebeu cachaça com os espíritos que via. Não vou negar, não vou te lembrar, queria mesmo era voltar pra aquele lugar. Mas nem me lembro mais de onde era, e nem me importo. Excesso me faz pensar mais, talvez as palavras sejam, afundar, ou acordar. Quem é que sabe? Você sabe!

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domingo, 18 de dezembro de 2022

Esquecer de mim, ou me jogar daqui

Quando pensamos que não haveria mais surpresas. Precipitação nossa, em meio ao precipício. Queria não pensar nisso, mas nem escolha tenho para me dar. Tento estar um passo a frente, falho, como o fogo que me queima rapido, doloroso e mortal.

Não tenho nem como mais falar sobre, tudo é sabido, tudo é percebido como no fundo desse poço que me encontro, junto a ti. No breu, no espaço entre nós, um vazio que parece mais esse precipício de desespero que me encontro.

Grito aqui, ecoa por lá, não preenche o mundo, frágil como a chuva que está para cair, me encontrar seria como gelo, frio e calculista, mas doloroso e mortal.

Hoje sei as coisas que me atrapalham, consigo enxergar quando você foi, lembro meus olhos atentos, sonolentos e atentos no fim. E de pé em meio a esses sentimentos que beiram a loucura, não sei se vale a pena ou não me jogar desse precipicio.   

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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A morte do meu lado

 A morte daquele menino me abalou, do nada, do meu lado, dentro de mim. Uma forma de protesto, um ato de desespero? Mas mesmo assim, não vou temer. Chorei por dias e no vale das sombras me subtraiu por inteiro.

Na terra de ninguém apareci, afundei no copo, mas a magoa falou mais forte, os passos são largos, espaçados na imensidão do teu olhar. Uma vez pensei que fé era só uma estado de espirito, mas ao te ver morto, me refiz, pensei e lutei.

Abre os caminhos, mas por onde começar? A sabedoria não me deu a esperteza de tentar fugir do inevitavel. E continuo vendo o corpo daquele menino caído. Não vou desistir. Prometi que não ia desistir. Ficarei de pé

E dentre os números, ele é apenas mais um, mas dentro de mim, aqui jaz eu mesmo. Porém, entre os 9 números escolhidos, não sobrou nenhum. Continua então ao meu lado, falando que já se foi, mas como acreditar se aqui dentro de mim continua gritando?

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domingo, 10 de julho de 2022

Aqui Nada mais Importa

Onde estamos? Em que ano? Qual lugar te agrada mais? 

Fico me perguntando sobre essas tais perguntas, para onde elas me levam? Sei que vai pensar que vou responder que não tenho as respostas. Mas hoje eu tenho. 

Pense num beco, lotado, impossível respirar, a música é alta e a noção de que vai chover. O tempo depende de onde você está. Você está comigo? O agora, o marco inicial de tudo. 

A rua vazia é o resultado de onde você veio, da mesma miséria de tuas atitudes, tentei entender até de abandonar. No passado, e nem importa o ano, nada importa se você não existe mais. Aqui.

Devagar para não tropeçar, já me basta essas feridas mal curadas, quero andar pra frente vendo alguma coisa que me dê a esperança. Nada.

Não sou exemplo de ninguém, pra ninguém, mas continuo tentando subir desse morro que mesmo criei e não me fez crescer, pelo contrário. A extinção da ideia fez com que minhas folhas daqui debaixo, subissem sozinhas e nada disse, nada. Importa.

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domingo, 8 de maio de 2022

Transformações descendo junto com ideias conjuntas

Sabemos como agir, mas como com esse peso? A gente pode mais, sabemos disso. 
Enterramos os ódios, as angustias do cotidiano, plantamos ou tentamos amar. Mas é difícil quando o peso é mais forte do que eu.

O ouro é visivel para quem quer, mas quem quer esse peso todo. A gente pode mais que isso, mas não sabemos para onde vamos. 
A munição é as escritas, penso que muda, não sei, a contradição em mim não deixa. Vamos render, vou render. Os traumas me deixa brutal como um fuzil, estravaza, destrói e depois some.

Sabemos a saída para tudo isso, mas como se a porta é tão distante? A gente pode abrir, sabemos disso.
Os cadeados é em pura ferrugem, o nome me diz muito. Nos diz muito. Melhor ficarmos quietos.

Sem parar de andar, minha fome já passou mas continuo faminto em entrar dentro da sua mente, diversão. Considero a origem de uma revolução social. Pra mim não. A pura contradição.
Um dia terei a paz que tanto busquei e escrevi, não para ti.

Sabemos como acabar com tudo, mas como se nos falta a vontade? Ou seria a coragem? A gente sabe o que é, você sabe o que é. Eu sei, bem.
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domingo, 20 de março de 2022

Explosão em sensações que não me permitem agir

 Pode vir milhões de pensamento, da lama, onde estou, de onde vim. Talvez nada disso importa pra você, mas só eu sei o que passei para poder falar, para poder te falar, cheguei, vi e vivi.

Treme ao falar, sinto o suor de medo de longe. Aqui é bater de frente, é encarar a morte, e não é de hoje. Nunca foi só hoje. Desde sempre me vejo apenas como uma passagem. Como um kamikaze, para matar, para morrer. Não sei o porque, mas essa doença eu sinto o cheiro de longe e não vai ser hoje que você irá me pegar.

Toda a ironia do mundo, a contradição em pessoa, mas sou isso e mais. O inferno em carne, o demonio em presença no mundo.

O capital me faz salivar, não sei mentir, pode ser positivo, mas não queria, o copo sempre cheio, de lances, de luzes, que queimam como artesanato em incendio. Nem sei como me comportar, mas sigo encarando de frente. Porque é esse meu papel.

Conto as horas pra tudo terminar, mas antes, vou acabar com tudo isso, comigo, com você, com o mundo.

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Não parti completamente, infelizmente.

 Posso até lembrar do seu gosto, de como voce ri, mas não dá pra mudar, amo o meu jeito. Não posso mudar. Nada, nem o andar.

A cidade engoliu a gente, talvez nem seja tanta a distancia, afinal, logo ali, mas o meu ponto final é a unica coisa que sei fazer direito. Não mudo, mudo por vezes. A incognita, meu sobrenome poderia ser contradição. Ou não.

Ninguém sabe o que falo, o que sinto, mas a certeza foi que seu sorriso me derrubou. Como um soco na cara. Mas chega, preciso levantar. Não acredito em mim, não posso acreditar em palavras escritas por mim mesmo. Parece mentira, mas nem sei o que é amor. Ou sei?

A grandeza de pensar passa longe quando lembro. Mas tanto faz, agora não mais. E nem posso colocar a culpa em goles. Tirar voce da minha cabeça, mas já são 4 da manhã e estou aqui escrevendo. Falhei. 

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Querer ir embora agora

 Mesmo que eu fizesse uma música para te ver dançar, de toda certeza não conseguiria enxergar de tamanha luz. Queria quebrar esses espelhos, queria te ver ao menos mais uma vez. Em uma marca que não sai, uma ferida que ficou por aqui e nada de curar. Seja aqui ou em Paris, tanto faz, só queria voltar aquele dia, onde a loucura nos dominou.

Tudo mudou em poucos dias, vivo aos poucos experiências diferentes, nem sei contar. Mas não me prometa mais nada se não for cumprir. Queria que fosse só uma noite, mas você teve medo, me levou para o escuro. E ao final do dia, escrevo para te esquecer, porque essa certeza que eu tive, não consegui existir. Nem hoje, nem amanhã.

Mas são tantas dores que chega uma hora que não dá pra esconder, piso em mim mesmo, não quero saber, nem quero saber. Queria saber ao menos se tenho direito de sentir essa dor, essa dor maldita que não sai de mim. Faço queimar por dentro através desse copo, mas o meu rosto, meu gosto, muda todo dia. Todo dia.

E lá foi você embora, outra perda, normalidade.


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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Dificuldade no lutar

 Não tenho e nem jamais teria palavras pra demonstrar a falta, a saudades que tenho. As malditas palavras ainda estão aqui: só vai aceitar quanto perder.

Pois bem, é isso, e não aceito, por que não há volta. Não há nem como pedir desculpas. Mas assim o fiz antes de você ir embora e espero que tenha sido suficiente. No momento que vi que não poderia mais fazer nada, me debrucei e já sabia que a sintonia seria a mesma. E assim foi até o final.

Uma pena que não estava preparado antes, até porque, tinha como estar? Mexe até hoje, no cheiro do cigarro, no tom da voz, no andar. Mas vivo assim, sigo tentando me manter de pé. Dificil, mas para um bem maior. Tento, falho, choro, sigo a tentar. Parece que há uma espécie de imã de desgraças sobre mim, forço, luto, mas nada de sair. Sair da cama, náuseas, diferentes dessa vez, mal quero sair, faz parte do processo? Não sei.

O impulso é quebrar, tudo, a rua é pouco, no perfil é facil, no refil da alma, ninguém. Me salve, só ainda não sei como. A temperatura só aumenta e minha raiva também, de mim, mundo. Mas no fundo você sabe que é tudo diferente, só é difícil demonstrar. 

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