sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A morte do meu lado

 A morte daquele menino me abalou, do nada, do meu lado, dentro de mim. Uma forma de protesto, um ato de desespero? Mas mesmo assim, não vou temer. Chorei por dias e no vale das sombras me subtraiu por inteiro.

Na terra de ninguém apareci, afundei no copo, mas a magoa falou mais forte, os passos são largos, espaçados na imensidão do teu olhar. Uma vez pensei que fé era só uma estado de espirito, mas ao te ver morto, me refiz, pensei e lutei.

Abre os caminhos, mas por onde começar? A sabedoria não me deu a esperteza de tentar fugir do inevitavel. E continuo vendo o corpo daquele menino caído. Não vou desistir. Prometi que não ia desistir. Ficarei de pé

E dentre os números, ele é apenas mais um, mas dentro de mim, aqui jaz eu mesmo. Porém, entre os 9 números escolhidos, não sobrou nenhum. Continua então ao meu lado, falando que já se foi, mas como acreditar se aqui dentro de mim continua gritando?

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