quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Um pouco de ar e muita lama

 Chama minha atenção quando seu sorriso emplaca entre o balanço da agua, some, desaparece num vulto de desespero. Não espero mais ter aquilo que não mereço. Um desastre, um suplico ou talvez um último respiro.

Nem sei mais como se chama, em meio de vários furacões, no centro da podridão que chamamos de vida, vivemos, cavando o fundo entre vermes e sangue. E é tão real que chega a sustar o tamanho do inferno que vivemos, que o meu cotidiano de traz. Pode apostar minha presença nunca será bem vinda aqui e eu sei. Tento esnobar, tendo fugir, mas como um imã, permaneço.

Cuspo, xingo, caio, falho. Até por vezes achei que ia dar certo, nunca consegui ao menos sorrir. E sorrir de verdade, gargalhar, uma mentira que nem sei a fonte. E mesmo que sabendo que não me sobrará nada, ainda tento faz algo de importante, não que importe, é a rotina, é o habito. Sujo.

Tranco a porta e é isso, ninguém mais entra, ouvirão gritos e quedas, tudo está no seu mais perfeito normal. O linear quer dizer que acabou, eu ao menos, espero que hoje acabe.

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Nem sempre é como a gente quer.

Depois que todo mundo vai embora, é estranho, mas pra você tanto faz né? Sempre a dona da razão a detentora do futuro, nada muda. Deixa eu te contar, um sorriso interrompido muda um futuro. Um lugar diferente é uma sensação diferente para nós. Não sei descrever, muito menos falar. Mal sei dizer, fico aqui esperando tufo acontecer. Levei um tempo para refletir, mas percebi que não devo nada pra você, e olha, apenas semanas, parecendo anos. Tudo recomeçando, como uma vida, mas não.

Procurei a saida dessa inferno, nem reconhecer você eu quero, e quando te encontrar, não será como antes, porque tudo que voce me falou, nada disso importará. Penso nos seus olhos e vale a pena, penso nas suas palavras e tudo se esvazia, tudo incerto, incorreto, falso.

Eu voltei a pensar,a reviver tudo que já conheci, e nada vale a pena, nem esse sorriso. Mas essa linha reta significa que morri, um sonho que queria conhecer. Me mostra toda a verdade e nem sei onde eu estou. 

Do seu lado, tudo normal, nem sei porque acostumei, sempre é assim, a pena fica ao meu lado, de se perder, de perceber que o chão fica mais perto e quando eu cair, fica mais fácil de sangrar. Seguimos, e assim que o mundo dá voltar, quando a esperança se encerra. 

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sábado, 25 de dezembro de 2021

JD

 Uma lagrima, somos abelhas onde as flores fogem de nós, então como viver? Se faço parte da noite não posso me permitir existir assim. Mas o sintético ganha o mundo, viro e dou risada, bebo vinho e dou risada. A lua existe para que? Me segue, me julga.

Faço parte da noite, te olho e não vejo mais nada, porém hoje de noite vi que não posso desistir do que acredito, no que suspiro e não vai ter ninguém que possa me impedir disso, apenas vou. Desce, naufrágo, mergulho, disperso e perco, ta tudo bem. No meio desse mar consigo me achar, porque vim daqui. Sou daqui.

Um vazio no meu quarto, há mais de 3 anos, sinto sua presença, mais nada. Quadros que estão faltando nessa parede revela quem eu sou. Nem sei como to vivo, pisei num terreiro, conquistei, questionei e fui expulso. Diz que é relíquia mas não vi o resultado. Continuo aqui, com o copo cheio mesmo não podendo.

Queria desenhar tudo isso, respirar, falar que pularia, mas nada disso fiz, nada disso fui pra frente, mas como todo mundo disse, não subi e aqui fiquei. Mesmo sem entender nada, entendi tudo, pra mim é uma decisão, pra ti pode ser só pensamentos insanos, mas ao final ninguém saberá como será, afinal, quem determina o amanhã?

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Quantos graus?

Todos os seus temores, seus defeitos, suas alegrias e vaidades. Se mostraram, como um furacão e logo eu, logo eu tão acostumado com tudo isso, falhei.

O tempo que você passou brigando com o mundo ao seu redor, mas aprendemos, hoje dou valor a todos os momentos, mesmo sorrindo. E nada parece certo, incompleto, mas onde vai acabar?

Não sei escrever, não sei falar, mas se assim for, sigo dizendo o que sinto, acho que deve ser assim o cotidiano, o coração. O furor de ser perfeitamente imperfeito. A minha cicatriz ainda ta aqui, isso talvez ninguém feche. Mas lembre-se, mesmo sem você entender, conseguiu com que eu esquecesse por um minuto de todas as dores diárias. 

Até queria ter cobrado, não fiz, fui julgado e faria tudo outra vez, para ver sorrisos se conectando, não se arrepender do que há valor, você sabe muito bem que não há nada a perder. Mas o tempo explica, hoje dou risada o quanto diferente poderia ser, não quero.

Nenhum erro, nada de remorço, mas um agradecimento de ter um pouco de cor e um ano todo sem cor.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Sem promessas

 Existe sempre um outro jeito de se falar, mas porque tão dificil? Como eu queria ter falado mais pra minha mãe, mas sei lá, vai que foi coisa do destino. E me virei assim, hoje me vejo e não vejo nada além de mim.

Existe sempre um outro jeito de se poder chegar, como eu poderia dar aquela abraço no meu pai quando ele me falou a noticia mais feliz pra ele, mas sei la, não era a hora de demonstrar. A hora é agora? Muito tarde, não está mais aqui pra mais nada, e eu aqui e mais nada além.

Desesperado fico em alguns dias, olhando a parede, mas no fundo eu sei que não estou sozinho, confuso eu sei, fico pensando que sim, tratado como lixo por mim mesmo. A frieza do mundo me queima, me faz me sentir um pouco mais quieto. E o vicio, o vicio me faz ficar calado, esperando o fim.

A geladeira vazia, uma busca sem sentido e voce longe. O momento é decisivo, e nem sei qual é a resposta, nem sei o quanto eu quero ter voce. Aqui comigo. E termino assim, dormindo cheios de remedios e dizendo que ta tudo bem, deixa eu te falar: não tá. Mas ninguém vai saber até tudo terminar.

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domingo, 12 de dezembro de 2021

121221

 Não sei da onde vem tanto sono, não sei porque ainda insisto em acordar. Me afasto do que é meu, me saboto o dia todo. O que tinha em meu bolso foi jogado ao vento, ao alento, tentei mudar mas nunca consegui, principalmente nunca consegui esquecer de onde veio tudo isso.

Vou me lembrar de todos seus sorrisos e mesmo sem querer, sem entender, um punhal me pega todas as noites, aquelas mesmas, solitárias. E quando foi que você decidiu que tudo isso valeria a pena?

Não sei de onde vim, nem ao menos sei para onde vou. Ah sim, o clichê, mas o copo esvaziou e nem ao mesmo lembrei de mim. Nem por um momento. O cotidiano anda me matando todos os dias, eu não enxergo as cores, tudo preto e branco, sempre tudo igual. 

Devolva tudo o que eu joguei no lixo, por nós, cada palavra que falei para mim mesmo. Só depende de mim e é isso que eu nem sei como foi virar essa bola de neve. Talvez seja por isso engulo tanto remédio, talvez seja daí que venha o sono. Ao acordar eu te falo.

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domingo, 28 de novembro de 2021

Sem jeito

 Remédios, sonolência, silêncio e a passividade em não querer fazer nada. Todos nós sabemos o resultado, eu sei como sair. Não consigo.

Sinto falta de receber a brisa do mar, sinto falta de receber um abraço. A premissa é essa, sempre foi. Com os olhos virados pro passado, não conseguir mirar o futuro já é rotina. 

Me diferencio sobre os outros, nem sempre é bom. A falta de jeito, a falta de ar, acostumei a sofrer.

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domingo, 14 de novembro de 2021

Nada vai permanecer

 Me vejo nessa situação que nem sei como cheguei, não tive culpa, fui jogado, arremessado. Viver é um karma, nada mais voltar a ser como em dias que o sorriso vinha fácil. Minhas mãos tem marcas que jamais saberei o valor delas, o suor, as lagrimas nem sempre dizem o quão o esforço valeu.

Perto da morte, já não posso recuperar mais todos os anos que deixei de falar, pra ti, pro mundo. Não mais. O valor de cada olhar, o mar, não mais. Fico me perguntando o que diz para merecer tudo isso. Onde o sol penetra meus pensamentos dizem que já não está certo. E me pergunto, quando esteve certo? Desenrolo tudo que penso estar de acordo com meu traje, perdi aqui o compasso da dança. 

E pra valer, só sobrou sorrisos, um peso igual para cada lado, saber usar ou não depende de ti. Aprendo com o cotidiano é extremamente importante para seguir. Melhor ter ao meu lado. Onde a saudades corrói, o estomago destrói, e sigo, sigo pensando que tudo vai melhorar, mesmo sabendo que não.

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sábado, 13 de novembro de 2021

Desistir não é uma opção

 Talvez eu até pense em desistir de escrever, me falta vontade. Por vezes penso em desistir de levantar dessa cama. Meu prazer, um copo e o sopro frio dessa praia vazia. Hoje e com você, outra vez, fugir e não pensar no amanhã.

Já nem sei o quanto pensei em desistir de beber, encho outro copo e segui a cantar. É dificil mas sigo aqui, suspirando e caminhando. E em pensar em noite que pensei em ligar o carro e só seguir. Andar por ai, sem rumo, sem ninguém me seguir. Mas desisti.

Agora ser feliz nem é uma vontade, é um sonho, distante mas acabo te ligando para passar um pouco a dor. Eu podia te perguntar o que queres, tenho medo. Peço para sorrir, tenho tudo ali.

Estava lembrando de tantas coisas, depressa, voando, mas sem saber me pego querendo voltar. Mas mesmo sem saber, a certeza que tenho que de ti, nunca irei desistir. Mesmo que pra isso tenha que desistir de mim.

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sábado, 16 de outubro de 2021

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Voltei, outra vez falando que jamais iria voltar. O sistema me derruba diariamente, a arma diante a minha cabeça. Ideias fortes, bebida forte, alma forte, tudo facil demais para derrubar.

Não consigo mais dar um riso, fico quieto, olhando a parede, buscando Narciso. Me oferecem caminhos, discordo de todos. Sigo perdido, onde ta tudo errado. Corpo fechado. 

Se falo, o contrário, se grito, empurro, sua alma, sua calma. Vai toma no cu. Se te faço gemer, faço a terra tremer. Mas a saudade mesmo é um dia dormir. Um peso na minha nuca, e continuo falando em voltar e nada mais me machuca. 

Vai falar e falou, e as notas continuam cada vez menos vistas. Seus olhos, minha perdição. O contrato vitalício sobre desistir, não consigo. Tenho mais tempo, menos tempo. Vai entender, sem mesmo saber..

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domingo, 22 de agosto de 2021

Controle remoto

 Medalhas, louros, glória ao vencedor. No jogo onde quem fala menos ganha, onde quem se importa menos é considerado o vencedor. E eu? Bem, eu sigo fora do cenário, sigo na contramão. Mal sei o que me destina, mal sei o que é viver diante regras cotidianas, regras novas, velhas conhecidas por vocês. Devo ser de outro mundo.

Dei-me a cartilha, nem sei ler essa letra, tento decifrar, não sou capaz. O merecimento de tentar ignorar escapa entre minhas mãos. Como areia, aliena quem convém. Um pensamento sufocante e interesses que não importa a ninguém. A não ser ao seu ego. Desdém mudando esse livro onde se enxerga a si mesmo.

Num espelho, torto, cansado fico ao pensar sobre tudo isso. Choro de cansaço, mas aplaudo seu ego que sempre ganha. A divida que se torna cada vez maior, e a responsabilidade não fica entre nós, você não pode se defender. Anula o jogo, passa a vez, não sei como, nem quando chegará minha vez. 

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domingo, 8 de agosto de 2021

Fotos não reveladas

 Sou apenas um um, mas não sei o que me acontece, o que penso, que posso ser vários, dúvidas querendo me convencer, mas não há respostas. E ainda assim, tento me duplicar, multiplicar para não desistir de você.

Não sabia que iria ser assim, mal pude me preparar e de repente, estava eu aqui, recomeçando uma vida nova, atitudes novas. Mas meu espirito não, na minha solidão, fico eu comigo mesmo e mais ninguém. Não consigo ver através dessa proteção de vidro.

Por meses tentei entender, até hoje tento na verdade. Em vão, e já estou cansado de esperar. Um abismo de como fui parar do outro lado, de não lembrar o que vivemos, mas a culpa talvez nem seja minha. Me conhecendo, vou esquecer, me conhecendo, foi recriminar, não aceitar, e pra falar? Gritar, organizar os pensamentos e gritar. Repetir e tentar valorizar. Me faz falta, mas quero te ter, ao meu lado, meu maior tesouro.

Braço dói, mão dói, mas nada apaga você de mim, mesmo até o coração doendo, sigo, até onde eu aguentar e nem sei se é por muito tempo.

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sábado, 31 de julho de 2021

Visto de fora, normal.

 As penso e pergunto, quem eu sou? Quem eu sou hoje? Luto todo dia para acordar. Filosofia que corrói a importância de palavras, mas a mascara não deixa. Preso em musicas, sintomas normal como escrito na bula. Poesia ou não já nem sei mais. Mais um plano de mudar tudo, difícil demais pensar em mudanças dentro desse buraco.

Tento entreter, falo, dou risada, faço rir, ecoa tudo, tudo, sonoramente o ruído me atrapalha, O orgulho é o que eu quero te dar, e nem sei de onde vocês vão ver isso. Quero correr, mas pra onde? Todos esses olhos viram pra mim, como uma seita, como vultos. Blindado penso que sou, prensado sei que sou, Pelos mesmos olhos, pelo mundo.

A idade vai tentando me ensinar, falho, cotidianamente, mas dizem que é assim mesmo, como humano, com sangue que já nem sinto escorrer. Podridão e o tempo já nem serve mais pra entender. Falho em suspirar, falho em fazer. E a rede segura toda essa cobrança que eu mesmo faço. Simples como a fagulha de uma fogueira, não mata, mas cega. 

As fumaças sincronizam com as luzes, fazem parte de um mix. Queria me arrepiar, mas não consigo, queria fazer mais, mas não consigo. Outro dia, viciando com meu sorriso falso pra mostrar que ta tudo bem.

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sábado, 17 de julho de 2021

Fio de contas

 Chegar do nada, sem sentir, sem conhecer, sem falar. estou aqui, sem saber de nada. Ouço, nem falo, escuto, mas não me calo. Pergunto e por muitas vezes não sou respondido, fica a divida da minha vida, sem saber nem quem sou eu.

Fechando um ciclo, ou começando outro, te juro, não sei responder, mas fico aqui, sentindo o chão gelado, rachado, cheio de cacos. Piso, me machuco, escuto, me machuco, quieto permaneço e me machuco. Mas o processo é assim mesmo, me permito, me machuco.

Subo, desço, vejo, observo e atento estou para tudo, mas até agora não consigo nem descrever, o descrente, crente no que vê. Nem tem como duvidar. Vivo, respiro e mais leve estou, que seja assim, pra sempre? Não sei, e sigo esse caminho que não enxergo a saída. Estranho e contaditorio, e é tudo que eu gosto.

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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Logo eu

 Pedradas, viver nas situações onde nem se costuma pensar. Mudar, mudanças, internas, externas, já procuro onde, no chão. Frio, o mármore gela a espinha, cravado na história. Surtei, mas você não entende, ta em outra posição. 

Me transbordo, corro, bebo a tristeza por inteiro, não como de costume. Sento, me dizem pra respirar, mudar, mas nem costumo pensar. Queria olhar e ver cores, queria te dizer sobre como podemos ser, os valores. Representatividade também importa, onde o dinheiro não chega, caminho. 

Mas o coração é grande, por isso dói todo dia, sem dó, mas sem fazer nenhum tipo de sinal, de média, mas vejo os vidros quebrando, rasgando e esse sangue pode até ser seu, mas sai de mim. E nas montanhas que nos separam, até tentei escalar, mas a avalanche é pesada, dura, devastadora. E logo eu, meu universo, onde durmo, e logo eu vi que as montanhas venceram, e eu, logo eu, desisti, voltei pra mim, pra casa.

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domingo, 4 de julho de 2021

Um domingo frio

 Não sei pedir benção, não fui criado assim, mas minha vida é aqui, preciso me adaptar. Minha vó me pede, faço, sem saber. Meu vô me fala e tento saber o que isso tudo quer dizer, não é sermão, é a realidade, sem chance de viver sem isso. Ninguém é mais que ninguém, já diziam eles. Mas jamais sabia disso, eu não tava nem ai. Se liga moleque! Velorios, tristezas e armas rolaram muito, na infancia, na adolescência. Mas não quero falar disso, quero falar de coisas boas, porém, não encontro. Vou procurar, mas não to achando. Tudo vai melhorar.

Parece distante, mas foi logo ali, tiros, mortos, muda de assunto, mas é a realidade, de nós, da minha vida. Enquanto a sua passa bem longe. Eu sei, mas não tem como mudar,

Choro, correria, mal sabem o que eu passei,  porém mesmo sendo a chance minima eu tento explicar, pra quem lê, pra quem vê. Já não sei mais, pode parecer um pesado, mas quero acordae. Um luto, que nem a cruz explica.

A loucura de tudo isso, porque parece mentira, mas vivemos o mesmo todos os dias. Branco, preto, mesma coisa, aqui, No fundão, na magrela, dá mesma, queremos vencer, mas nem todos conseguirão. O cotidiano é duro e a ambição faz parte de nós.

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sábado, 26 de junho de 2021

Um chão em pedaços

 Pensei que poderia falar a verdade, mas o que passou, foi ontem, foi horas atrás. E tudo que você me disse, me libertou. Não sei explicar nem nas letras que eu escrevo, imagina pra você. Tudo o que eu queria era que o mundo apagasse, meu mundo sumisse. 

Mas teve que ser assim, nascer de novo, não sei onde, mas livre. Me redescobrindo entre esses ladrilhos quebrados. São falas que posso não acreditar mas falam por mim, de mim. 

Velas acessas, cerveja no copo, e eu ainda sigo sem entender nada, tambores, tambores e um giro que me fez duvidar. O que sentir? Não sei. Entre o caos, entre as multidões, sou a doença, a cura, entre as pessoas, contamino, um adeus. Me torno tão forte em certos dias, sou fraco hoje e não sou o inimigo daqui.

Por uma vez se quer, me diga a verdade, em olhos verdes, tentei muito não olhar, não consegui nem acreditar. O banho doído, o sal, um amargo nas costas, e possivelmente o resgate aos antepassados. Não sei.

Me torno cumplice, me torno hipocrita, amo a contradição, mas isso todos sabem, e continuo aqui, tentando, buscando, lembrando quem eu realmente sou.

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sábado, 19 de junho de 2021

O céu nem tão azul como parece

 Algo me diz para não falar, algo me diz para gritar, não vá. Não quero que vá. Mas na vida não sou eu quem escolhe. Surto, grito, nada adianta. Uma fase que nem sei se existe mesmo, acreditar? Ignorar, nem eu sei mais.

A rua molhada, meus labios, e você dançando sobre as sombras, longe de tudo isso. Que bom, fico feliz que ao menos alguém consegue sorrir. Mesmo sem entender nada. Agora que tudo está terminando. Tenho vergonha, não quero gritar, mas brigo para que nunca saiba o quanto fiz por você.

As luzes são fortes, não possuo o controle, o som é alto e mal consigo me ouvir, mas nunca, nunca vou desistir, de ti.

Na sarjeta, no fundo do poço, entre essas louças sujas, e tento dizer o quanto me fez falta, mas nada e nunca estará lá, pra mim. Nunca.

Agudos, gritos, desconhecidos, enlouquecidos na rua, não sei mais, quero correr, gritar, não faz parte de mim, fase, ou não, não sei, olho pro céu e nada. E eu sei nada importa, nada faz sentido sem eu dizer que você "consegue", só que está fora do meu alcance, espero que me entenda que mesmo assim torço. Mas não ao meu lado.

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domingo, 30 de maio de 2021

Objetivo único

 Por mais que me falem, podem me dizer a vontade, não entra na minha cabeça como algo que nunca fiz, me afete desse jeito. Sim, a vida é injusta pra mim, pra ti. Porém, mereço tudo isso?

Passa ano, passa dia e o cheiro do xorume, só aumenta, pra todos os lado. Maldito fedor cujo o qual não participo, dói, me fere, e continuo, firme, em frente, mesmo sem saber.

Por alguém que me merece, a única pessoa que penso, todos os dias, vivo por ela, e estou aqui ainda por ela. Contra tudo, contra todos, seguimos, que uma hora o mundo cobra. Não faço parte disso, sigo na minha estrada, a pé, sozinho, sem direção mas com proposito, de produzir um sorriso, seja a meia distancia ou a mais de mil kilometros.  

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sábado, 22 de maio de 2021

Planícies

 Tambores tocam mesmo sem eu saber o significado de tudo isso, foi sem querer, foi se vem, sem devolver um vicio que pra mim é normal. São incontáveis copos, coisas que não quero pra você. Sei que jamais me negaria uma vez mais, aqueles dias, enganar quem? Orientação de um além que voa sobre mim, já nem sei mais.

Tão regular, desequilibrar sob fios de cobre, nada deixará de ser, até por que o mundo não gira em torno de mim. Tento, choro, e caio na desgraça de tentar. Mas subindo nessas montanhas, nas vidas alheias, onde na teoria tudo funciona, mas já faz tanto tempo que nem lembro seu rosto.

Amanheceu, e a tristeza voltou aqui, companheira, sem reparar, sujou tudo e me esqueceu, não será nada, latas, cinzas e pó. Nada que não esteja acostumado. Arranque-me daqui, essa sensação do mundo me engolir, cuspir, não faço bem, nem pra ele, nem pra mim. 

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sábado, 1 de maio de 2021

Eterno moleque

 As vezes as palavras fogem, mentiras, uma ponte e noites frias passadas, aqui, por lá. Mal sei sobre o passado, nunca me falou, sempre brincou e sempre foi assim. Desce mais uma, talvez passe, não sei, não vi, nem aqui, nem lá.

Diante dúvidas, me neguei, mas abracei, quis saber, sempre bebuloso, mas feliz, com sorriso e piadas, deixa pra lá, por lá. Ônibus lotado, mal sei o que faço aqui, mas sei que foram dias felizes. Mas há também raiva, fúria, e tudo deixado de lado por uma conversa, várias piadas e esse sorriso que irrita. Por lá também.

Parece ser daqui, parece ser de todo o lugar, e eu nem sei dizer o quanto foi, pra mais ou pra menos, só foi, nesse jeito, brincando. Hoje não consigo pensar como foi, nem aqui, nem lá. Mas se foi e não consigo enxergar pra quem ligar, reclamar, brigar, nem comigo mesmo, nem por lá.

Sei que posso ter pedido demais, mas me deram o que era pra eu ter, mereci, vivi e te agradeço por isso, e sempre falarei, com o mesmo sorriso, com as mesmas piadas. aqui ou, por lá.

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domingo, 11 de abril de 2021

De madrugada

 Nunca pedi nada, articular sempre foi o que vivi, cidade grande, notores, estradas e alucinações, proporcionadas, programas. Mas de verdade, não pedi nada disso, queria estar aqui quieto. 

Te provo de tudo, nada é suficiente, o local, a minha região, eu, aqui, sozinho. Faz parte, fico aqui quieto, esperando o esperanto, mas hoje aqui não, aqui jaz se faz parte uma mente que parou, um corpo que nunca esteve aqui.

Olha pra mim, e um sonho em vão, mas to ligado, não nasci ontem, nunca vou mentir, encare os fatos, nada veio de graça, então porque tanto sofrimento? Hoje não estou mais só, mas é só por hoje.

As pernas tremem, não se discute, eu sei, você sabe como é e no final, seremos nós por nós, de noite, a meia noite, onde não existe mais ninguém, só nós e aqui, eu. 

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sábado, 27 de março de 2021

Não se perca por aí.

 Acordei, transbordando, eu sei, você pode ver as cores que nos transformamos, todos os dias. Presos como peixes em aquários, chorando dentro d'agua. Ainda há alguma solução? 

As ruas vazias, nós somos vazios, quadros e vazos, nada pintado, plantado. Mas queremos ter, queremos pertencer, então por que não vamos? Somos feitos de sonhos esquecidos ao acordar, somos feitos de que?

Quero a intensidade do olhar, do querer, de ir, vamos, e vamos sem pensar, juro que me vejo em um filme. Com você. Mas como sentir isso se você mesma nem existe, não se deixa permitir. Com todas minhas mãos, te mostro, mas caímos na realidade do mundo e com ela, vem o medo.

Vejo no espelho o mesmo menino, tremendo de ansiedade e querendo se jogar num mar sem fim. 

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sábado, 20 de março de 2021

Vocês lá e eu aqui ainda tão só

 O que eu pago chega a ser barato de tão caro que penso. Um pensamento imortal, pra acabar com tudo, o tempo, a estrada. O fruto de uma bala perdida, tão vazia quanto nossas mentes, já vi de monte, já vi os montes, de terra, de baixo, em cima. Ação, avisto, a vista, o matar é o unico repudio que temos. Sumi um tempo, mas a mão sempre esteve aqui.

O coração na paz, e as guerras dentro da cabeça, minhas, só minhas. Mas se o precipício ta ai, vamo, se joga. De pouca fé, dominado assim serei, doutrinado assim falho, mas o foco se concentra dentro da minha mão, com areia. 

Na briga, apanho, bato forte, não adianta, somar com quem se estou lutando sozinho. Pequeno no papel, gigante no coração, ou ao menos, foi o que me falaram. 

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domingo, 14 de março de 2021

Só paredes

 Um vazio, mas sozinho é minha rotina, só não sei quando. Uma reliquia pra uns, pra mim um grito sem som algum. Um inferno todo dia, dói, corrói. não sei onde vai parar. O vidro do remédio ta cheio, só não sei até quando.

Um dia por vez como se nem sei se vai haver o amanhã. Da melhor forma penso em vocẽs, sozinhos, sem mim. Deve ser melhor. Um humano a menos no mundo. A falta de afeto, mas as fotos seguem felizes, não quero mais. O peso na cabeça, o sangue derrete por dentro, fugindo de mim, do mundo, o caminho pra me encontrar? O vento na cara nem existe mais, a casa é minuscula, continuo crescendo, explodindo e querendo só estourar. 

Mal sabia que seria assim, um castelo derrubado, uma alma destroçada e ainda assim tenho medo, minha mãe disse que eu não to sozinho, mas como acreditar se nem ela ta aqui. Queria uma mão, mas só tenho a bomba, logo aqui perto, basta apertar.

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sábado, 6 de março de 2021

Sem pensar

 Estupideza, o não pensar em nada, um espaço vazio. Como uma ponte, daquelas divididas, subo, quero despencar, quero cair do nada. Agora ninguém vai lembrar, talvez uma ou duas frases.

São textos reais, são confissões de uma mente que não esta mais aqui. Consegue sentir isso? Eu tenho medo, da altura, do outro lado. Me aquieto.

E la vem você, me mostrando toda ternura, um beijo e lá se foi tudo, eu deveria congelar aquele momento, por que tudo valeu a pena, mas segunda preciso ir embora.

Não sei rezar, já não sinto mais nada a não ser o desespero, me tira logo daqui, assim como meus textos, talvez nada disso seja verdade, posso nem existir, ou deixar de existir em segundos, tudo depende, de um ponto final, ou então, de uma ponte.

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Nrvs

 Acontecimentos que fazem pensar, até onde sou capaz de me destruir, ruir, assim

O fogo intenso que corrói as colunas desse lugar, uma casa alagada, a lama nos afunda. Me afundo assim, na vida, no caos e na destruição. 

Terra vermelha, o sangue preservado em lacunas, copos sujos. Pra mim basta,preciso dormir, preciso de um estimulo para não surtar.

Mas é tão longínquo que me faz parar de tentar, não vale tanto a pena assim. Corro, perdoo e sigo a sobreviver.

Egos gritam, ações e seu egoísmo brigam, não consigo me mexer, não agora.  Nada mais será como antes, nem voce, nem eu.

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