domingo, 10 de abril de 2016

Valores desconhecidos.

Diante do penhasco, beirando o abismo de um mistério. Gostaria de perder, razões essas para um fim sem sofrimento.
Diante de uma planície, caminhando em sonhos distantes. Ganharia vida, correria contra o vento de solidão.
Buscando o silencio te ouço, alimentando a velha besta que seus olhos tragam para a noite. Para você o poder do tudo, pra mim, o nada.
Pancadaria, grita o surdo, parece ser tudo calmo, cheio de sorrisos, e a cada degrau o abismo fica próximo de nós. Só não olhe para baixo, são só os sonhos ficando distantes.
Tenha vergonha e me puna pela preocupação pitoresca, alarme silencioso da certeza. Nada pra mim, tudo pra você.
Perco com a facilidade de ganhar, mas está tudo bem, sinto-me livre. São diversas razões para parar este sofrimento. Um dia, quem sabe.
Relevos e depressões, céu com chuva, linhas molhadas e tudo em vão, não. Sem regresso, sem progresso, engesso sua razão. 
Por que no final das contas, você tem tudo e eu, nada.  
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sábado, 9 de abril de 2016

Aquário sólido prestes a quebrar.

Piso em relevos feitos de vidros, obstáculos que precisam ser quebrados. Um longo tempo que não estive pensando nisso, mas as coisas simplesmente voltam, e quando você não pensou?
Fantasmas te dizendo o quanto mudou, a vida te dizendo o quanto evoluiu, mas existem partes de você que te fazem regressar, é preciso saber, é preciso enfrenta-las com violência. 
Substancias te ajudam, outro gole te sustenta, mas é complicado olhar, difícil enfrentar. 
Onde os olhos não alcançam, onde sua alma te enxerga e algo te diz para parar, mas o coração insiste e não parar de bater, a respiração contínua torna-se rápida, excitante e nada disso ajuda, porém, você continua a tentar andar sobre esse relevo frágil.
A dor é intensa, interna, corrói como ferro no mar, destrói como fogo, fere tanto que é impossível enxergar o horizonte.
Me faz ficar louco, são tantas torturas em que minha mente insiste em me fazer sofrer, sobrecarrego um copo, grito por dentro e ninguém escuta. O chão que quebra me faz escravo do que penso.
E é tão real, não me faça controlar, espectros derrubam e sinto tudo ruim, mas não vejo os corpos, sinto apenas o peso sobre minhas costas a alucinar este passado obscuro.
Isso não serve para entender, linhas não mostrarão o caminho da resposta, existem coisas que são para sentir a dor, sangue para lavar palavras, escuridão para se fazer enxergar letras e bebidas para ser inaladas sob o ar.
Se compreender tudo isso se torna complicado, ao menos escute minha voz,  Afinal de contas, um dia tudo isso ira se extinguir, e acredite, vai acabar pra valer. 
Então feche os olhos e sinta tudo que pensa afundando nas palavras futuras, perca o folego junto com a solidão. Eternidade!  
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domingo, 3 de abril de 2016

Unidade de força

Todo o final de um corredor, ocorre ruínas de um destino prévio, marcado para acontecer.
Decido então deixar minha marca, minha alma na sua, e melhor ficarás assim, desolada em braços abertos.
Corredores curtos, destinos longos e um prazo eterno a se prolongar, e momentos de tristezas que me fazem pensar em um final.
A verdade é que sempre fica difícil aceitar a volta, o retorno em portas que se abrem no velho corredor escuro, tão obscuro quanto nossas mentes.
E entre lembranças secretas reveladas a ti, pensa em aceitar e creia que irá valer. Ou não, te esperar no obscuro dessa reta misteriosa.
Fico eu então aqui, sem dormir, sob efeitos, sob defeitos de uma mente que insiste em não parar. Corredores cada vez maiores.
Entorpecido de algo que não se consegue neste mundo, embriagado do mesmo modo que antes, diferenças na pele, diferenças em cada cicatriz, sangue que custa a secar.
Mas se tudo isso passar, se então o corredor em que tememos fique estreito, qual será o próximo passo, se nem ao menos sua voz é possível escutar, se não posso te tocar, qual o ponto disso tudo? Percebe que esse corredor pode ser muito mais longo do que imaginamos?
Goles ajudam, não amenizam. Lagrimas contribuem, não respondem. Sorrisos acalmam, não ajudam.
Seus desejos me fazem perceber o quanto em vão fiz ventar, insistir para você ficar não bastar para tocar seu coração. Uma crueldade desigual nesse lugar onde paredes são estreitas e infinitas ao decorrer de um olhar.
Mas quando eu penso que nunca chegarei ao fim, olho pra trás e recordo de tudo que já caminhei, tudo que sofri e vejo que o final por mais esteja longe, um dia chegará.
E o velho corredor da vida é desgastante, mas venceremos ao final, basta querer, não importa o que for, basta seguir em frente, tropeçando, caindo e levantando.
Seguindo como se fossemos um, mais forte.
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