sábado, 10 de outubro de 2020

Detalhes no andar

 Sem motivos mais para seguir, dizem para eu levar e andar, mas como? Sem ao menos um sorriso.

Me dizem que sou grande, me vejo minusculo, tudo de longe, tudo tão distante, a ponte, a estrada, a vida. Mas mastiguei e engoli seco, amargo como álcool, e é por vocês que ainda to aqui, na rua sem contrato, virando e desvirando, e seguir andando.

Nem percebo onde o sol se foi, se a escuridão ainda fica aqui, estou cumprindo as obrigações e sai de perto de mim por que estou sem tempo até para andar. Mas os vermes ainda estão ao meu redor. A morte solo é questão de tempo, porém, não vai ser ninguém que estará lá. Mas os bons motivos podem até parecer contraditórios, mas honramos o que falamos, nunca fez sentido pra você. Mas a frustração é o mínimo que posso te dar, mas o vintém nunca vem, mas nunca tivemos nada mesmo. E como então sair andando?

Me estrago, me refaço, sigo os traços, e nem sei onde vou parar.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Um tudo, por nada

 Poucos dias, muitos dias para se contar. A dor permanece e parece que nunca vai sair. Dizem que tudo é ensinamento, mas como dizer que estou aprendendo que nem ao mesmo estou ensinando.

Aprendizado é uma palavra complicada de se explicar quando se chora ao ver que nada foi excluído aqui dentro de mim. Dói, e como dói sua falta. Ao dizer que esse sofrimento é por uma nada, por uma pequena rusga que você própria construiu. Aquele castelo, aquela maldito castelo.

A dor de ainda estar aqui, o peito, a consequência de meus atos que podem afligir outros, atingir o mais precioso. Mas a dor permanece aqui, insuportavel. 

Gostaria sim, que tudo fosse simples e que ao menos um suspiro não me causasse essa desgraça toda que é lembrar de você.

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