domingo, 26 de novembro de 2017

Algum dia em junho

Ainda existe muita dor aqui. Sangue jorra e ninguém vê. Tensões, não escuto nada mais.
Onde me encontro? Não consigo decifrar. Mudanças pelo alto, são tão imperfeitos.
Somos distantes, opostos, sem se misturar. Encontramos a solução, uma saída para tudo.
Difícil aceitar, caminhar entre pedras. Afiadas, sangue é visto de longe. Talvez seja a solução ideal.
Somos imperfeitos demais para acreditar.
Ventos mudam, distancias não. Veracidades em alma, olhos que já não acreditam mais nisso.
Me leve daqui, me leve para casa. Onde tudo é confortante, não tenho onde ficar. Chovendo e por aqui nada de novo.
Se chego mais perto, me afasto, se fico mais alto, encolho tamanho medo. Aquela música já não tem sentido algum. 
Talvez a dor não vai passar. O sangue, aqui, de novo em mim. Todo o amor não se esvai, e ninguém aqui vai dizer que nunca irá acabar.
Constante mas já não tão intensa, a respiração. Quietude por volta desses canais. 
Entre paredes, não me acho. Não vejo mais aquela cidade como antes, ficou tudo pra trás. Queria apenas que esse sangue se estancasse. Queria que a dor passasse. Acostumei.
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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ventos cortantes

Seja como for, nada que sou. Buscando no cotidiano a mudança, trazendo a mudança todos os dias. Ineficaz, perpendicular ao olhos brilhando por mais querer. Falhas, acertos, difícil mesmo é controlar as lagrimas.
Mais um gole e eu prometo nem dizer o que se passa por aqui. Outro gole já quero o fim.
Só mais uma vez, segure o folego, aqui já não há mais espaço.
Tão longo, mostre como, toda vida, uma tentativa. E aqui dentro está tudo podre.
Um sonho e a verdade, dentro de você. Em mim, um sinal, uma mão para perdermos ainda mais a capacidade de chorar.
Um sinal, marcados pela solidão nesse lugar. A última vez, pela última vez vamos nos perder nesse copo.
No final, eu nunca quis nem ao menos ter tentado. Queria ficar, em seus sorrisos. E pelos seus sonhos, permanecer.

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domingo, 19 de novembro de 2017

Nada disso importa

Tão longe o quanto. Nem sinto mais. Pouco espaço, poucas palavras para sentir. Inconstante demais.
Sigo em frente, sem saber o que pensar. Estradas sem fim. Caminhos desertos, incertos.
Passo a passo a fim de levarmos uma vida e ainda assim não ter resposta alguma. Se ao menos tivesse um jeito de esquecer. A dor é constante.
Precisa ser assim para que pare. A chuva torna tudo mais esquisito. Aqui, recomeçar o fim que criei.
Cada vez fico mais longe, de mim. E sem saber, pareço não sentir mais nada.
Podia ter mais tempo. Podia ter menos sono. Sem conseguir acordar, nem mesmo quando lembro de sorrisos sinceros vindos de ti. Inconstante somos.
Ansiedade consome, turbilhão de ar, me falta. O mesmo do mesmo. A luz se apaga e nada chega ao fim.
E nada vai fazer apagar, um eu. Por dias, incontáveis as vezes que pensei em desistir. Está tudo bem.
Não aqui dentro. Em elos destruídos, em filmes construídos. Folhas se vão.
Digo estar errado, faço a questão. Inconstante é a mente.
Agora, longe demais para voltar a trás, dentro da garganta e os olhos por fim de fecharam. Certas palavras não descrevem o quão constante é o medo em acordar.
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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Descanso de uma alma despedaçada

Encontre-me, encontre-me dentro de sua respiração. 
Chegou a hora de mostrar toda a dedicação em si, parece clichê, cartas, frases e alguns cigarros.
Diga-me, diga-me dentro de sua respiração
Um abraço, depositado em uma caixa vazia, diga sim. Viremos um só.
Faça uma desordem, arranque logo todo isso que você chama de palavras. Torne-se real.
Encontre-me, encontre-me dentro de seus olhares
Distantes, falso e tão opaco quanto aquele vidro do mesmo corredor, daquele corredor.
Encontramos finalidades, desacordamos em gritos, berros e como foi uma loucura ter que te escutar.
Digo para mim, digo para mim como pude aguentar.
Passe esse medo adiante, nunca mais perto de mim.
Encontre-me, encontre-me dentro de você
E sinta que jamais haverá outra oportunidade de ser feliz. Veja a derrota sob meu sorriso.
Deslace os laços, avante em outros abraços que o tão esperado desprendimento chegou. 
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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Entre o desejo e a vontade, contradições de escolhas.

Por anos achava que a distancia facilitaria. Sorria, um novo dia está aí e você venceu. Por tempos achei que a verdade estava em sorrisos. Em letras percebo o quanto errado estava, em sorrisos percebo o quanto longe estou da verdade.
Não é possível ser dessa forma, não é possível deixarmos a escuridão tomar conta de tudo. Não é certo.
Versículos que não me servem de nada. Sejamos claro, a solidão me consome, não há nada por fazer. Permaneço aqui, imutável. Daqui debaixo não sou ninguém. Talvez seja melhor assim.
Poças d'água, sujeiras na minha alma, desfocam virtudes que há tempos estão mortas. O cheiro não agrada, o gosto sumira em tempo que apenas gostaria de sair daqui.
As vezes chorar. Mudar estações. Dormir cedo.
Encare que você não está aqui pra ajudar, encare que não mudou nada, talvez. Sentidos forçados e não vemos nada mudar. Nada.
Sair daqui é uma opção, sumir daqui podia ser uma opção. Formas forçadas. Desejos de como fazer, encontrados juntamente em um copo de água. Seria tão mais fácil.
Preso em um destino que não pertence a ninguém. Preso em uma verdade onde ninguém mais acredita.
Em pedaços escrevo. sob cacos de vidros, vejo reflexos de sangue. 
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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Última canção

De vez em quando, me pego pensando, de vez em quando quero apenas esquecer. Outrora quero apenas ficar sozinho. Grite, corra, exploda essa merda toda. Apenas saia da minha frente.
Não preciso de você, nunca mais, não preciso mais de sua voz para me expressar. Não preciso.
Nenhum outro dia me fez querer isso aqui. Freqüência desnorteada, me faz mover, me faz prosseguir. 
O sangue some, o gosto fica. O mundo distante, minha mente fluente em negar que tudo não passou de dor, tudo não passou de um sonho. Distante, alguém acreditou.
De vez em quando, minha imaginação pira. De vez em quando, ouço, quero sentir. As cicatrizes que queimam minha pele, de ontem, de hoje, um presente que não acaba. Me redescobri, quero voltar a escutar, quero voltar a te enxergar.
Te entendo, sei exatamente o que é querer desistir, espelhos de alma, espelhos de ações que inexplicavelmente nos aproximas, posso dizer. 
Águas de rios que insistem em ir contramão de tudo que dizemos, pensamos. Agora não tem mais volta. Vá em paz. 
Hoje posso dizer, o complicado é claro dentro da minha cabeça. Não sei em quem confiar, mas tento diariamente sumir, de ti, de mim, de tudo. Pela última vez, a última canção. 

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