segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Linha desconexa

Um peso igual para somar em uma conta que jamais fechará. Exclusão em queda. Talvez seja melhor esquecer, sumir.
Outro dia, mais um copo, nada além de que já te disse. A culpa pode ser minha, já me acostumei. Aceitar em te ver passar, sombria. Tão iguais.
Diz que sim, age com um não. Talvez seja melhor aceitar, sumir.
Ao acordar, uma dor. Ao agir, fugir é mais fácil. Não é mais uma novidade.
Passos largos, exclusão em colisão, ao menos não preciso esperar o fim. 
Contra indicações, conta tudo e todos, não ter mais para onde olhar, sentir. Agora a voz é tremula, a vontade em correr e você, não mais. O importante é fugaz, escapa tão fácil como areia em minhas mãos. Talvez seja melhor enterrar, sumir.
Em breve o ar, um breve ar, o respiro de desespero. A falta e a novidade que jamais experimentei, intragavelmente desigual. 
Quantas verdades falsas? Quantas perguntas inquestionáveis? Nada irá permanecer, nem eu.
Não consigo transparecer, egos em distúrbios esquisitos, sem sorrisos, não aquele. 
Ilusão de ótica printada em polegadas incalculáveis. Mas quem se importa? Amar é solúvel. 
Mas estou exausto, de procurar, de ser seu, de ser uma mentira. Talvez seja melhor esquecer, me achar.
Em outrora, um dia, não esquecerás e quem sabe, seja melhor, em poucas palavras. Se perder em nós.


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sábado, 10 de dezembro de 2016

As vezes não tem como ser diferente.

No que você acredita? Palavras? Ações? O que te faz sorrir? O simples? Confusões?
Em meio a furacões que nos atingem diretamente, podemos perceber através de nós mesmo algumas mudanças infundaveis, visões diferentes e um dejavu incalculável.
No que você crê? No sim? Ou um talvez?
Distanciamento de tempo que possivelmente não faça nada voltar atrás. Meus olhos costumam perecer diante de ti.
Ao caminhar, refletir e ainda assim não saber responder qualquer pergunta.
O que você vê? Um futuro? Um sonho?
Ilusões criadas através de um copo, ligações feitas para durar apenas uma vida. Discreta, senso comum e nos dizer, sim. Talvez seja isso.
Previsões que me faz acreditar nessas mínimas ações, que todos os dias, levemente me fazem sorrir, simples.
Crenças no melhor que você pode ser, sem o talvez dúbio.
Enxergar o amanhã como no velho sonho dentro do copo sempre cheio de afeto. Como sempre foi, como sempre será.
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sábado, 26 de novembro de 2016

Novos rabiscos.

Já foi-se o tempo em que a terra se abria na minha frente e eu ficava então insosso. Discrente.
Não volto mais como em anos passados, distante de horas a diante. Já não posso mais ser seu apoio, seu imaginário porto seguro.
Um pouco mais de espaço para escrever, para respirar. Deixo a estrada me levar e mal sei onde vou chegar.
Bem longe eu sei, tem que ser assim, você longe de mim. Mas não tem como me enganar mais, tudo chegou ao fim. De novo.
Fico mais longe, sem jeito de dizer, porém, queria só mais alguns minutos. Nunca é fácil.
Os passos não param, pode nem ser tão ruim assim, deixar que tudo chegue ao fim.
Tons rasgados, noites inquietas e mal sei acordar. Em novos olhos, em diversos abraços, calmaria.
Disserto em um novo caderno, partir e sorrir então sem fingir. Vai ficar tudo bem eu sei.
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sábado, 12 de novembro de 2016

Labirintos de pensamentos e pesadelos intermináveis.

Não precisa me dizer mais o que sente, juro que isso não vai se vangloriar de mais nada. Pedaços de terra, a luz se apagando e agora é a hora de partir. Sem fingir, sem lamentações, vamos apenas esquecer tudo isso. No bar, não precisa fingir, sem sorrisos, sem risadas forçadas, sabemos de onde tudo isso vem, pra onde isso vai. Lamentações escondidas e depressão camuflada. Tente viver.
Tudo novo, outra vez, já estive cheio de demônios ao meu redor, não é mais novidade encontrar vultos no meio desse caminho estreito.
Já não consigo acreditar em suas palavras, e sempre encontro respostas para seus atos totalmente previsíveis. Não vou mais me enganar, então eu que sempre escutei, previ e acalmei, hoje explodo em decepções e lucidez em te dizer, não, hoje apenas não. Nunca mais é muito tempo, mas virei a pagina como no meu caderno em que você não faz mais parte.
Azulejos muito bem colocados, minha visão, meu chão. Pertenço a esse lugar, um ambiente que nunca saí, novos rumos e abraços mais fortes do que nunca.
Fácil são as palavras recentes que descobri que posso proferi, estou perdendo o controle, mas isso é tão real que me faz sentir-me vivo e a cada sorriso que construo, destruo você.
Em cada lugar, mais racional, em novos céus, tudo de novo, mas nada é pra sempre, muito menos a respiração forte doída, abriu-se a lua novamente, Basta acreditar, então vamos.
Segura minha mão, outros toques, novas digitais e a mesma intensidade, eu mereço e você também.
Conhecia, mas não posso evitar em viver novamente. Mas outro dia está aqui, e eu aqui dizendo, vem.
Nem que eu tenha que lembrar de tudo, do que aconteceu, para que tenhamos paz, e já não acredito que foi-se embora de uma vez.
Ontem não sabia, hoje eu entendo, era exatamente aqui que eu pertenço e irei ficar. Em outro lugar.
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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Na contramão do possível.

Hoje não, sem medo de tentar, vamos então viver esse inicio de mês, com todas essas suas contradições. Mas é assim mesmo, confusão em letras que talvez alguém venha a me entender. Explosão de frases jogadas em lisas paredes de pedra, simples assim e seja como for, não espere tanto assim de mim. 
Diariamente insisto em te esquecer, mas erros surgem, como drogas, como esse copo que não para de ser abastecido, cheio de lamentações me pego com você, não me culpe, não sou tão raro assim. Não perca seu tempo, vamos tentar e libertar esse medo estranho.
Parece que fico estagnado em uma ideia que para o mundo seja incomum, de outra forma, seca. Não me leve a mal, sou quente, fervo em almas congeladas e cheias de nada. 
E me diga então, quanto tempo aceitou tudo isso? Entro na contramão no mundo, me desvio do seu olhar, vivo e acendo almas que jamais imaginei encontrar. Queima como a perigosa vontade de aprender, re-aprender, fazer a diferença, nem que seja apenas por hoje, peço licença. 
Sei exatamente o valor, dou as costas e não me sinto frágil por saber minhas limitações, mas diferente da crueldade de um centro, prefiro gritar aqui do lado de fora, do mundo, da sua cabeça.
E quem sabe um dia, deixe de ligar tanto na madrugada e resolva aparecer, escrever sem borracha não é uma opção, refazer desenhos é totalmente possível, você sabe, finge que não. 
Porém, hoje, é um dia para fincar uma defesa, uma vaidade de merda quieta em uma falta de um empurrão, então, seguiremos. 


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sábado, 29 de outubro de 2016

Onde a realidade e a ficção se separam

Normalmente, quando escuto o sussurro do tormento chegando, penso logo em você e suas ligações. Mas é tão raro quando o passado se mistura no presente que ao pensar no meu futuro, logo, esqueço.
Em um mundo onde abraços são raros, estar nesses diversos braços, me esquenta, me faz pensar que neste instante, estou complemente entregue, a ti. Ilusões.
Um novo dia chegou, o vento frio que corta os olhos, a claridade que oprime o velho pensamento de querer, não poder. Em estradas rápidas, passam lentos rancores que já me bastam para não olhar pra trás.
Ao chegar no novo, de novo, me afundo nesta piscina de desejos, em mares de conhecimento para pensar logo ali, em frente.
As demonstrações são enormes e de diversas formas, dentro desse centro, finalmente encontro os sorrisos que por diversos anos procurei. Bastou então me escrever, te esquecer.
Velhas desculpas, novos horizontes, antigas frases feitas, novos textos em papéis recicláveis. Se me deixo levar, não consigo mais me perder. O progresso começou.
Já não me sinto preso, a liberdade se descreve na leveza desses olhares que a todo momento, percebem a realidade onde a ficção se criou.
Diga-me mais, fale tudo que esteve sempre engasgado, as mentiras não são permitidas, mas podem ser omitidas nessa sua falsa prosa caótica. Um espelho d'água que ilude aos que querem mergulhar, e de mentiras e sujeira, já me bastou você.
És chegada a hora então desse sonho terminar, os olhos abrem e o mundo te recebe como em cada levantar do sol, o jardim floresce tudo aquilo que deixaste plantar. O conteúdo disso, apenas uma pessoa sabe. Ou um dia descobrirás. 
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sábado, 22 de outubro de 2016

Clube da luta.

Neblina atrapalhando minha visão, mal consigo te enxergar, vultos dançantes, tudo estranho. O primeiro soco vem e chega bruto, com arrogância, logo, já sei de quem veio. Antes de mais nada, te aviso, hoje não estou para brincadeira, então venha.
Dissipando com luzes de carros, outro golpe sofrido, meu ouvido dói, não te escuto mais, um alivio, o gosto é de sangue e vou me saboreando por, ainda sim, resistir. 
Neste chão permaneço, as vozes me fazem levantar, deve ser por elas que continuo a tentar ficar de pé, e quem disse que é fácil, nunca foi.
Sinto o frescor da chuva, e com ela um sorriso de não sentir mais você, em outros socos e chutes, um vazio que jamais experimentei, fico então pensando se ainda estou acordado. 
Em sonhos agitados, o suor me corrói, muito mais que a pior bebida que engoli a seco. Mas eis me aqui, pronto para abrir os olhos e perceber tudo ruir, Não foi assim que eu planejei?
Um momento de euforia, dias de insonia, horas atônico, me pergunto quem sou então.
Silencio, nessa luta contra o meu eu, preciso vencer. Grite! Já não consigo me mover, meus pensamentos agitados paralisam completamente meus músculos cansados de esperar. Me limito e me entrego por vezes, mas essas sombras em volta, insistem em me erguer e de volta ao jogo sempre estou. Dia após dia, a luta diária não para, se hoje fui vencido, fodido, mas lembro que ao acordar, sem você, ganho um sorriso a cada minuto. No final, vai ficar tudo bem, um apocalíptico despertar sobre esse novo caos, agora sim, em paz.  


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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Clonazepam.

Confusões dentro de palavras que são soltas infielmente neste mundo estranho. O mesmo jeito em se aproximar, a mesma crueldade em querer apunhalar, mais tarde.
Ouço gritos de agonia vindo dentro do meu peito, dói em pensar, me falta novamente o ar.
Mas vai ficar tudo bem, entre gotas de alivio e dias que passam, os passos seguem em frente.
As vezes me perco no tempo, me pergunto se isso é normal, contar o passado em números e transcrever o futuro em filmes que nunca passariam em cinemas convencionais, é irrelevante, mas importante para desenhar nessas paredes opacas, escrever nestas linhas tortas que lutamos diariamente.
Únicos somos, sozinho não estamos, e a ansiedade que nos devora, me mata a cada minuto que não passa.
O amargo dessas gotas, a doce calmaria que você me traz. Aquarela em flores, busco nas dores uma saída de você.
E que se foda suas desculpas, malignas em intenções, benignas e céticas ao universo de contradições em que quero apenas fugir. Outra vez não.
Já consigo dormir, o silencio me faz acreditar que escolhi as pessoas certas ao redor de mim. Fico assim, longe de mim, parado, calmo como a lucides de meu olhar.
Um eu diferente de tudo, outro eu desconhecido. Não vou negar que quero, vou correr desse maldito revolver apontado e pronto apenas para destruir. 
O gatilho que foi disparado, hoje é travado em gotas diurna de esperança. 
Talvez seja mais fácil esperar o copo encher, talvez seja mais fácil apenas tomar e terminar. Por hora, adormeço e me submeto a imersão de sonhos sombrios, mergulhei em um inferno que conheço cada canto e salto de suas mãos massantes para acordar não mais as dez.
Aceito a dor, exponho o amor e sei que vai passar. 
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domingo, 16 de outubro de 2016

Correntes marítimas.

Pés descalços, andar sincero, lento. Escuto o vento e com calma tudo vai se resolvendo. Mentiras.
Tento obstruir, hoje não posso. Mas ao caminhar construo novos horizontes dentro de minha alma. Pode ser que o cinza desse céu diurno atrapalhe minha explicações e visões sobre o que é ser certo. Mas entenda, nem tudo tem que ser compreendido. Passos largos, correndo a caminho de uma destruição reparada em erros, não meus. Diluindo mágoas, resguardando nessa areia escura que pernoita em lua minguante, então, passei a me escutar. Verdades.
Tentamos nos adaptar a esta velocidade que nós mesmo colocamos em olhares dissimulados, abas e conversas paralelas para um mesmo fim, opcional funcional. E vejo cada dia se escurecendo, mais e mais, não somos nada. Sentimentos banais, dialetos já desnecessário em expressões antiquadas nessa praia.
Fico entre o certo de pular ondas, etapas, mergulhar em mentiras ou marés. Escolho continuar a caminhar e se quiser, me encontre por aí. Será bem mais fácil do que procurar o impossível em outros braços. 
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sábado, 15 de outubro de 2016

Incompreensão

Ruídos, barulhos e a noção de que a pressão já não está apenas dentro de mim, ela bate em pedras fortes o bastante para respingar tudo que se foi dito fora daqui.
Incomodo comum, nublado e sensível o suficiente para estagnar o que jamais foi imaginado em um mundo amargurado.
Diante de gritos singelos, espero, e só por horas não posso se quer um gole, gosto amargo de não ter mais visões distantes.
Dores invisíveis, a incerteza de um amanhã, normal e cotidiano aqui. Tudo muito confuso ainda, um novo mundo a ser descoberto em um submundo intelectual, anormal.
Por vezes pensei em não estar mais aqui, fugir. Em vezes corri o mais longe que pude daqui, sair de mim. 
E essa resposta tão clara pra você, é uma incógnita pra mim. E nunca foi para ter sentido aqui. Antes de tudo, preciso relembrar de mim, como fui, como não sou mais, o que eu quero ser. Estranho mundo novo, estranhos caminhos diários.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Distancia absoluta.

Abrindo os olhos para um novo dia e o velho espirito que não quer sair de você. Mais claro está a cada olhar, para a mesma parede que costumava ficar, a sombra de você.
Subjugo meu cotidiano indefeso, onde cada hora machuca como tiros em meu peito. Amanhã vai ser melhor, definitivamente.
Meses sem contato, um estrago sem tamanho, o normal já não é tão estranho.
Não me cobre assim, vai passar e enfim, seguir.
Noites vazias e em filmes a nostalgia bate como aquela chuva de fim de tarde. As portas já não se abrem tão fácil como antes. E todos não acreditam mais, negam. Me fez jovem, me amadureceu em milênios, no silencio, o alivio. 
Escondo o que era nítido para o mundo, melhor assim, melhor sem saber. Cansado e atordoado os olhos vão se fechando de acordo cada gota escorrida em meu copo.
Já não me cobro assim, dia após dia, sobrevivo enfim. 
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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Notificação

Neste azul inexplicável que chega a me cegar, entro em colisão com seus olhos. Uma maré de sentimentos, uma explosão em sorrisos e abraços. 
A cada passo o saber de um avanço que onde era apenas utópico, sigo assim então, bem. 
Pode até parecer distorção para quem não entende se quer o que falo, mas é normal, natural.
Acho que a cada dia mais sensações obscura ficam no vazio da vida, aparecem de vez em quando, lógico, sombras estarão sempre aqui perto de mim, de você. O importante é percebemos que o bem vem para quem quer. Imoral, acovardada em ações que no fundo sabes que foi errada. Arrogante com suas mentiras e imaturidades. Mas nesse dia lindo, consigo enxergar o azul cegante e não mais seu nariz ali em cima.
Um tiro no escuro, o lado que ninguém quer entender, mas perceba que sempre existe alguém ao seu lado. 
Vende-se aqui, a oportunidade de ser feliz e pra você, quanto vale? Liberte-se de todo o mal, isso sim é grátis e as vezes imoral, mas assim como eu, você, ímpar.  
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sábado, 1 de outubro de 2016

Como se não existisse mais.

Não vim aqui para questionar nada que venha do amanhã, para nós já basta essa arma apontada sobre nossas cabeças. Eu sei, minha mente já se foi a algum tempo, hoje não consigo nem ao menos respirar. 
Onde enxergo uma luz, percebo outra, outra vez apagando em mim, dentro de mim. Tão delicada, que até mesmo sangro as vezes. Vozes que perturbam meu amanhecer, não me deixam viver nesse cubículo incerto que foi ontem. 
No ar, ficar assim, sem ar. 
Vou deixar bem claro dessa vez, direi em notas abertas sob o céu, um adeus definitivo para o além apagar o ontem. Sereno, inquieto, sublime e por que não dizer, lindo de se esquecer.
Não falei que seria fácil, mas passou, o que me disse, falhou. E esse fogo hoje então não mais existe, e se você me permite dizer, nunca houve, agora eu sei. 
Somente hoje percebi que esse molde que criei, de plástico, como seus sorrisos, não bastou de moldes a maioria desse tempo.  
Largando de um vicio para enfim, conseguir seguir e caminhar. Sem medo.

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domingo, 25 de setembro de 2016

Um dia por vez e um ontem esquecido.

Diferente de tudo que já foi, colorimos argumentos fingidos no passado. Igual a erros de ontem, apagamos essa folha e quando eu menos percebi, não havia mais volta.
Dentro de um quarto escuro, chorei, refleti sobre todas essas palavras amargas que penetraram na minha mente. 
Os sons já não faziam mais sentidos, e a dor somente aumentava, o remédio? Desaparecido.
Talvez o perfeito álibi estivesse dentro de mim mesmo, mas eu não o enxergo bem. Mascaras para sair, me pego fazendo o que você sempre fez e minto para o espelho, agora sim esta tudo bem. 
As conhecidas sombras me afetam, as famosas vozes não querem se calar diante todo o absurdo que processei dentro de mim, a culpa pode não ser sua, mas como então não ver essa arma que aponta na minha direção. O tiro foi certeiro, marcante e profundo.
E em outra oportunidade, me vi no chão, caído, sangrando como já estive quando a folha amassada, aquela mesma que um dia foi restaurada, está agora rasgada de lembranças amargas.
Frestas de luzes entram e queimam meus olhos que já está cansado de não enxergar o que o mundo grita, mas a espera hoje já se faz impaciente, a cada minuto é um a menos sem, e a cada hora já não lembro o que estava pensando. Se a folha colorida perdeu sua cor, fica mais fácil queimar do que tentar reaver o brilho. 
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sábado, 17 de setembro de 2016

Destruição de um nada.

Quando letras sobram em palavras que falham em te dizer, um nada. Tormentas que vem para nos dizer assunto que simplesmente nem devíamos ter tocado, agora não importa mais. É pelo tempo, e em pouco tempo já não estamos mais aqui nos desenvolvendo em nós mesmo, ou nada.
Já não importa mais tocar nas palavras que somem nessas linhas malditas escritas sobre você. Hoje não mais.
E onde dissolvemos tudo o que passamos? Transparente como seus olhos de vidros e então deixaste de ser você. É mais fácil culpar do que aceitar, aponte, cuspa, mas jamais olhe para seu próprio espelho. Juro que não escolhi, mas um dia voltarei a sorrir. 
Nesse solo, cultivamos um amanhã sangrento, nojento nos planos de outrora, acontece! Barulho silencioso nessa rua movimentada com ninguém por perto. 
Pego em armas mentais, destruo todos os pensamentos que um dia me levaram a crer, no nada. Desabo, apedrejo e explodo contos sobre o amanhã. E de manhã as vozes simplesmente se calam dentro de mim, internamente a paz que você nunca me trouxe.
Nuvens de poeira, canto, pregos pelo chão, danço, e a dor faz parte desse espetáculo de desordem. 
E no chão, esse não, torna-se um nada. 

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Uma semana.

Houve distrações sobre erros invitáveis, descontados em dias ruins sobre humores desnecessários. Mas eu não quis ouvir, me entreguei e novamente em suas mãos fiquei, assim, desconcertado.
Outras previsões, entre horários distintos e vontades mutáveis ao londo dia dia, bem que eu tentei, olhar em seus olhos, desgastados sob lentes escuras e você não deixou.
Se quer tirou de mim a vontade, se quer pensou em ouvir o meu coração. Ouço então, as mentiras mais sinceras que nunca quis saber.
Estamos perto desta vez, e outra vez é impossível negar as atitudes convenientes dentro desse espaço. Vontades inegáveis, me entreguei de novo e fiquei assim, encantado.
Milhões de planos e acertos, centenas de risos e a noção de tudo que se passou ficou, logo ali sob erros.
Me responde como pode ser assim? O mundo pra você bem ali, só pra você e agora sim. O outro lado não existe e quando mais precisei, não tive alivio, agora não.
Existem coisas mais importantes do que se importar com outro contato, jogue fora um passado e não há mais. Essencial é não se importar, o bem estar é logo se livrar e ficamos aqui, gelados como partes de você.
Só me deixe então, nunca diga em vão, só me deixe então, seguir em frente. Um dia quem sabe ao olhar pra trás entenderás, uma hora ou outra aprenderá com o que ficou ali por ti e agora não mais,
Só me deixa em paz.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

De volta ao inferno.

Mais uma vez caio nesse abismo incerto onde já percebi pertencer a muito tempo. São minutos de certeza, olhar seguro que me faz perceber que a ternura de palavras são tão sinceras quanto um beijo seu.
Pareço inocente, me afogo em suas palavras falsas e ao mesmo tempo crio expectativas de algo que sempre sonhei, seu sorriso.
Volto então a te dizer, podemos, busco então te encontrar, nos perdemos e ao final, parece ser tão distante quando os quilômetros que nos separam.
Amarguras em perceber o quão cruel és. Tristeza em enxergar o quanto frio pode estar nesse momento, mas ao final do dia o fogo irá queimar essa alma perdida que aqui vos fala.
Como uma bengala sirvo-te de apoio, perceba comigo, aqui sempre estou, como uma sombra que quando mais precisas, te ampara. Foram dias obscuros, dias de lagrimas gratuitas, dias de espasmos, boca que espuma medo, corpo que endurece ao lembrar as dores do passado, mas calma, tudo isso vai passar. Estou aqui.
As escadas serviram para erguer-te, como corrimão te dei a mão, vem, vamos. Eis que lá de cima, escuto gritos, vozes perturbadas, e por algum erro, me joga para o inferno novamente.
Espíritos conhecidos me saúdam, não queria lembrar de nada por aqui. O amargo da minha bebida me faz refletir o passado, me faz me arruinar em escuridão.
Não faz sentido algum eu buscar sofrimento, mas como explicar que se estou parado e ainda assim fuzilado por você, distante. Nem ao menos uma semana de alivio, nem ao menos uma respiração a mais.
Pago por ser demais, punido por ser quem sempre sonhou, me deparo no chão. Sangue jorra, a consciência já não se esforça tanto em permanecer de pé. Vultos buscam por mim, cedo. 
Golpes sufocantes surgem em meio a vômitos de desespero por não conseguir sair daqui, sair de você.  
Busco salvação em vão. Outro gole e mais um chão. Novo golpe e outro não.

Queima a pele, rasga os sorrisos, mostra as verdades que na verdade, nunca foram pra mim. 
Não queria me sentir assim, em casa, mas parece ser meu lugar, onde cresci, onde mais uma vez fui jogado.



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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Algumas desculpas para não soltar suas mãos

Em suas ilusões, desapareço. Peço por uma permissão que sem esperar, faço merda. Me afundo dentro de meus sentimentos. Você não tem culpa, as vezes, eu também não.
Perguntas que fazem confundir, um aneurisma catalizador de pensamentos. Distrações de nós, e eu, simplesmente não consigo largar você dentro de mim.
Deveria ser simples, mas não sei. Sei que você não tem culpa, porém, eu também não.
Quando mão se entrelaçam, temos então uma certeza, sincera, singela. E quando a distancia não ajuda, o bem estar pode até camuflar algo que não era pra ser. Você sabe que é, eu também.
Encontros inevitáveis, abraços intermináveis, o tempo naquele segundo transformado em horas. Deixe-me então tentar explicar o que meus olhos te dizem.
Em minhas memorias, apareces. Me faz um pedido, te dou o mundo inteiro. Transbordando nós, escorre o amor. Do nosso jeito, como sempre foi.
Culpados somos e por vezes, chega ser complicado explicar. Aqui estamos.
Uma conexão linear, um nó apertado e um fio de esperança onde o limite está logo alí, no futuro, na eternidade até onde possamos alcançar.
E mesmo sem culpa, continuamos assim, juntos.

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domingo, 28 de agosto de 2016

Brilho nas montanhas desconhecidas

Ecos distorcem realidades paralelas dentro da minha cabeça. Como se fosse zumbidos, vocês que me incomodam, dizendo-me os caminhos que tenho que tomar. Atraídos por feições, perfeicionando um momento inevitável, podemos nos colocar de volta a um padrão. 
Ontem eu já não sei como descrever, hoje preciso de um abraço para te ver, olhar para o amanhã.
Fixo moradia dentro de ti, peço anistia para todo o mal causado em tempos conturbados, o furação aqui devastou-me mais do que você imagina.  Se consegue enxergar muito além dessas doenças viciosas, então venha e me tire daqui pra sempre.
Sob toque de mãos, em laços que insistem em não soltar, me pego novamente ingerindo o veneno diário que me mantém de pé.
Desgraçada a voz que ouço muito além dessas montanhas frias, geleiras feitas de você. Um revés, outro algoz, e gelos que derretem nas formas de lágrimas.
Se achas tudo isso muito obscuro, foi talvez, pela falta de penetração espiritual, então feche os olhos e viaje em um mundo que criei para você.
Ando e a cada dia passado, um a menos sofrido e eis que fica tudo mais fácil em deixar para trás. Sorte a minha de ter seus olhos nos meus. Sorte minha de sorrir em seus sorrisos.

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domingo, 21 de agosto de 2016

Mergulho em águas profundas

Por um espaço intransitável procuramos achar respostas para um foco esquecido desde o início. Como desculpas para não te deixar, assim como, fraquezas para simplesmente não largar. 
Venho aqui através de olhares, tentar te desprender do mundo, te libertar de arestas que só machucam. Apenas volte a respirar.
Faço-me sangrar, não diz nada, parece não entender, deixa pra lá. Multidão que não te dá razão, raiva te machuca mas eu sei toda a verdade por trás disso tudo. Afinal das contas, sou apenas eu.
Venha me dizer que se arrependeu daquele dia, três segundo para me afastar de você. Não quero voltar a respirar.
Minhas opiniões, minhas forças que aqui se esvaiam a dor, deito-me. Retratos apagados.
Troque, mude, não fuja e encare de frente o que está diante ti. E por mais que pareça que hoje não é tão intenso quanto foi no passado, não sabes que pode ser mas lindo o quanto. Respire e sentirás.
Quer falar, não sabe o que. Quer dizer, mas não sabe como. E eu não lembro onde deixamos nos derrubar.
Quem sabe eu que tenha que fugir disso tudo. Me dê motivos para eu não acreditar. Quero ao menos respirar seu ar. Inevitável não querer, só não solte minha mão neste limbo que criamos. Não vamos desistir.
Até onde o folego aguentar. 

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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Oasis

Não me olhe nos olhos, apenas não fale comigo. Impossível não ser assim, nunca a distancia consegue nos deixar cada hora mais juntos.
Pareço grato, grito, e a verdade é que no fundo você sabe de toda a verdade, toda vez que me despeço, faço exatamente o que você quer, retorno, pra sua alma.
Uma luz que insiste em não apagar, copos de lembranças e ligações. O necessário nos faz parar de pensar. Prateleiras propensas a desmoronar sobre livros.
Já me viu desabar, talvez até mesmo levantar para saber que não parei por ali, sozinho.
Me confundo em direções opostas, sublime demais para deixar de escrever sobre isso, me perdi de novo.
Textos sobre cotidiano restrito, estreitos olhares e não faz sentido algum me segurar, me solte ou diga o que realmente sente, simples. O toque de palavras mudam o mundo, transforma um simples papel em sorrisos eternos.
Se pensa, diga, se quer, pegue. Tudo pode esvair na mais perfeita gota que jorra através de nuvens repentinas. Transbordar quando não se pensa.
Atalhos para cegar horizontes, declives para ensurdecer ares. Sentidos que não fazem o menor sentido sem o som da sua voz.
E entre delicadezas e egoísmos, viramos um conglomerado de confusão. Só não se perca nas linhas de sua própria mão.  Só não me perca nesse deserto.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O momento que finalmente a corda sobre o pescoço é esquecida.

Túmulos incontatáveis de pedra, largados, esquecidos em anos de soberba. Quando a angústia então viraria indiferença. 
O cinza fora pintado, colorindo um vida de alegrias. Cegueira momentânea, era mais fácil dormir do que enxergar o que não se quer.
Velocidades de estradas estáticas, subindo para o desconhecido, ou simplesmente para sofrer todos os pesadelos de meses silenciosos.
Possivelmente poderia apenas não importar, mas a vontade em apontar uma arma em direção a cabeça era muito mais viável nesse momento.
Eclodem duvidas sobre o que fazer, fielmente falo sobre o amanhã, esqueço o hoje. Chove lá fora.
Treino em ser, não me deixam viver, dúvidas ficam aqui. Bilhetes não fazem mais brilhar um olhar opaco.
Uma alma que insiste em não se doar, se entregar, pena em assombrar. Engatilhar.
Posição sobre o sol, sombra invisível. Apontar.
Mensagem de adeus. Hesitar.
Quando vejo oportunidades, quando finalmente os olhos clareiam o mundo, percebemos sermos capazes do impossível. Aprendendo a andar de novo, descer a velha estrada de sentimentos e notar que o colorido não foi pintado, mas que você mesmo pintou. De novo e de novo chega sua vez de decidir, pensa e pense e si. 
Quando a arma sob sua cabeça está abaixando aos poucos, a percepção do problema começa a ser simples. Não é a arma, mas sim essa corda que finalmente tiro do pescoço, largo e deixo viver.
Singularidades em texto, intensidade e eu me deixo. Sorrir.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Talvez o adeus promova o encontro de almas conhecidas.

Janelas sujas, eu mal posso enxergar o valor do vento frio vindo de lá fora. Gelos quebrados, derretendo dentro de explicações quase sem fundamentos para entendermos.
Cansamos de saber que tudo é muito fácil, mas nos distanciamos a cada dia. Faça-me pagar por palavras em ironias que jamais imaginaríamos. Distorça seus pensamentos só para não me fazer saber, não posso ver seus olhos, mas o enxergo diariamente. Queria ficar um pouco mais, como ontem. Muro de ferro blindado com orgulho.
Conexões trazidas por sorrisos, lembranças momentâneas de um passado que nunca foi apagado, Continuamos aqui fingindo não ser. Basta querer.
No horizonte a nevoa me leva a suar como se eu fosse morrer de ânsia, respiro e simplesmente não encontro o ar, você. Mas basta eu dizer adeus, para te encontrar, como um imaginário. Queria te fazer acreditar que não sou seu inimigo.
Escrevemos sobre nós, diferente ângulos, desenhos abstrato que consigo compreender, fácil de lidar quando queremos não é verdade? O subconsciente me alerta para deixar tudo e mergulhar em outra direção, apenas me deixe.
Em livros, em histórias, tudo para ser como nossas mãos entrelaçadas, para então de prolongar um pensamento, um sentimento.
Roube de mim o que mais você precisar, só deixe um sorriso por perto. Liberte-se.  
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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Enterre suas verdades.

Distrações que destroem o dia. Fazemos parte de uma respiração confusa, intensa. Um lugar que jamais gostaria de revisitar. Aqui estou.
Angustia, visão embaçada, escurecida e de novo quebramos promessas entre nós mesmos. Exitar ou escutar, fugir.
Oito anos de um mundo, porém, o problema nunca foi seu, não é mesmo? Sensações que nunca mais queria sentir. Vivi.
Um ponto qualquer, brisas frias que queimam olhos cansados de fingir calma. Me diz o que você sabe disso tudo? Nada.
Agora já não adianta mais gritar, o futuro foi destruído, me fez sumir, O para sempre evaporou, deixou o amargor dessas últimas semanas. Livremente mexem com sentimentos, brincando de fazer sofrer.
O que me restou? Tudo que me disse, dentro do lixo, tudo que me disse, em vão. E pressinto a liberdade para enfim sorrir.
Um dia de fuga, um achado para escapar. Já não faço parte disso, hoje só não quero sentir a dor de anos que já pesaram muito sobre minhas costas. Ele já havia me dito, não ouvi.
Tentei tanto, tentei com tanta força, cansei. A vida me ensinou a acreditar no melhor, vi seu pior.
Imaginar em fazer acreditar em tudo que fiz, loucura megalomaníaca, mas pode ser que o amanhã te mostre o que hoje tentei provar.

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Um quadro manchado

Ruas de lembranças, ventos frios que congelam almas feitas parar vagar entre sombras. Poderia inúmerar meus atos, foram dezenas de sentimentos explodidos em quadros que nunca ninguém pintou pra você. Reclamações do passado, refiz seu presente e quando estava estável, fez a única coisa que não podia. Não merecia.
Parece que ninguém te conhece, difícil é te conhecer. Sob lembranças boas vividas, agora manchada de vinho, vermelho como o sangue que aqui derrama.
Sua voz é esquecida, ler mensagem é sua realidade, postulada de forma de crueldade. Fique assim então, o seu certo, o seu eu. Egoísmo.
Escrevo linhas de feitos, não apago defeitos, mas revendo o resumo de tudo isso, tenho a certeza que posso ter orgulho de todas as batalhas. Não você.
Imaturidade em não saber lidar, cegueira em não ver o outro ser humano. Desumano.
Um dia quem sabe, você veja que esse quadro que pintei, na galeria em outra loja distante e perceba que foi totalmente pra ti.
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terça-feira, 19 de julho de 2016

Dez horas

Lua cheia, as ondas quebram violentamente sob olhares que queriam estar um pouco mais longe. Longe de meus olhares, parece gritar, entre a escuridão submersa penso em você. Inevitável.
Respiração profunda, e tudo que eu mais queria era voltar os dias que riamos de nada, do nada. Percebemos que seria muito mais fácil ignorar, esperar, continuar o que nunca deveria ter sido interrompido. Doses a mais, dias a menos.
Longe de tudo, permaneço sobre as nuvens, perto do sol observo o nada, alívio.
Cabisbaixo, andando contra o vento, e parece que o tempo insiste em parar aqui.
Tropeço em degraus diastante, e parece que você insiste em parar em mim.
Antes de mais nada, abro os braços, revigoro lembranças e de longe, quero chegar mais perto. Afinal, sabemos que essa dúvida é uma certeza camuflada. Deixe estar.
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Atalhos.

O tempo passar e as mudanças ao nosso redor clarear algumas ideias para então, conversar. Nuances precitadas sobre cinzas de cigarros, voando ao relento, escapando como palavras que nunca devem ser esquecidas. 
O movimento em passos, desfigurando o seu redor e embaçando a visão daquele amanhã sonhado ontem. Vejo incertezas, indecisões e faltam mãos para te alcançar. Deixe estar. 
Prerrogativas para conversas sem valor, teimosia nebulosa que queima no calor, e fere a todos, deixe-me ajudar.
A luta interna e o embate de pensamentos distintos, o querer, o não poder, a razão e o coração em rodadas de socos violentos, mas o sangue já não é mais seu. 
Ao lado do inferno, sussurro, dentro desse quarto perco o ar de tanto pensar. Minha mente não acompanha, correr contra esse tal respirar. Ocupado então ficamos, para o nada.
Pergunte para si, até onde se esconder? Até quando fugir? Até quando estarei aqui? Tudo pode passar, mas marcas ficam, Deixo então parte da minha alma, um presente para se lembrar dos quase 500 dias.
Um sim, um não, um quero, um não, uma duvida, um não. Um barco perdido. Um farol na sua frente, mesmo sem você acreditar.
Pés cansados, asfalto que ajuda a sustentar, mesmo onde a maior vontade é de permanecer onde ninguém mais quer acreditar, o limite. Escolhas são suas, eis me aqui.
Ao fim dessa estrada então encontrarei a minha resposta, lá onde o sol de põe. 
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sábado, 9 de julho de 2016

Marcas do cotidiano.

Forte como uma droga que dilacera sua víscera, que amarga sua língua e destrói sua alma. Oculto como seu coração impossível de compreender, até onde sua confusão irá afetar alguém que tem a certeza de estar fazendo o certo.
As dificuldades são medidas em posições de ataque, fugir nunca é a solução, mente confusa pode-se distrair de um objetivo em comum, ser feliz.
Parece que nossos olhos não se desgrudaram, parece que as palavras nunca faltaram, e os abraços eternos são separados diante o amargor de seu pensar. Nunca mais.
Vomite solidão, capacho de uma noite que jamais deveria ter começado, brincar porque?
Ontem era um sim, hoje nunca mais.
Te prometi um sorriso, te entreguei meu mundo, Rasga agora minha alma como se muda a cor da unha. Distorce ações como se fosse tão fácil quanto engolir a seco. Parece não mudar.
Duas vidas, diversos destinos mas uma escolha errada. Nunca mais.
A dor não supre os batimentos acelerados de um coração partido, o brilho agora já não é constatado como sempre fora. Motivos banais, colaterais. Onde ontem era a certeza, hoje um não.
Não querer acreditar em uma mentira, forçado a enxergar que tudo poderia ser diferente, então brincou porque?
A estrada que era tirada como um alivio, hoje assombra o céu, os olhos. Te ver sorrindo e não saber, te ver chorando e não compreender. Insegurança passada de hora em hora em despertares obsoletos.
O futuro esteve ali, ao alcance de mãos que tiveram pra ti um tamanho sem igual, e faria tudo de novo para estar ali. Mas não.
Uma vida cinza, colorida com aquarela fácil de sair em água. Correr é mais rápido, seguro e frio.
Ontem era um sim, hoje nunca mais.
Normalidades encontradas e podes de vidros, frágeis e nem tão certas para outrora, difícil explicar. Confusão de mentes, covardia de atitudes, e parecia ser tão mais simples. Ainda penso.
Palavras sujas ditas da boca pra fora e com a convicção de escrever sob aquela rosa novamente sempre irá pairar a atmosfera. Afinal de contas, cada dia tem um horário diferente e ao menos, diante desses óculos, exergo um sorriso sincero pra mim.

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Uma única noite, um último boa noite.

Sorrisos de lado, abraços apertados, o que falta é o ar que tanto precisamos.
Onde escutamos risos, vemos choros e depressão. Onde está as nuvens que estavam aqui até ontem pela manhã. Você lembra da última noite em que fomos felizes?
Remédios em adequados horários, me poupe tempo, apenas me leve logo para longe disso tudo.
Longa jornada, entre goles e lagrimas parecemos não entender o que está de fronte nossos narizes, mas é tão difícil concentrar em um só, é difícil deixar passar.  
Uma luz que não se apaga, a lua que insiste em ficar em cima desse olhar. Verdes, frutas ou arvores, esperança ou simplesmente você.
Entre fogo e cansaço, os lençóis que não mentem, fingem engolir o que um dia fostes real. 
Mas os remédios que insistem que mentir para os pensamentos cotidianos não deixam mais para trás, pilulas amargas, ingratas que ainda vão acabar com tudo isso.
Agonia, suspiros e desesperos, até onde vão parar? As vezes é mais fácil fingir que estamos vivos, mesmo com os olhares distantes, apenas sorrir.
Vagar em nevoas brancas, escuras, invisíveis, onde os mais altos egos se tornam obscuros. Esqueci seu nome.
Não consigo mais ver nossos sonhos, o futuro que planejamos no mais simples estacionamento em concreto. Não posso mais te ouvir.
Tentativas frustadas, mentiras lavadas em semanas que era melhor deixar pra lá, mas então me diga, por que diabos, somos tão próximos?  Conexão de sentimentos impossível de descrever.
Se é para ser assim, deixe então apenas meus remédios acabar com tudo isso, acabar comigo, com a minha alma. E então talvez alcançar a paz necessária, para nós.
Chorar agora não vai ajudar mais nada, já que a decisão fora tomada. Um último adeus, nossa última noite. 
Sinto que o sono está chegando, satisfatório tanto o quanto o velho copo cheio. Obrigado por viver isso junto a mim. Boa noite.

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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Guernica

Sofrimento gritante sob fogos e uma dor imensurável. Os olhos já se transformaram em água, choram com o poder de não fazer nada para mudar o que está por vir, o que está acontecendo.
Um sonho, um sonambulismo, tentar correr, fugir para um lugar mais longe possível, não conseguir. Tente sair, espere então parado por todo esse desespero que tomam conta do ar. Respire fundo, não mais. Ao menos levante o rosto, olha o que está sob o céu, a luz que ilumina todo esse ambiente preto, cinza e branco.
Da direita pra esquerda o movimento cega, entristece. Realista como nossos olhos angustiados.
Tocha em elétrica, os ombros por não suportarem mais, deslocaram-se. Compreender não se é mais possível, sentir se faz necessário.
Logo no chão, o eu. Desfigurado, massacrado por você, as armas que tinha se quebraram, a vontade que um dia tive, já se não faz parte. Em minhas mãos, o futuro dilacerado, cortados como se fosse predestinado a isso. Agora um fim.
No alto um pequeno deus, olhos que não chegam alcançar o que é preciso. O cavalo, simbolo de força já não é mais o mesmo, gira em torno desse desastre que somos nós. Ainda acredita que possa voltar ao normal, a incerteza impera.
Ao final, imponente como um touro indomável, são seus olhos penetrando e me dizendo tudo que tenho que fazer, sentir.
Ao menos, sei que em quase 14 metros de altura, a queda não dói tanto quanto esse fogo que insiste em não apagar. Ao menos, sei que essa pequena flor, desenhada com traços de uma criança, me trás a paz que preciso, me faz ver que ainda não acabamos. Ao menos a flor é a esperança do nosso longo futuro.
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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Respostas para aquela certeza.

Vento gelado, a correria de dias em que o interno precisa falar mais alto, o passado cobra o ressurgimento de um sentimento verdadeiro.
O abraço prolongado só responde o que ironicamente já sabíamos.
Onde tudo parece precisar se encaixar, nossos olhares formam a sintonia perfeita. Nos perder de novo não pode ser uma possibilidade, a distancia só a do que não repetir.
Faço-me constante, batalho em algo que acredito, e vejo a certeza do amanhã.
Tão doce quanto seus lábios, tão certos quantos nossos beijos. É isso e você sabe.
Árduas palavras? Por aqui passaram. Pesos que atrapalharam? Por aqui pesaram. Mas onde frases tem o teor de um passado, o presente é notório e o futuro é algo que ainda acredito e vejo isso em você também.
Deixa o metro passar, deixarei o frio não congelar nossas mãos, entrelaçadas no brilho de nossas almas.
Percebo que o tempo não responde tanto o quanto estar junto a ti.

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sábado, 4 de junho de 2016

Desejo em partir.

Dizer que eu consegui o que eu queria poderia ser irônico, diante de seus olhos. Confesso a desilusão, as evidencias fora de casa, minha cama vazia. Talvez eu não tenha conseguido ainda.
Consequências imaturas, palavras proferidas, feridas diante de si mesmo, afastar fica mais fácil. Evitar então.
Dor constante, forte o bastante para me fazer parar de respirar. Mal posso esperar por mais, gritar e finalmente me ouvir.
Entender ainda é complicado, gigante mesmo é a força que me faz reviver. Enquanto os ossos doem, o mar avança, enquanto não posso me mover, chega a me engolir. O silencio adentra em mim, o mundo fica escuro e de repente, um estouro, luzes vermelhas e um dilema. Por que, não me deixaram ir? Em paz.
Dentro de um inferno que construíram pra mim, e simplesmente, não me deixam sair dele. Ou será que eu não tenha conseguido ainda.
A mesma paz que vivi, poderia ter me deixado ali, deitado, para sempre. A falta não apareceria.
As vezes vejo que não suportaria, diariamente percebo não aguentar. E talvez, o mar viria a ser meu recanto para fechar os olhos que não aguentam mais sofrer.
Quem sabe um dia.
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Tentar não é uma opção já que o esquecimento é mais fácil.

Sóbrio, colocado sob suspeita. Interrogado pela suposta angustia em não falar.
Amargor nos lábios, sangue escorrendo em lençóis que lembra a marca de seu corpo.
Fomente uma discussão, te dei toda a razão para atitudes incoerentes. Um final sem fim, olhares sem destinos, sem datas. Não mereci.
Agora seguiremos pelo liquido da emoção, frutos de discórdia. Não consigo imaginar.
Procurando a próxima saída, senti como se não enxergasse mais, hoje. Quero mais.
Um idiota tentando enganar a mim mesmo, mas só você não consegue enxergar. Sinto queimar, me deito aqui. Nada passa.
Daqui debaixo é complicado opinar, se não enxergo nada, uso então, minha mente para te alcançar, falho completamente. Gritos ressurgem a velha morte, sussurros relembram a maldita ansiedade que bate forte dentro de mim.
Escrevo o fim, queimo, penso em terminar, rasgo. Fico sem saber o que imaginar. Só não consigo.
Confuso sem saber o que vai acontecer, adormeço nesse vale. Uma hora vai chegar, a minha hora vai chegar.
Em túmulos e cinzas, percebo o quão cruel pode ser. Já se foram 500 dias. Dilacere e esqueça.
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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Marcas

Anseios de um novo amanhã. Liberdade o suficiente para dizer o que quiser me dizer.
Ocultamente, mente, distorce em palavras, sentimentos que um dia quem sabe foram reais.
Facilmente quebra partes de um quebra-cabeça indecifrável. Mas as artérias já foram severamente violadas. Me diz o que quer? Me diz o que pretende com tudo isso?
Posso ouvir em tons trêmulos que a verdade não está aparecendo, que o medo predomina a vontade de ser feliz.
Amarguras de um ontem que nunca terminou. Escravidão de abraços nunca mais dado. E eu simplesmente já fiz de tudo. Tentei.
Fica aqui então, solidão, flashes da covardia que te contaminou. Doença que transforma, aniquila e pode matar o que então, sempre quisemos.
É inaceitável não querer a vacina pra tudo isso. A mão já não quer erguer, a lagrima que aqui se seca, casou de tentar. Fugir nunca foi a solução, aceitar tudo isso também não.
O futuro incerto, cego em você, brilha em argumentos inúteis. Em quatro paredes já não se escuta mais. Frases de efeito, desconexas alterando um sentimento. Honesto.
Deixo então, pra ti, uma carta, desta vez, sem uma rosa, agora, com um adeus.
O papel manchado de sangue pode ser renovado, e então, ser escrito por outro alguém. E isso eu posso ter a certeza de que não foi eu quem pediu. Um fim.
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sábado, 28 de maio de 2016

Dias de um arrependimento duradouro.

Chega a ser impossível de não lembrar de nossas risadas, fugaz demais em desaparecer, mas sem nenhum motivo tirar de você de mim.
Sem pensar em responder, sem querer estar, sem sentido algum, amargo sem semblante. Em um fim que parecer chegar.
Não sair do lugar, correr sem te ter, querer sem poder. E não faz sentido algum perguntar. Por que?
Buscar respostas em vão, atormentado, com razão, sem motivos e então, um não.
Ao menos a felicidade de folhas de papel, porém, faça o que você quiser, afinal não era isso o que você queria? Jamais irei comungar esse tipo de argumento, mas mostre-me então que foi assim que planejou, raiva sincera de um individuo inocente.
E não foi isso que te trouxe aqui? Sugar o bem para fazer o mal, involuntário, necessário, pra você.
Faça então por você, apenas por você, como sempre foi, inclusive comigo.
Dizem que a vida é feita de escolhas, e me parece que escolheu a brutalidade de massacrar outras, eu.
A sua inocência chega a me dar risos, mas mostra-me do que é capaz. Outra piada.
Andar em pedras, pisar em brasas, fazer de tudo para sorrir, e não conseguir. São meses e meses de brigas, e parece me acusar do que fazer, do que agir e falar. Tentei usar minhas mãos, não foram suficientes para você.
Poder ser 20, pode ser 40, não muda a prepotência no olhar, no caminhar em um pedestal imaginário. Só não me diga que tentou, me fará sorrir. Covarde.
E mais uma vez, suportarmos ser, a mesma paisagem de fingimentos de um cenário em que o dia a dia não nos completamos, mas nunca estamos satisfeitos, parece tudo vazio. Como os outros 500 dias. Mudamos.
Mas tudo, mudou, e o nós não passou a ser sincero, nunca foi, o que valeu mesmo foi o eu. Somente o eu.
Foda-se você.
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terça-feira, 24 de maio de 2016

De trás deste sorriso, crueldade.

Foram longos percursos, choros e desarmes que por um jogo de coincidências curtimos o infinito.
Os gritos por muitas vezes nos fizeram enxergar a sombra de algo maior. De algo intenso.
Vejo no horizonte palavras distintas, que se completam dentro de um abraço.
Hoje o caminho do corredor é distante, ontem o que era a chegada de um avião, se tornou a partida de sonhos, pelos ares.
Cotidiano em álcool, forte que nem mesmo um tapa na cara te acordaria.
Mudar o curso, te dar o mundo, não bastou.
Sempre o singular permanece sobre esses copos que insistem em não secar, secou.
São letras solitárias, números ímpares e eu sempre sozinho.
Busquei o nós, encontrei somente o 'eu' e como uma piada, não era eu.
Coragem para esfriar, petrificado então resolver ouvir, escutei o som de labaredas estranhas. No cômodo do inferno.
Triste é ver como algo lindo se tornou nublado, cinza a alma esvaiu, com chuva o céu assim ficou, morreu.
Fico então ludibriado por essas falsas palavras, abismado com esse tão cruel sorriso. Tudo feito de papel.
Aqui no peito a alma puxa o irritante cigarro, fumaças consome o espirito, algo então tem que mudar.
Jamais pensei que a mais bonitas das rosas me ferisse, e esse duro espinho assassinasse um coração inocente.
Noite fria de uma viagem de desencontros, outro Estado, outras mentes e assim fugiu.
Tento então fazer-te entender, em vão. Te ofereço a mão, um não. Ofereço todo um amor, obtenho o chão.
Sangrar sob olhares angustiados de quem já chorou, se perder na estrada pode ser o atalho para então, nunca mais encontrar o rumo que naquele dia se desejou para todo um infinito.
Foram sim, longos percursos, e todas as coincidências de curtidas, se apagaram pode de trás deste teu sorriso que ocultamente, escondeu a crueldade que mata a alma de um inocente.
Esquecer-te-ei.

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domingo, 22 de maio de 2016

Calçada de pedra

É bom saber que meus olhos se cansaram de tanta arrogância, não sei onde vai parar. 
Mas a vontade é grande para se desculpar, e o tempo reservou para nós uma incógnita e nossas mãos simplesmente está ali estendida. 
Sua teimosia queima em brasa e ninguém vai notar esses mínimos detalhes em que os ponteiros insistem em passar devagar. 
Ninguém pode me ajudar a não ser o silencio, a dor. 
Já sem folego não posso mais correr atrás, sobra a razão, falta a antiga ilusão de te ter.
Pouco a pouco o ar se esvazia, e as pedras não me fazem mais tropeçar. Fico assim então.
Deveria ter aprendido, mas não.
São dias passando, estações voando, mas sei em qual vou parar. E infelizmente as ruas imperiais não ficam tão coloridas assim como setembro.
Queria ser mais teórico, mas não sou eu quem respondo, só o tempo. Chega a ser cruel. 
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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Quando o silencio fala.

Um momento que é preciso aprender a respirar, procurar o ar.
Onde temos a exatidão de que precisamos aprender a enxergar, olhar para o mar.
Sabemos que a dificuldade em sentir, tocar pode ser esquecida com o tempo, mas quem disse que é fácil?
Quando o silencio pode falar.
Em um dia que preferia ficar aqui, nas horas mais caladas, nos momentos mais solitários, prefiro assim as vezes, é complicado explicar.
A cabeça diz um não, o coração reage com um sim e o som da chuva interfere a conexão, basta dormir. Crescer sob o dilema, aprender a andar.
Fico num teto de viro procurando estrelas, procuro o final desse céu que criei. Aquele mundo que te ofereci, pra você pareceu que fora uma ilusão, ou não. Mas enxerguei querendo te olhar, me perdi.
Olhos selvagens que iludem, machucam. Tão cruel são essas palavras jogadas aqui, em mim.
O silencio fala, grita e diz: adeus.

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domingo, 15 de maio de 2016

Sonhos discretos, sentimentos sinceros.

Vendo seu sorriso me dá vontade de viver.
Ver pra onde ele leva, me diz o quanto andei até aqui.
Te olhar é arte.
Canções entre uma intervenção ou outra.
Posso não conseguir alcançar o todo, mas tento ao menos erguer-te o mundo.
Errar faz parte.
Vendo seus olhos me dá vontade de correr.
Pra perto, onde o calor de um abraço me diz o quanto valeu a pena;
Sorrir sem motivo então.
Trocamos incertezas, nos demos o infinito de amor sincero.
Em subidas caímos, em abismos crescemos.
Faço-me forte ou não.
Onde o sol toca a areia no fim de tarde. Onde aviões pousam devagar.
Me disfarço só pra olhar você e de repente me deparo aqui sem ar.
Hoje seu sorriso é visto discretamente sob meus sonhos distantes.


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Unidade

O vazio que havia enfim era superado, o limite entre o compreensível e desnorteado finalmente se encaixava perfeitamente em um só. Mas tinha tudo para dar errado.
Frustante saber que o pensar não vale, dizemos para nós mesmo que está tudo bem, incerto. O abraço se encaixa, mas ainda assim, tem tudo para dar errado.
Discordar é transformar paz em tormento, olhar em seus olhos é transformar guerra em tranquilidade. Então me diga o que você quer, me diga quem você é.
Não quero estar perto desde teste sem controle, quero mais, quero construir, viver. Podemos quebrar paradigmas mas diante de toda a desconstrução que construímos, vemos que não tem como dar certo. Um paradoxo conectado, gargalhadas descompensadas quando me dou conta o quanto estou em suas mãos, não importa.
Da mesma forma digital que falamos, vivemos, nos amamos. Finalmente és chegada a solução de tudo, um amanhã que talvez esperava mais cedo. O sol para a escuridão, a alegria para letras deprimidas do dia a dia.
Carregado de culpa, jogado e forçado a aceitar, em um ano que era pra tentar, mesmo tendo tudo para dar errado. Falhamos.
Vejo fumaça, ouço estrondo de uma carga que nem sei se posso aguentar, fico então sob minhas linhas, o papel que me dei, o ranço raso, o lastro interminável do já conhecido comodo frio. Apenas lembranças que a minha alma que deixe contigo. Já não pode pertencer mais a mim, você sabe.
A simetria ao teu lado é desfocada, não há logica, onde um morre e o outro apenas caminha para ficar de pé sem olhar para trás. Desculpe, mas a dor em olhar para o lado e não alcançar o que me foi permitido um dia, é inimaginável, talvez seja por isso que tudo realmente poderia dar errado.
Pra mim sobra o senso comum, e sabemos que os sorrisos, beijos e amor que no final, o errado se transformou no certo para cada momento.

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

A certeza de não pertencer a você.

Uma vida desgastadas em discussões sem sentidos, ódio gratuito, onde eu sinceramente não sei onde vai parar. Me parece um desespero insólito, de solidão, uma auto-destruição da alma.
Deve doer, chega a me machucar, e onde mais dói, é onde a culpe inexiste.
Vejo a infelicidade do olhar, o fogo que queima a razão, e sinceramente, não sei onde pode parar.
Sigo sem dormir, as entranhas corroem, onde poderei parar depois de tudo isso? Um grito jamais escutado o velho ardor de volta. Ideias nunca esquecidas. Volta o tempo, os tempos de escuridão e do medo.
Sinto estar perto do fim, onde o outro lado ainda permanece obscuro. Mas também sei como escapar, os caminhos já não são tão estranhos assim, Porém, sinceramente eu não sei onde vão parar.
Sua megalomania me enoja, me deixa doente, mas não me espere gritar, não sujo o orgulho que me trouxe aqui, afinal, venci. Corte anjos do céu, louve homens sujos, pertence ao lixo, não te culpo, esse é seu destino, Não faço parte disso.
O ar fica então mais denso, e outrora, leve e azul, posso estar perdido em dias impares, posso até não gostar de anos pares, mas sinceramente sei onde me encontrarei, dentro de copos, folhas em branco e um lindo sorriso.
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domingo, 1 de maio de 2016

A contradição dos olhos.

Te olhar seria bem mais fácil se não fosse essa cegueira que me impede de seguir em frente. Trocar tudo de lugar até pode ser uma boa ideia, mas, não tão simples assim.
Nasce o sol, lá vamos nós começar tudo novamente, talvez essa seria a hora certa da cegueira me dominar por completo, afinal de contas, não é fácil te olhar.
Também achei que fosse racional o bastante para imaginar, mas quero te esquecer, que bom que posso olhar para trás, contradições da vida em cima de você.
Pode até ser silencioso como esse cigarro, mas o abraço faz um estrondo do tamanho do meu sorriso. Tira então a tarde, vamos levantar, correr faz bem, fica muito mais simples, mais leve.
Antes do final, contemplar esse meu mundo estranho fica muito mais difícil sóbrio, só não quero conversar agora, não tenho que te explicar, nunca terei.
Fácil seria entender, impossível não se machucar, confesso que não posso evitar isso. Acho melhor me despedir, amanhã talvez.
Essa cidade é grande demais pra mim, essa cidade é pequena demais para o que penso, alguém como você é perfeita pra me encontrar, já que os caminhos são demarcados dentro de um perímetro traçado, roubado, feito sob medida pra ti. Deixa eu te ajudar seja onde eu estiver, prometo sorrir e ao fim, mesmo não te enxergando completamente, aguarde meu abraço.
Lapsos em imagens, vultos em cores quentes e tudo seria mais fácil se eu pudesse te olhar.
Outro dia, as mesmas esferas, cigarros e cafés, só não é tão simples como antes.
Mas prefiro me convencer que já desenhei o amanhã, o sol, e quando apontou o velho caminho que imaginei nos meus sonhos, passos inevitáveis se tornaram constantes, primeiras frases ditas e me convencendo para onde iremos. E se eu disser que a partir desse dia, posso voltar a enxergar, que eu posso voltar a te enxergar, como antes, como agora, como pra sempre verei você.
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domingo, 10 de abril de 2016

Valores desconhecidos.

Diante do penhasco, beirando o abismo de um mistério. Gostaria de perder, razões essas para um fim sem sofrimento.
Diante de uma planície, caminhando em sonhos distantes. Ganharia vida, correria contra o vento de solidão.
Buscando o silencio te ouço, alimentando a velha besta que seus olhos tragam para a noite. Para você o poder do tudo, pra mim, o nada.
Pancadaria, grita o surdo, parece ser tudo calmo, cheio de sorrisos, e a cada degrau o abismo fica próximo de nós. Só não olhe para baixo, são só os sonhos ficando distantes.
Tenha vergonha e me puna pela preocupação pitoresca, alarme silencioso da certeza. Nada pra mim, tudo pra você.
Perco com a facilidade de ganhar, mas está tudo bem, sinto-me livre. São diversas razões para parar este sofrimento. Um dia, quem sabe.
Relevos e depressões, céu com chuva, linhas molhadas e tudo em vão, não. Sem regresso, sem progresso, engesso sua razão. 
Por que no final das contas, você tem tudo e eu, nada.  
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sábado, 9 de abril de 2016

Aquário sólido prestes a quebrar.

Piso em relevos feitos de vidros, obstáculos que precisam ser quebrados. Um longo tempo que não estive pensando nisso, mas as coisas simplesmente voltam, e quando você não pensou?
Fantasmas te dizendo o quanto mudou, a vida te dizendo o quanto evoluiu, mas existem partes de você que te fazem regressar, é preciso saber, é preciso enfrenta-las com violência. 
Substancias te ajudam, outro gole te sustenta, mas é complicado olhar, difícil enfrentar. 
Onde os olhos não alcançam, onde sua alma te enxerga e algo te diz para parar, mas o coração insiste e não parar de bater, a respiração contínua torna-se rápida, excitante e nada disso ajuda, porém, você continua a tentar andar sobre esse relevo frágil.
A dor é intensa, interna, corrói como ferro no mar, destrói como fogo, fere tanto que é impossível enxergar o horizonte.
Me faz ficar louco, são tantas torturas em que minha mente insiste em me fazer sofrer, sobrecarrego um copo, grito por dentro e ninguém escuta. O chão que quebra me faz escravo do que penso.
E é tão real, não me faça controlar, espectros derrubam e sinto tudo ruim, mas não vejo os corpos, sinto apenas o peso sobre minhas costas a alucinar este passado obscuro.
Isso não serve para entender, linhas não mostrarão o caminho da resposta, existem coisas que são para sentir a dor, sangue para lavar palavras, escuridão para se fazer enxergar letras e bebidas para ser inaladas sob o ar.
Se compreender tudo isso se torna complicado, ao menos escute minha voz,  Afinal de contas, um dia tudo isso ira se extinguir, e acredite, vai acabar pra valer. 
Então feche os olhos e sinta tudo que pensa afundando nas palavras futuras, perca o folego junto com a solidão. Eternidade!  
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domingo, 3 de abril de 2016

Unidade de força

Todo o final de um corredor, ocorre ruínas de um destino prévio, marcado para acontecer.
Decido então deixar minha marca, minha alma na sua, e melhor ficarás assim, desolada em braços abertos.
Corredores curtos, destinos longos e um prazo eterno a se prolongar, e momentos de tristezas que me fazem pensar em um final.
A verdade é que sempre fica difícil aceitar a volta, o retorno em portas que se abrem no velho corredor escuro, tão obscuro quanto nossas mentes.
E entre lembranças secretas reveladas a ti, pensa em aceitar e creia que irá valer. Ou não, te esperar no obscuro dessa reta misteriosa.
Fico eu então aqui, sem dormir, sob efeitos, sob defeitos de uma mente que insiste em não parar. Corredores cada vez maiores.
Entorpecido de algo que não se consegue neste mundo, embriagado do mesmo modo que antes, diferenças na pele, diferenças em cada cicatriz, sangue que custa a secar.
Mas se tudo isso passar, se então o corredor em que tememos fique estreito, qual será o próximo passo, se nem ao menos sua voz é possível escutar, se não posso te tocar, qual o ponto disso tudo? Percebe que esse corredor pode ser muito mais longo do que imaginamos?
Goles ajudam, não amenizam. Lagrimas contribuem, não respondem. Sorrisos acalmam, não ajudam.
Seus desejos me fazem perceber o quanto em vão fiz ventar, insistir para você ficar não bastar para tocar seu coração. Uma crueldade desigual nesse lugar onde paredes são estreitas e infinitas ao decorrer de um olhar.
Mas quando eu penso que nunca chegarei ao fim, olho pra trás e recordo de tudo que já caminhei, tudo que sofri e vejo que o final por mais esteja longe, um dia chegará.
E o velho corredor da vida é desgastante, mas venceremos ao final, basta querer, não importa o que for, basta seguir em frente, tropeçando, caindo e levantando.
Seguindo como se fossemos um, mais forte.
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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Cores.

Exuberantes cores em um imenso papel amassado sobre a velha mesa de apoio da sala.
A textura de tons sob holofotes que constantemente impomos em nós mesmo, a distração de perder o minimo, a vontade em possivelmente se esquecer do máximo. 
O asfalto já não parece ser o mesmo, rachaduras em pedras e a cada dia me poupo um pouco mais em escutar, hoje não. 
Queimando me deixo, olhando o horizonte e percebendo a cada dia que as cores realmente me fazem crer em algo a ser desenhado por alguém, um novo regresso que outrora fora chamado de utopia. 
Hoje me pergunto se ousei, o futuro não me responde, percebe? Consegue sentir onde podemos ir e talvez enxergar o simples sem luzes a te cegar. 
Escorre outro suor, lembranças passadas de papéis rasgados. Lá atrás todo mundo já olhou, sobre os ombros, não me diga que não, sei que sim. Ontem é logo ali, mas parece ser tão distante que cai no esquecimento, abismo sem cores ou luzes para clarear o inalcançável. 
De tempos em tempos então voltamos a desenhar, outras cores colorem este lugar que insiste em permanecer branco, lípido, insosso. Mas seja lá qual for a desculpa, se ocupe em mostrar-se útil o suficiente e fazer a diferença. Aqui já não é mais as marcas já conhecida em seu calendário.
As cores reluzentes fazem parte desse show, luzes refletindo um futuro uma sala que agora se apoia em moveis de madeira, seguiremos sempre assim, sorrindo, pintando e deixando o brilho dos olhos coloridos.    
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domingo, 17 de janeiro de 2016

Neve no sol.

Uma cratera na terra, de baixo de mim, separando sentimento, afastando o brilho do meu olhar.
O inferno chega sem avisar, dando pistas do que está para se concluir, nunca sei se realmente está chegando o fim ou não.
A divisão de estações parece nunca chegar, o momento que jamais esperamos enfim foi marcado por um frio abraço, por uma cratera de sofrimento que insiste em separar olhares.
Visto que o chão de abre, uma trinca de amargor em palavras que nem sempre querem sair, palavras que nem sempre querem ser ditar para atingir, mas marcam como fogo. Um grito por dentro, um sussurro de dor. 
Uma escapada para não chorar, uma ladeira para não cair em um fim, que no fim sabemos ser inevitável, o presente sem futuro, um futuro com um passado para esquecer. 
Afinal de contas, o mesmo passado parecer não importar pra você, quer ser apagado como neve no verão, a presença que era constante, hoje parece-me um vulto na névoa. Vago.


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sábado, 9 de janeiro de 2016

Pode não parecer, mas já é tarde sim.


Imagine se eu tivesse todo o poder do mundo, imagina se eu tivesse o poder de ser perfeito. Você iria ouvir minha voz, sentir minha emoção? Siga-me até a eternidade, dentro de mim mesmo.
Imagine se tivéssemos o mundo inteiro para tocar, iria perder minha alma dentro de você, sem pensar, faria isso, seria perfeito, mas será que ouviria minha voz, falando de emoção, dentro de mim mesmo.
Não consigo nem sentir, amar, ensinar para toda a eternidade, dentro de mim apenas uma sensação estranha de continuidade. 
E quando quero deixar, não consigo, será que está certo? Perderia então o olhar, a emoção de viver como madeira na fogueira. Venha em mim como inferno, quente, inconsequente.
Falo em fluir no futuro, penso em criar, sob fogo, penso em construir sobre uma maré de lagrimas. Assim que chegarmos, veremos que finalmente estamos em casa, fogo e paixão dentro de mim. 
Vingado de suor, morrendo por um último gole de cachaça, mas sorrindo como nunca.
Tudo é ao contrario, as conversas de futuro, as palavras sem sentido, as desculpas eternas, um único e incomodo silencio. Mas o que devo dizer? Se tudo está dentro de mim, corroendo.
As costas não falam mais por si, tudo rui. tudo desaba e não vejo o motivo a não ser o tempo. O vento faz seu papel, não pra mim, não pro meus olhos já cansados de sofrer.
Juro que permaneço tentando, jamais saberei o resultado, ninguém se importa, sigo fazendo meu melhor, dias e dias esperando, dentro de mim o velho vazio, conhecido e destemido. 
Agora imagine fazer tudo diferente, temos tempo? Prefiro dizer que sim, mesmo sabendo que aqui, dentro de mim, muito já se perdeu. 


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