sábado, 25 de abril de 2020

Dentro de você

Conheço o inferno e você sabe muito bem. Me mato todos dias e ninguém pode me ver.
Eu consigo enxergar, já chega, vi de tudo e nada é novo sobre o nada. O fim me chama, quem se importa. A doença entá ai, e estamos prontos, caso não saiba, já nasci doente.
Alguém me ouve? Será que alguém lê? É questão de instantes e sobre como pensar.
O bom, o mal, depende de você. Memorizar para não ser o único a lembrar de tanta lama, mas ninguém pode ver a não ser você.
Um número e mais nada, uma letra e várias lembranças de você. Que se foda.
Grite, grito como nunca, nesse quarto, nessa casa que tão particular, me tirou a vida.
Não quero ninguém me chamando de amigo, vou te mostrar o mundo com meu sangue. Você e eu, você e seu ego, não comece. Seja aqui, seja você. Dentro de você, entre o inferno e eu. Conheço bem.
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terça-feira, 21 de abril de 2020

Surm

O adeus poderia ser muito mais fácil. Decisões poderiam ser muito mais faceis. Cansei de tudo isso aqui, o desejo em partir já não é de hoje. Mas hoje talvez, seja melhor.
As coisas poderiam ser simples de fazer, a memoria deveria ser curta o suficiente para esquecer dessa merda toda. Esquecer de mim.
A solidão que assustava, hoje virou meu cotidiano. A sombra é a companhia para quem não tem ninguém. E o caminhar no vazio, no corredor único. Horas e horas, nunca passa, mas bem que poderia hoje acabar.
Talvez eu acabe, ou novamente, acovarde, o singelo é mais esperto e o apagar serve.
Bebida no copo, sujo como sempre, como sou.
Esquecer poderia ser melhor, para você.
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sábado, 11 de abril de 2020

A engrenagem

Mal sabia que eu, iria queimar a lingua assim, onde, todo dia te falei,que não iria voltar atrás. Agora estou aqui, pensando o quanto poderia ser diferente.
Pois é, anos sem ver, mas sua voz e tuas ações que antes nada me dizia, hoje me faz lembrar. Talvez amanhã pode ser, como conhecer, tão vuneravel, fiquei, perto de mim, te olhando sorrir, não querendo.
E não venha me dizer que não sabe, que não liga ou é tão dura, sei que não. Outros dias, outros destinos, mas quem sabe o amanhã. Por que me deixaste um recado, vem cá.
Não paro de pensar, não paro para esquecer, os quartos sujos que estivemos ali, um passo distante, mas escapando de nossas mãos, não,  uma guia que lembro da fonte.
O glamour de negar, o negar na cara, mas a tarde do inverno covarde, que aguardaremos o amanhã que nem vá acontecer. A vida é assim mesmo, escolhas. Nos castigamos assim, sem motivos.
Mal sabia que queria, mal sabia que era assim que me olhava, mas hoje é tarde demais, não adianta notar, já que não irei usar para te atrair novamente. Futil é o incerto, inutil pensar que podera ser até hoje. O bem, o querer bem. Você sabe.

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