sábado, 26 de maio de 2018

Dolorem

Não há outro lugar para transformar, onde carregar mais esse peso. Embaraçam minha visão, e lá fora outra imagem.
Enrugada, rápido como tudo se estraga. O som da morte em meus ouvidos. Julgando meus toques, meus momentos.
Intenso como o vento dessa noite, e vamos queimar o resto. Não há outro lugar para fazer todos os pensamentos, vontades.
Novas pessoas, quanto tempo irão ficar aqui? Circulando passos, mudando tempo, perdido como mentes do amanhã.
Nesse lugar busco apenas o que eu quero, tirar toda essa dor daqui. Onde buscarei novas promessas?
Desse inferno em que me acostumei, tomo novos goles insólitos, outro esgoto, e o chão não existe mais. Cair, levantar e não sentir mais nada. Não suportar, tristeza incertas, sentimentos exponente, e imagens, a verdade que não quero ver.
Queria não estar mais aqui, gostaria de não querer mais, a certeza que os remédios não vão me salvar, nem do medo que paira em meu destino.
Nesse lugar, permaneço, esqueço e continuo esperando o fim.
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segunda-feira, 14 de maio de 2018

J -34

Modernidades em um céu sob o centro de tudo. Explicar já não cabe em palavras. Subdesenvolvidos, abstrações literais, em um olhar que chega a faltar o ar.
Verde, escuro como o ontem. Distorção em canções, luzes, sorrisos. Calor em corpos suados, cansados do mesmo, diferentes em se unir.
Ponto final que faz tudo se iniciar, quilômetros superados, céu azul e um abraço.
Difícil explicar, fácil sentir e fazia tanto tempo.
Por hoje é só, por amanhã uma esperança e depois já está escrito em letras para sempre lembrar.
E em seus sorrisos pensar que tudo valeu a pena.
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