quarta-feira, 3 de abril de 2013

O mesmo passado que neste exato presente me atormenta sob a velha falta de ar.

Então eis que você vem diante de mim novamente, com aquele refrão e filosofias de que devo acreditar que você vai mudar tudo, me mudar, onde o mundo cinza se tornará azul. A luz no fim do túnel, o ar depois do afogamento. Logo eu, morto em pensamentos de anos me atormentando escutando isso, tudo sempre retorna, reprocesso.
Anos voltando, vida encurtando, passando ao meu lado esse espirito frio de sempre, as dores, o odor, tudo relacionado com a minha vivencia. E eu queria estar com a alma quebrada ainda, juro, mas nunca disse uma palavra em minha cabeça, nunca falei em desisti, mas as partes parece voltar ao meu quarto, sozinho aqui, hoje a noite, agora o nunca, nunca foi tão presente
.
Então fico esperando um remédio de hipocrisia, esperando com que voce se transforme no meu passado, no meu futuro, espero, fico olhando o olhar de um belo coração atormentado tanto quanto o meu, perdido, mas disposto em molhar as mãos pesadas em minha alma.
Pra que o refrão afinal? Vale a pena? Números de uma contagem regressiva, onde as vezes o mais parece cada vez menos, largar tudo pode ser o alivio sempre esperado, mas não sou eu quem adora largar tudo sempre? E porque hoje não? Justamente pelo refrão cantado através da luz pequena, se apagando. E o fim eu conheço desde a primeira linha escrita naquele caderno velho.
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