segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Normalidades nesse inferno constante.

Perto do fim, perder o que já não se tem. Palavras que mergulham em profundezas inalcançáveis.
Hoje não consigo te explicar mais nada. Hoje não mais.
Dores incomodam, a morte ronda e isso é uma rotina constante. Nenhuma novidade por aqui.
Onde não há ar, lugares inabitáveis, quando o tempo se esgota em minhas mãos. Já vi isso, não tem nenhuma novidade nisso.
Parece distante, a ajuda é inútil, ao menos neste lugar, ao menos aqui dentro de mim. 
E se é assim que tudo deve acabar, por que então se preocupar. Olho pra cima, e não existe novidade alguma aqui.
Rasgo cartas, talvez seja melhor, desisti. Perder e você, a escuridão.
Estou tornando tudo mais fácil, apenas aceite o meu adeus. 
Só tenho algumas lembranças, escritas em folhas sujas com canetas roubadas. Te prendo junto a isso, mas o final se encerra junto com o ar em meus pulmões. 
Um soco, uma aguda dor, deito e espero, quem sabe veja alguma novidade nisso tudo. Agora não.
Cigarros, drogas e bebidas, espalhadas como minhas memórias. Me perdi como meus passos nesse quarto.
Mas eu tentava dizer algo, gritava por frases feitas e desfeitas para nós. Silencio que grita em luzes apagadas no mesmo comodo em que prevejo todo esse fim.
Apontar, mirar, pensar. Longe de ser uma novidade.
Anjos da morte nesses olhos, inferno queimando em letras decisivas, Argumentos fortes para uma emoção perdida dentro de mim.
Chegando ao fim, inquieto mas certo de que será melhor para todos. Ao menos, agonia e a falta de ar deixarão de me acompanhar. Já não suporto mais. Mas como vocês sabem, isso não é nenhuma novidade.
 
Leia Mais

sábado, 21 de janeiro de 2017

Complicadamente simples.

Retroceder olhares, atingir o outro lado da rua. Voltar em palavras, alcançar o que antes pareceu tão difícil. Agora seguimos para um novo começo. Inicialmente verdadeiros.
Onde canções já não nos surpreende, onde vontades consente, não poder. Por passos que julgam, por frases que impedem toda a dor de voltar. Aqui.
Lembranças, cólera dos cegos, vacinas para os que não querem prosseguir. A lama que afunda, também revigora. Escolhas que nunca sei como e onde toma-las.
Trejeitos, maneiras que ninguém cativou como você. Por do sol e sua risada.
Porém, mudar é preciso, tentar é querer. Ficar mais perto é como se todo o mundo girasse sob nossos olhares. Paremos no tempo e perdemos o brilho em cada despertar. Sonhos irreais. 
Ontem não volta, e o hoje é uma incógnita. Ao menos mais maduro, respiro sem ajuda de aparelhos nessa rua deserta. 
Por hora, poucas palavras escritas, dentro de uma eternidade no meu peito. Deixaremos fluir. 
Vai ver é pra ser assim, vai ver é assim mesmo.  
Leia Mais

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Estações

A mesma data. O fadigo dia. A última lembrança. Ensolarado então seja o velho comportamento em forma de pensamento. 
Contornando sentimentos, analisando sensações, volto a mergulhar em ti. 
Chegando a saída, corredor beirando ao infinito. Sorrisos, olhares e vestidos. Por que comigo?
Quinhentas vezes, vazio que corrói. Sai o Sol.
Entre estações de trem, de ano, de humor. Confusões de olhares. 
Onde ser bilateral é tão normal quanto lagrimas sobre esse caderno sujo. Copos cheios e a tristeza do amanhã.
Pontos cardeais nunca indicaram a direção certa. Perdido então continuo nesse mergulho sem fim, Em mim.
Hoje, após três dígitos de dias, datas esquecidas, não importam mais. Maré calma.
Tudo o que o verão queimou, a beleza de um outono pode revigorar. Bastar querer, basta fazer acontecer. 
Leia Mais

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Isolado em mim. Livre de você.

Atitudes heroicas entre celas de solidão. Muito mais forte que seus próprios pensamentos, nada além de seus castelos feitos de areia. Palidez no olhar, cinismo nas palavras. Prisão dentro de um peito vazio.
Desculpas para satisfazer um ego constante, gigante. A melhor parte de mim.
Ficamos distantes por vezes, já não sei mais o que é o toque do telefone. Mais um cigarro, menos uma alma.
Tenho tudo que preciso, não tenho você. 
Janelas quadradas, a luz que se ajeita como o céu. Vazio aqui já descansa. 
Sobre verdades, cachaça e um sorriso de plástico, seguimos, fingindo. Querer, saber mais e ignorar.
Nunca foi fácil deixar, mas sempre é preciso lembrar de todo mal que me fez.
Próxima parada, paz. Nem sempre soube como se pronuncia, nem sempre soube o que seria. Não seria agora, dor descreve.
Os pulmões ainda carregados de suspiros, falham ao parar. Desejo limitado em viver.
Cerro os pulsos, foram os dias, cansado de te ver passar. Assimilo derrotas, construo minha chance de mostrar tudo ao contrário. De uma só vez, dignidade e uma saída dentre essa cela corrosiva. Uma saída de você.
Pare de entender, parece que nunca mais voltou. Mais uma vez, respire e volte a enxergar. Eu. 
Nunca será tarde para viver neste jardim. 

Leia Mais

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Socos no vazio, queda sem um chão.

Questão de tempo, questão de sabores. Em suma maioria, aprendemos diariamente, o amargo, a queda. Aventuras diárias, crescemos momentaneamente. 
Difíceis decisões, jamais sentir novamente. Juro não comprometer. Expugnar a alma em lama.
Aprender a deixar, chorar e então voltar a caminhar.
Te dei exatamente o que preciso, para toda a minha vida, só você não viu. Ninguém acreditou, e, eu então o fiz. Só você não viu.
Por horas, questão de olhares. Ao todo, enxergamos o que queremos. Distante, ilusões, particularmente, aleatório. Sobre o mesmo refrão, aquela velha canção.
Sobre o céu queimando a mente, sob nuvens imaginárias, e seu habito de fingir quem nunca foi. Tédio pregado nessa mesma ilusão.
Quem perdeu mais? Onde fostes parar? Você sabe.
Lacunas segmentadas no vazio de nossos passos. E é apenas questão de tempo para tudo desaparecer.
O tudo que sempre fora o nada. 
Em uma batalha curta em que apenas houve perdedores, por sorte, me levantei, ergui o mundo e segui. Só não perca essa mão que sempre esteve aqui, hoje, em questão de tempo, some em horas. 
Renascer, crescer, viver. Já que não demorará muito para novas batalhas. Sem você.

Leia Mais