sábado, 13 de maio de 2017

Outras quinhentas mentiras esquecidas

Portões fechados, lacrados por anos, uma vida cinza, opaca e em muito tempo assim permaneceu. Mentiras que me disseram, que tudo ia melhorar. Mentiras.
Correções cotidianas, falha incrédulas. Mas vai ver é assim mesmo, normal.
Quando decidi respirar, um furação na cara, medos, anseios e novamente a falta de ar, por outros motivos. Mentiras.
Onde um gigante que está dentro de mim, sumiu, onde Brutos em minhas costas esfaqueia-me depois de tempos. Consumir a alma, estraga o corpo.
Em um milhão de vezes acreditei, por vezes jurei ver cores nesse céu, mas não passou de um sonho. Um pesadelo que nem sei como me proteger. Mas acordei entre mentiras e cobras.
Horizontes distantes de uma realidade triste, cega, ordinária. Frágeis são as mãos que encostam em mim, sem perceber, entorpecido em tantas outras drogas.
Luz do dia, não me deixa enxergar o demônio em minha frente, dentro de mim. Me deixa respirar, me deixa sair daqui. Cicatrizes abertas, dedo na ferida e outras mentiras vividas em frases de seus olhares frios.
Correndo entre mortos, descansando nas explosões do inferno, em meio a erros, gritos, berros e alguns sons para finalmente acordar.
Nas sombras dessa escuridão quase morri, escolhi enxergar o fundo desse poço imundo. Mãos estranhas me acompanham. Erguer-se, castelos esquecidos dentro da minha cabeça confusa. Bebidas com gosto de morte e passos cansados.
E em mais um dia comum, como se nada tivesse acontecido, deu-se o sentido disso tudo, Continuar e acreditar, na esperança, no final de mentiras.
Alivio, ao apagar de luzes, confusão na multidão, a voz finalmente se calou. Desisto de entender, apenas caminho por águas salgadas, engraçadas de como agora vejo-me em espelhos. Nítidos, segredos que não existe.
Céu azul, desabando em sorrisos, é só mais um dia. Melhor que você, pra mim tanto faz, sei que não é tarde para correr. Tanto faz, está tudo bem.
Estalar os dedos, atiro-me em ondas desconhecidas, fugir da certeza em que tanto me machucou. Doeu, passou e aqui estou, muito melhor depois dessa tempestade de mentiras.

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pertubações internas.

Em dias que nem nós mesmo podemos explicar o que acontece, o que se passa entre pensamentos, vontades e algumas atitudes. Melhor respirar, ou deixar, sufocar. Duvidas cotidianas, e ninguém sabe se irá acaber bem. Não quero saber pra te falar a verdade.
Tão conturbado quanto o estupro matinal de noticias perturbadoras, assustadoras. Ninguém tem que se meter, ou deixar, sumir.
Mas sempre que der vão tentar novamente te derrubar. Hoje é mais um dia desses.
Citei abismos, citei a derrota em quedas proveniente de repulsa em nojo do presente. E o amanhã é tardio. O passado doentio, mas posso ver que ainda não perdemos. Ainda.
Viver no meio de teias hipócritas, entre espinhos e facas. Sob fumaça toxicas de pessoas que nem deveriam estar aqui dentro. De mim, de nós.
Ocultei as frases, disfarcei todos as falas em letras cursivas que provavelmente ninguém verá. Mas espere até a hora certa. De revelações onde o "isso" não será mais nada. De novo.
Lembre-se que o que é importante pra ti, não interessa o mundo. Mas assim como eu, sei que você pensa na mesma saída.
Cruzar a ponte e de novo um foda-se. Uma nova paz caótica, aquela que nunca saiu dentro de ti.
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