quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

500 ml de um nada

Bater mais forte até sangrar, cuspir alto até cair, não se faça de rogado, livre-se.

Já não sei o substantivo ou qualquer adjetivo para a palavra derrota. Mas sei me esquivar, as vezes. Melhor que você eu não tenho duvidas.

Enfrentei de frente, sangrei, corri sobre o fogo e to aqui dando a cara a tapa mais uma vez. Nunca foi facil. não vai ser hoje que tudo isso vai mudar não é mesmo?

Vejo um brilho, no fundo, espero não estar errado, mas é o que vai ser. Jogo o jogo, quebro os copos e bebo direto do chão. Em vão, no chão, como corvos perto da morte. 

Melhor que essa vida patetica, mas vamos montando um novo monte, há mentiras, mas há enfrentamento de toda essa podridão. Posso jogar, quebrarei as regras até vencer.

Ilusão de comportamento, agrupamento inseguro, constante e talvez até fatal. Chove e não podemos mais olhar para trás. Estranho.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Distanciamento geográfico

 O copo vazio me traz lembranças como a de não poder te abraçar. Sozinho e pensativo me pego revendo fotos, e me pergunto onde será que errei?

Ao mesmo tempo, coloco no lugar todas as nossas risadas, só nossas, encho mais o copo e desfruto desse lugar onde talvez nem pertenço mais. Aqueto, sossego, mas o furacão não passa.

Sussurros de desespero dentro de um boneco inflável prestes a estourar. A garganta seca me lembra do meu bem maior. A autodestruição aquece o motor, a garrafa hoje já está pronta para explodir em mim mesmo, por entro ou por fora.

Não sabemos a conotação disso, o distanciamento nos enlouqueceu e a razão aqui jaz, num  beco sem saida. Berro, grito, digo que não, não vai melhorar. Mas se ao menos eu pudesse te abraçar, o sofrimento seria o acalento no meio dessa pandemia.  

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Âmbar Báltico

Gostaria que um dia você soubesse como eu te amei, chega a doer. Desde o primeiro segundo. 

Uma linha, um brilho e o choro que eu nem sabia de onde vinha, de onde vem, hoje choro, agora eu choro. Por estar longe, por não poder fazer absolutamente nada. A não ser o mal, para mim, para o mundo.

O ódio virou amor naquele momento, o amor em certa altura, virou ódio por ter sido, usado, abusado, mas queria saber o quanto eu te amo. Eu nem sei.

Mas infelizmente, o caixão ta mais perto, o corre é o que sobrou, todo dia, esquinas atrás de esquinas, algumas até faz sentido, a encruzilhada da vida. Como sou, a concordancia, o contraditório.

Queria que você soubesse o quanto eu te amo, e todos os dias te falo, mas hoje perdi minhas asas para voar, para de fazer voar e andando, mesmo andando, vou até ti. Olho no espelho, e as vezes nem sei como voei tão alto, mas no final das contas, caio, falho. Espero que não para você.

E mesmo no chão, saiba, foi tudo por ti, é tudo por ti, o amor da minha vida, que seja feliz. Por que se eu tenho uma certeza, essa certeza é que eu te amo. Não sei pra onde vou, mas te carrego comigo, nas linhas, nos papeis,na mente, dentro do meu coração. 

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Ação entre duvidas e certezas de um querer.

 Me mate!

Não, não da forma convencional. me até até sangrar, melhor não. Acostumei de tanta porrada interna que tomei. Arrume alternativas de arranhar o que não está machucado.

Me mate! E enterre comigo, a magoa, o choro silencioso e a solidão de todos os dias. A escuridão que me persegue, me afaga, me agrada onde machuca ainda mais.

Me mate! mire diante dos meus olhos, fundo de cansaço, já opacos, nos dias de sol, quero esconde-los. 

Me mate! Corra diante mim, a mais de cem por hora, bata mais forte que palavras que foram jogadas em mim, na rua, em sua plena casa.

Me mate! Tire de mim o bem mais precioso que tenho, um copo gelado, amargor de tanta dor, que sinto, ontem, hoje. Onde for

Me mate! Onde já não sei o que é ficção ou ação do tempo, gelada como gritos, e eu berro por amor, mas nunca teremos, o nada permanecerá.

Me mate ou só me enterre, afinal, já estou morto, ao menos, por dentro.

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sábado, 21 de novembro de 2020

Outro dia

 Das alturas prevejo como será, penso, ando, e num calor infernal, sofro com o amanhã! Não pode, não se pode pensar. Um novo mundo, um novo olhar.

Se eu não posso perguntar, se eu não posso nem mesmo sentir, por que preciso viver, assim, como se nada tivesse acontecido! 

Ironias do destinos e a sabedoria de alguém que sempre duvidei. Deixo de lado o amargo e me desfaço nesse asfalto sujo. Quente, quebre e segure os cacos, é apenas mais um dia comum. 

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sábado, 7 de novembro de 2020

Condenado a sofrer

 Abrindo os olhos, de baixo, o poço, mas sabemos o quanto critico foi falar disso até aqui. Mantivemos, abrimos novamente os olhos, a realidade não é aquela que esperavamos, mas estamos aqui. vivos, ainda.

Te faço uma promessa, diante dessa arma apontada na minha testa, farei tudo parar. O tempo, o sofrimento.

Sangue, angustia e alguns remédios e esses não me fizeram se quer parar de pensar no fim. Mas eu sigo, critico, critico de mim, do mundo, tudo é estranho mas seguimos respirando e reclamando.

Uma noite excitante, um dia dançante, já passou, onde li que tudo passa, me destruiu, sigo refletindo. Capaz de sofrer, seria capaz de terminar onde comecei. Mas não sei onde, não sei onde estou.

Me desfaço, choro um choro sofrido de quem quer mas não pode. E não venha me defender, sou o prisioneiro de mim mesmo. A prisão é gigantesca e a penitência é eterna. 

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sábado, 10 de outubro de 2020

Detalhes no andar

 Sem motivos mais para seguir, dizem para eu levar e andar, mas como? Sem ao menos um sorriso.

Me dizem que sou grande, me vejo minusculo, tudo de longe, tudo tão distante, a ponte, a estrada, a vida. Mas mastiguei e engoli seco, amargo como álcool, e é por vocês que ainda to aqui, na rua sem contrato, virando e desvirando, e seguir andando.

Nem percebo onde o sol se foi, se a escuridão ainda fica aqui, estou cumprindo as obrigações e sai de perto de mim por que estou sem tempo até para andar. Mas os vermes ainda estão ao meu redor. A morte solo é questão de tempo, porém, não vai ser ninguém que estará lá. Mas os bons motivos podem até parecer contraditórios, mas honramos o que falamos, nunca fez sentido pra você. Mas a frustração é o mínimo que posso te dar, mas o vintém nunca vem, mas nunca tivemos nada mesmo. E como então sair andando?

Me estrago, me refaço, sigo os traços, e nem sei onde vou parar.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Um tudo, por nada

 Poucos dias, muitos dias para se contar. A dor permanece e parece que nunca vai sair. Dizem que tudo é ensinamento, mas como dizer que estou aprendendo que nem ao mesmo estou ensinando.

Aprendizado é uma palavra complicada de se explicar quando se chora ao ver que nada foi excluído aqui dentro de mim. Dói, e como dói sua falta. Ao dizer que esse sofrimento é por uma nada, por uma pequena rusga que você própria construiu. Aquele castelo, aquela maldito castelo.

A dor de ainda estar aqui, o peito, a consequência de meus atos que podem afligir outros, atingir o mais precioso. Mas a dor permanece aqui, insuportavel. 

Gostaria sim, que tudo fosse simples e que ao menos um suspiro não me causasse essa desgraça toda que é lembrar de você.

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domingo, 27 de setembro de 2020

Quase a mesma estrada

 Um túnel que não termina nunca, dirigindo sem sentido algum. Sem rastro, sem documento, e nem ao menos tento driblar o susto. Choro como quem chora numa noite fria. Crueldade é meramente natural para ti. Fria, calculista que ainda não desceu do teu castelo cor de rosa.

A vida bate, forte como rocha, vem me ver sangra, por aqui já não é mais uma novidade. De noite consigo respirar um pouco melhor, sem você, já que nunca esteve aqui. Nada me faz falta agora. 

O desdobramento de uma certeza, ah sim, já sabiamos, os dias passaram e o frio cada vez mais doloroso. O clã foi completo, direto, reto, e no clube onde só os acadêmicos entram, fui expulso. Mas pelo menos foi naquele momento que vi o fim desse maldito tunel. Deixo um legado, mas voltarei para buscar, afinal, bem, você sabe o final.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Sem propósito algum.

Onde você mostra tuas cicatrizes? O troféu para os seus, para seus inimigos, para você mesmo, e quando isso vai acabar? Mais importante de nunca, desistir. Parece mentira, mas é a maior verdade, não acreditar em mais nada.
Quatro anos atrás, parecia que nunca mais iria acontecer, agora a rasteira foi pior, me tirou a vida por fora, o soco que embrulhou o estomago, o estrago está feito e existe apenas um lugar para onde posso ir, nesse posso, você sabe.
O amargo, o amargo na lingua, a rua e o gueto me fazem lembrar o que consegui, mas de que adianta? Você consegue o mundo e em minutos a vida te tira. Isso não é um pedido de socorro, isso é uma carta de redenção, desisti. Quem venceu? Sei lá.
Chama Deus, Jesus, exu, oxalá e eu nem sei mais meu nome, o mais importante se foi, e pouco me importa. 
Estranho mesmo é acordar e nem saber o propósito, um dia descubro, ou sumo de vez.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Pequeno príncipe

 Em torno de um todo, você pode ser contemplado, na lua, como a lua, a órbita, nossa atração. Nasceu ali, você sabe assim que peguei em sua mão.

Gritar acalma, a alma suja feito lixo, assim sou, um individuo que mal presta para respirar, que jura que estará ali por você. Me transformo, me moldo de acordo ao mundo, que se foda o mundo, vamos juntos.

Ver os passos, ver seus passos, e um sorriso que me tira da Terra, mas para onde vou sem você. O meu mundo, meu mundo tão pequeno, apertado como aqui no meu peito.

Em torno de você é alegria, mas cuidado, há cobras pelo caminho, você sabe. O chorume entrelaçado em bebida quente no meu copo, sei me virar bem. Mas sozinho pareço me perder, dentro de um universo único.

Tento segurar sua mão, como fiz desde o primeiro minuto, e em cinco, me tiram, me arrancam de você. E agora está no meio de um nada, e esse nada poderia ser eu. 

E é você, você e só você, movimenta, aquece e mudou tudo de lugar, e de onde for, de onde te arrancarem de mim, minha mão estará lá. 

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Niaboc

 Não achei que a solidão fosse tão dolorida, logo eu que já flertei com ela diversas vezes. Um copo, outro copo, já nem sei mais quantas vezes me embriaguei. Pode ser que amanhã tudo mude, pode ser que acabe. Mais um dia, outro dia a mais, penso que dia sim dia não fique mais fácil, mas não. Ontem eu morri, porém acordei e continuo querendo sair desse tunel infinito, complexo que nem eu tento entender. Respiro, saio e quem sabe faça algum sentido viver. Fico com a minha dor, logo ela, minha companheira diária, sangro como quem sangra em uma luta, e talvez seja isso mesmo, eu versus eu. Mas hoje já vai acabar e ainda estou no chão. Amanhã? O amanhã aqui não existe.




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sábado, 22 de agosto de 2020

Prestes a explodir

 Não sabia a falta que você me faz. Não sabia que tinha me transformado. As lições pregadas pela vida, já não fazem mais sentido. Não em mim. Onde tenho uma estrada a seguir, onde tenho a noção de onde devo ir.

Mas hoje eu não quero, hoje talvez um copo cheio e a ideia de não querer acordar nunca mais. Voltamos a estaca zero, voltamos a não entender o quer é o bem. Só me faltava seu abraço, mas não posso pedir, esta longe demais.

Façamos em um pensamento agudo de que podemos ser felizees, mas você no fundo sabe que não. Num mundo onde eu nem deveria ter ficado, persisto e falho num cotidiano interminável como agosto.

E são tantos desgostos que hoje não sei o que pensar. Respiro o ar frio e tento pelo menos entender que pode ser assim. 

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Não adianta mais nada

 Um pedido de socorro em todas as minhas palavras, ocultas, e você nem foi capaz de me ouvir. Livre, pareço estar, mas a prisão interna me mata, condenado a não ter o que é meu de direito.

Em linhas, preciso dizer, não é tão tarde para conclusões, pegue, ouça e tente me salvar todas as noites. Me manter de pé, as vezes nem é tão simples assim. Por vezes já nem quis levantar, é errado, eu sei, mas a necessidade me obriga a estar aqui, de pé. 

E não me venha com sua frieza, venha como sempre veio, completamente desconhecida, no ontem, no hoje, mal sei quem é. Diferença em ideias, diferença no tom. Não me escuto mais.

Um destino que mais parece um fardo, gritos de desespero, e mal tenho ar para isso. Dói, minha garganta dói. Cuspo em tudo que não acredito. Hoje só queria ter a paz que tanto procurei. Mas o inferno me persegue e novamente chamou por mim. E nem adianta eu pedir socorro.

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sábado, 4 de julho de 2020

Reflexos de uma incerteza

A todo dia nos perguntamos o que fizemos, de bom, de ruim. Algumas perguntas pemanecem, no ar, dentro de mim. Os sentimentos as vezes somem, mas por pouco tempo há uma explosão. Fora, em cima de nossas cabeças. Não sei se tem algum significado para você. Ou talvez apebas o esquecimento mesmo.
Mal consigo lembrar o último abraço, mal consigo esquecer dá última vez que o amor falou mais alto. Mas já faz tempo, tempo demais.
Tarde para cobrar mudanças, cedo demais para tentar outra vida, agora já é tarde. Vivendo e aprendendo a dor dentro de um sorriso que me consome.
E se todo dia fosse como hoje, o respirar não seria tão dificil. No fundo sabemos o motivo de eu ainda estar aqui.
Já esqueci o calor, já encontrei de novo a dor, e os copos variando entre mim.
Um sinal eu peço, para o tempo eu rezo, passe rápido, leve tudo isso numa velocidade que não me faça mais lembrar. Como tudo isso passou, e assim, por assim supor, deixe-me apenas ter uma lembrança de como era ser amado por você.
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sábado, 20 de junho de 2020

Quando paredes desabam

Não se vá, entre copos de bebida e fumaça de cigarro, procuro, em um caminho não tão simples.
Me busco, te busco em pensamentos, nunca encontro nada, nada além de sofrimento.
Mas estou aqui continuando, sonhando em sarar, continuando e talvez nem saiba que o pior passou.
E eu espero, e em algum lugar te busco para lembrar. Das brigas, dos abraços que não queria te dar, hoje sei o quanto me faz falta. Mas foi mais que um momento, hoje eu sei.
Sinto que passarei isso a diante, não se vá. E hoje sei que você queria. Lembro de pedir, lembro de ti pedindo, mas agora não há mais nada para fazer.
Em todo lugar te procurando, e você já se foi. Cedo demais, e eu nem tenho mais para onde ir. Mas vou. Sem você mas ao mesmo tempo te carregando. Dentro de mim.
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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Perdendo o controle

Há algo que eu gostaria de lembrar, alguns abraços, outros momentos felizes. Hoje é ok pensar que o normal, é anormal há algum tempo atrás. Não sei como suportar, mas aqui estou, em algum lugar. De baixo de uma ponte, destruido nessa alma.
A solidão é até ok, mas estou tão cansado que não sei como proceder sob seus desejos,
E sentir a falta já faz parte do meu cotidiano. Hoje estou feliz, mas minhas cabeça está cheia, de problemas, de cansaço.
Não minta para mim, como o por do sol, se acabará, acabou e não teremos o amanhã. Passou, nada podera nos apedrejar, agora, dentro dessas duvidas incertas que carregamos.
Voltamos e voltamos para o inicio, lembranças.
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sábado, 13 de junho de 2020

Música

Não entendo nada, não entendo nada. Aqui assim, as palavras ecoam.
Não entendem nada, não entendem nada. Mais um dia esquecendo o mais importante.
Não entende nada, não entende nada. E vem me dizer que tens razão.
Grito ao fundo, estamos aqui conectados ao nada. Estupidez é confirmar, sim, nada de novo.
Sou o nada onde nada faz sentido. Caos, suburbio e alivio ao prever que logo menos termina.
Angustia de saber que tudo se é feito, e nada respondido, vai ver é assim mesmo. Venha como te conheci, venha como se quis ser. Nada entendido mesmo.
Tenho pressa, tenho medo, vendo os dias passando e nada melhorando. As memórias voltam e não entendo nada.
Espaçada, com o viés de ser profundamente captada. E de novo, e de novo, relembraremos que nunca vamos esquecer da essencia. Um acorde final.
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domingo, 7 de junho de 2020

Cansaço.

Arde, no que se diz respirar, dói em pensar, e pensar demais chega até a loucura, dizem. Singular, me encontro no escuro, mas aqui não há mais espaço para falar, gritar, e respirar, arde.
São tantas angustias que temeria por mim, temeria a mim quando soubestes o quanto tentei suportar isso daqui. E dessa escuridão tento outra vez encher meus pulmões de ar. Arder é a palavra que encontro para demonstrar o que sinto.
O amanhã eu não sei se chega, em você já não me vejo mais e o nós aqui já não jaz.
Havia tantas frases feitas, frases prontas que pudesse expressar essa falta de ar, que arde.
Puxo, não chega. Engulo seco e me dói como uma navalha na garganta, talvez nem seja um sonho tão distante. Olho o hoje e não vejo o futuro.
Ninguém espera o obvio vindo de meu caderno, então, aceno, acerto, o concreto de socos falsos, de fardos verdadeiros e o ar que arde.
Tudo então se esvazia nessa solidão obscura, o sol chega, é de manhã, porém, dentro de mim, tento encontrar e não acho. Arde, os olhos.
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Pandora

O vermelho dessa noite nos lembra como dói ainda. Desafeto, a falta do afeto, nada de contato, muitas palavras com pouca essencia. Passe bem, durma bem.
Dentro de uma caixa para mandarmos para longe, mas a magnetude é trágica, espero voltar, espero voltar para dentro de nós. Espero, não contemplo um dispositivo aqui, machuca.
Corte anjos e respire, você consegue deixar tudo para trás. Eu não consigo essa frieza, olhar o agora me completa. O ponto final é o unico argumento para o agora. Mas agora o afeto está longe. Dentro dessa caixa, deixamos vazar, onde tudo é lindo, também é sujo.
Me odeie, cansei. Assim como o cinza de hoje, não consigo mais chorar, tudo é aperto, de mão, do coração.
E vai ser assim mesmo, as escritas confusas, as palavras fortes, o sem nexo, a toxina que me impõe, a liberdade que é para mim, gritar.
De fora para dentro, a caixa maldita explodindo, não consigo mais dormir. E só de pensar que era tudo diferente, e só de pensar que você era outra pessoa, machuca.
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sábado, 25 de abril de 2020

Dentro de você

Conheço o inferno e você sabe muito bem. Me mato todos dias e ninguém pode me ver.
Eu consigo enxergar, já chega, vi de tudo e nada é novo sobre o nada. O fim me chama, quem se importa. A doença entá ai, e estamos prontos, caso não saiba, já nasci doente.
Alguém me ouve? Será que alguém lê? É questão de instantes e sobre como pensar.
O bom, o mal, depende de você. Memorizar para não ser o único a lembrar de tanta lama, mas ninguém pode ver a não ser você.
Um número e mais nada, uma letra e várias lembranças de você. Que se foda.
Grite, grito como nunca, nesse quarto, nessa casa que tão particular, me tirou a vida.
Não quero ninguém me chamando de amigo, vou te mostrar o mundo com meu sangue. Você e eu, você e seu ego, não comece. Seja aqui, seja você. Dentro de você, entre o inferno e eu. Conheço bem.
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terça-feira, 21 de abril de 2020

Surm

O adeus poderia ser muito mais fácil. Decisões poderiam ser muito mais faceis. Cansei de tudo isso aqui, o desejo em partir já não é de hoje. Mas hoje talvez, seja melhor.
As coisas poderiam ser simples de fazer, a memoria deveria ser curta o suficiente para esquecer dessa merda toda. Esquecer de mim.
A solidão que assustava, hoje virou meu cotidiano. A sombra é a companhia para quem não tem ninguém. E o caminhar no vazio, no corredor único. Horas e horas, nunca passa, mas bem que poderia hoje acabar.
Talvez eu acabe, ou novamente, acovarde, o singelo é mais esperto e o apagar serve.
Bebida no copo, sujo como sempre, como sou.
Esquecer poderia ser melhor, para você.
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sábado, 11 de abril de 2020

A engrenagem

Mal sabia que eu, iria queimar a lingua assim, onde, todo dia te falei,que não iria voltar atrás. Agora estou aqui, pensando o quanto poderia ser diferente.
Pois é, anos sem ver, mas sua voz e tuas ações que antes nada me dizia, hoje me faz lembrar. Talvez amanhã pode ser, como conhecer, tão vuneravel, fiquei, perto de mim, te olhando sorrir, não querendo.
E não venha me dizer que não sabe, que não liga ou é tão dura, sei que não. Outros dias, outros destinos, mas quem sabe o amanhã. Por que me deixaste um recado, vem cá.
Não paro de pensar, não paro para esquecer, os quartos sujos que estivemos ali, um passo distante, mas escapando de nossas mãos, não,  uma guia que lembro da fonte.
O glamour de negar, o negar na cara, mas a tarde do inverno covarde, que aguardaremos o amanhã que nem vá acontecer. A vida é assim mesmo, escolhas. Nos castigamos assim, sem motivos.
Mal sabia que queria, mal sabia que era assim que me olhava, mas hoje é tarde demais, não adianta notar, já que não irei usar para te atrair novamente. Futil é o incerto, inutil pensar que podera ser até hoje. O bem, o querer bem. Você sabe.

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sábado, 21 de março de 2020

Sobre a ponte

Não saber para onde olhar, se quer sou capaz de respirar. Longe daqui, me afaste daqui. Já não sei, onde você está, já não sei. Onde meu corpo se reabilitará, depois disso tudo, se quer penso que termos um recomeço. Espero me desculpar, por tudo que fiz, de mal para ti, de bem pra mim. Um dia vais poder me entender.
Tudo valeu para esquecer, os ares vão mudando, o céu hoje laranja, transformando toda a forma de amar. E você, já quis partir, diz pra mim. Apenas hoje diz pra mim, seja sincera em olhar, seja honesta em dizer.
Mas hoje não, hoje não cabe mais, a nós dois, hoje não dá pra conversar.
A mim, o tudo nada, a ti, o nada que pra mim era tudo, águas parecem dizer que passou. Não volta, como esse maldito rio poluido.
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quinta-feira, 19 de março de 2020

Renata

Quando estamos pensando, lembrando de como aconteceu. Não me lembro.
E de quando estamos lidando com a nostalgia e lembrar, como acontece. Pensei, senti. Eram horas pra te encontrar, um metro lotado e passos atrasados. Ta tudo bem, estava num bar.
Maluquices sem tamanho, e um toque desprentesioso que me fez até arrepiar.
Eu tinha vergonha, a vergonha de quem eu era, a vergonha de estar ali. Fugi.
E quando voltei, tudo estava ali com você. Mundo maluco, pensa, corre, foge e volta. As voltas como se diz dar.
Mas entre metros e passos em linhas tortas, era a primeira vez a suspirar. Quebrar, a cara de tanto molhar.
O cheiro, o perfume em dezenas deles. A lembrança, o prumo, totalmente fora daquele que temia se descontrolar.
Assim que veio, foi. Assim como a lembrança embaçada, sumiu. E assim a queda entre vinhos e copos, esvaiu. Sumiu.
Bom saber, me entender para hoje, lembrar de você.
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domingo, 15 de março de 2020

Giulia.

Olhares olhares distintos e tão sinceros. Foram apenas algumas palavras e deixei os planos me levarem. Festas que nunca aconteceram. Foram sensações apenas deixadas para lá.
E quando os temores de não consegui ser feliz, as resposta que nem queria ouvir, mal lembrava meu nome, mas quando tudo ficou escuro, você estava lá. E com todo aquele café, disse sim, pra mim.
Os defeitos ficaram pra depois, deixa pra lá, e você, sabe.
Seus cabelos me fascinaram, o perfume que me enviou para outro mundo. Dentro de uma voz sensivel, invisivel é meu olhar perante minhas lembranças, esperanças em ter o que eu nunca pude ter.
Parece que foi ontem, que te contava aquela piada sem graça. Um grito no espelho. Um sorriso de aparelho.
Mas era tão verdade, era tão verdade.
Mas os dias que não passaram de pressa, ando sem saber, onde vou chegar, com você, sem saber um segundo, um beijo que de incertezas, aconteceu no nosso mundo.
Sem assim, então não vai doer mais, apenas volte. A luz do dia passou como um flash, mas agora não. Agora o mundo é nosso. Como poderia ser?
Te dou um mundo, é só sorrir.
Vem buscar daqui, como em outros o fez, comigo, com a nossa paz, como aquela quarta feira.
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sábado, 14 de março de 2020

Ester

Se tudo que falassemos, traduzisse o que vivemos. Nossos olhos diriam que não. Jogariamos nossos corações no mar, para que retornasse mais tarde.
Não lembro de pedir, asas que nos levariam para a eternidade.
Teu mundo já não garante mais, os erros do passado. Mas ainda ficariamos a eternide nos olhando.
E há quanto tempo vemos com nossos próprios olhos. Agora o chão frio que chega a tirar o ar, e não ter ninguém para dizer que sim.
Mas respirar, existir, e se nós falassemos o que outrora nos calou. O medo, a mudança, será que já é tarde? Mas as flores encharcadas com essa água do mar ainda dura. Assim como nossos passos, largos, perdidos.
Uma saudade, caminhar em frente, e o vento, as lagrimas, quem me dera que nada disso existisse aqui.
Onde tudo se transforma em felicidade, dentro do teu sorriso vivi.
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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Ponto de encontro

Perdi tanto de vocês, em mim agora é só solidão. Perdi-me,
A falta que faz, o silencio que habita em tantos dias como esse. Chuva, e um rasgo em meu sorriso, tanto pedi que talvez tive o atendimento rápido demais. Mal sabia eu.
O egoismo nos afasta, me dói em saber que nada pude fazer. Esperar então foi a sabedoria para tentar acalentar o tanto de raiva que senti, de ti, de mim, da vida.
Perdi você e agora não sou nada nessa multidão, uma insignificancia dentro desse mundo. Em diversas proporções fiquei esperando que talvez tudo isso fosse mentira. Perdi-me.
Não consigo mais gritar, explodir em lagrimas nesse mar salgado em que me banhei durante toda uma vez. Chuto, soco, e tudo é em vão.
Hoje, os passos largos me obrigam a ir para frente, mas não consigo deixar de olhar pra trás e ver vocês por lá. Onde vocês eram por mim, tudo para mim.
E sozinho aqui dentro dessa cidade, e sozinho aqui dentro desse corpo, gostaria de ter vivido tudo isso diferente, ou ao menos, não me perder dentro de vocês.
Perdi tanto de vocês que onde se extingue uma linhagem, se brota outra tantando não me perder. Vou me encontrar no fim, por vocês.
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domingo, 19 de janeiro de 2020

Complicação

Coisas que deveriam ser só minha, a coragem para esquecer, a coragem para apenas seguir, não olhar, se quer pensar em fraquejar. Gostaria que tudo fosse assim, simples.
Os ares não mudam tanto assim, os dias parecem ser cada vez mais dificeis, e tudo para não ter fim, um tunel infinito. Nada parece ser simples.
Coisas que deveriam apenas pertecer a mim, mas a magoa me consome, o ódio em tempos volta, as ruas voltam a ter sentido. Nada fica simples.
Algumas palavras chega a fazer algum sentido, outras nem tanto, mas vamos escutando, aqui, dentro de mim, onde o simples parece nem existir.
Tudo vai ser diferente, eu mesmo disse, eu não sei onde estou, eu não sei as vezes nem quem sou, mas de uma coisa pode ter certeza, tudo isso só serve pra mim e pode até parecer, mas não é tão simples assim.
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