sábado, 16 de dezembro de 2017

Quando o teto desmorona

Um local escuro, o breu que as vezes você necessita. A escuridão por vezes nos entende. Diversidades em nomes, outros lados, mesmas dores. Seu grito permanecerá por aqui, um eco eterno em pedaços em mim.
Sob um mundo dentro da minha cabeça, sob uma falta estrutural. Cairemos e perdidos encontraremos essa maldita escuridão. Sem paz.
E para preencher, utilizaremos o que nos faz melhor. Um copo cheio, outros tragos.
Vendo palavras, doarei todos meus sonhos, para prosseguir. Ouvir e perceber que todas as verdades são cruas, fracas, tão sincera que caberia nessa maldita sala. 
Daqui te ouço, gritar. Aqui ainda vive. Mundo desaba e não se escuta nenhum ruído sequer. 
Tantas noites, mesmos números, outros vãos. E em mentes que só conseguimos enxergar toda essa escuridão.
Do alto fica mais fácil em terminar, do alto penso em voar para o perdão. Perdido em direções contrárias. De braços abertos aceito toda a dor desse mundo. Absorvo.
Desse lado, incluo apenas uma vírgula para não me deixar escrever o ponto final. Não agora. 


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Sunshine

Talvez não seja sobre apagar tudo. Sentir o sono, simplesmente dormir. Talvez não seja sobre você, apenas sobre você.
Decisões precipitadas, momentos de ajuda. Ouvir seria a melhor hipótese em tempos cinzas.
Já refletiu sobre os momentos tirados de dias de sol? Pés na água. Sumir em minutos.
Reflexos, espectros em dias que já nem lembramos mais. Tetos desabaram. Talvez não seja sobre mim, apenas sobre mim.
Agora nem podemos respirar, toques que viraram fumaça. Perfume esvaziado, lançado pelos ares, desapareceu em névoas.
Resquícios de uma mente destorcida em reviver tudo em outra pessoa. Totalmente inútil. Almas presas, condenadas a voltar para a morte.
Doloroso, todos os dias, em choros voltamos ao ponto inicial. Não lembro mais nem quem sou. E tudo isso talvez, nem seja sobre nós. Afinal, hoje, nem sei mais quem é você.

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Com lobos a me guiar.

Sublimar de todo o mal que me fez. Dizimar todos os demônios em todas as ações compostas em álcool e berros.
Voar não deve ser tão difícil assim. Na escuridão de um quarto, a luz com o passar do tempo jamais se acenderá novamente. Não em mim.
Grito pra soltar pedaços, grito pra me salvar, grito para extinguir essa dor. Essa maldita dor.
Interposições nas escalas, passos largos, completar em nós. Real, aqui sim, ouvindo os antigos espíritos.
Saltos para o nada, saltei em sua direção, nunca mais. Alcance seus medos, me fale segredos.
Da arte faço vida, em minha vida incógnitas. Eu sei que ninguém entende. Não é o momento.
Em ações descontroladas, quero sumir. Em decisões sem atos, apenas dormir.
Decidi então calar-me, percebi que já não vale mais nada. Tonturas falam por mim. Mais uma forma, menos um dia. Superficial.

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domingo, 26 de novembro de 2017

Algum dia em junho

Ainda existe muita dor aqui. Sangue jorra e ninguém vê. Tensões, não escuto nada mais.
Onde me encontro? Não consigo decifrar. Mudanças pelo alto, são tão imperfeitos.
Somos distantes, opostos, sem se misturar. Encontramos a solução, uma saída para tudo.
Difícil aceitar, caminhar entre pedras. Afiadas, sangue é visto de longe. Talvez seja a solução ideal.
Somos imperfeitos demais para acreditar.
Ventos mudam, distancias não. Veracidades em alma, olhos que já não acreditam mais nisso.
Me leve daqui, me leve para casa. Onde tudo é confortante, não tenho onde ficar. Chovendo e por aqui nada de novo.
Se chego mais perto, me afasto, se fico mais alto, encolho tamanho medo. Aquela música já não tem sentido algum. 
Talvez a dor não vai passar. O sangue, aqui, de novo em mim. Todo o amor não se esvai, e ninguém aqui vai dizer que nunca irá acabar.
Constante mas já não tão intensa, a respiração. Quietude por volta desses canais. 
Entre paredes, não me acho. Não vejo mais aquela cidade como antes, ficou tudo pra trás. Queria apenas que esse sangue se estancasse. Queria que a dor passasse. Acostumei.
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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ventos cortantes

Seja como for, nada que sou. Buscando no cotidiano a mudança, trazendo a mudança todos os dias. Ineficaz, perpendicular ao olhos brilhando por mais querer. Falhas, acertos, difícil mesmo é controlar as lagrimas.
Mais um gole e eu prometo nem dizer o que se passa por aqui. Outro gole já quero o fim.
Só mais uma vez, segure o folego, aqui já não há mais espaço.
Tão longo, mostre como, toda vida, uma tentativa. E aqui dentro está tudo podre.
Um sonho e a verdade, dentro de você. Em mim, um sinal, uma mão para perdermos ainda mais a capacidade de chorar.
Um sinal, marcados pela solidão nesse lugar. A última vez, pela última vez vamos nos perder nesse copo.
No final, eu nunca quis nem ao menos ter tentado. Queria ficar, em seus sorrisos. E pelos seus sonhos, permanecer.

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domingo, 19 de novembro de 2017

Nada disso importa

Tão longe o quanto. Nem sinto mais. Pouco espaço, poucas palavras para sentir. Inconstante demais.
Sigo em frente, sem saber o que pensar. Estradas sem fim. Caminhos desertos, incertos.
Passo a passo a fim de levarmos uma vida e ainda assim não ter resposta alguma. Se ao menos tivesse um jeito de esquecer. A dor é constante.
Precisa ser assim para que pare. A chuva torna tudo mais esquisito. Aqui, recomeçar o fim que criei.
Cada vez fico mais longe, de mim. E sem saber, pareço não sentir mais nada.
Podia ter mais tempo. Podia ter menos sono. Sem conseguir acordar, nem mesmo quando lembro de sorrisos sinceros vindos de ti. Inconstante somos.
Ansiedade consome, turbilhão de ar, me falta. O mesmo do mesmo. A luz se apaga e nada chega ao fim.
E nada vai fazer apagar, um eu. Por dias, incontáveis as vezes que pensei em desistir. Está tudo bem.
Não aqui dentro. Em elos destruídos, em filmes construídos. Folhas se vão.
Digo estar errado, faço a questão. Inconstante é a mente.
Agora, longe demais para voltar a trás, dentro da garganta e os olhos por fim de fecharam. Certas palavras não descrevem o quão constante é o medo em acordar.
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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Descanso de uma alma despedaçada

Encontre-me, encontre-me dentro de sua respiração. 
Chegou a hora de mostrar toda a dedicação em si, parece clichê, cartas, frases e alguns cigarros.
Diga-me, diga-me dentro de sua respiração
Um abraço, depositado em uma caixa vazia, diga sim. Viremos um só.
Faça uma desordem, arranque logo todo isso que você chama de palavras. Torne-se real.
Encontre-me, encontre-me dentro de seus olhares
Distantes, falso e tão opaco quanto aquele vidro do mesmo corredor, daquele corredor.
Encontramos finalidades, desacordamos em gritos, berros e como foi uma loucura ter que te escutar.
Digo para mim, digo para mim como pude aguentar.
Passe esse medo adiante, nunca mais perto de mim.
Encontre-me, encontre-me dentro de você
E sinta que jamais haverá outra oportunidade de ser feliz. Veja a derrota sob meu sorriso.
Deslace os laços, avante em outros abraços que o tão esperado desprendimento chegou. 
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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Entre o desejo e a vontade, contradições de escolhas.

Por anos achava que a distancia facilitaria. Sorria, um novo dia está aí e você venceu. Por tempos achei que a verdade estava em sorrisos. Em letras percebo o quanto errado estava, em sorrisos percebo o quanto longe estou da verdade.
Não é possível ser dessa forma, não é possível deixarmos a escuridão tomar conta de tudo. Não é certo.
Versículos que não me servem de nada. Sejamos claro, a solidão me consome, não há nada por fazer. Permaneço aqui, imutável. Daqui debaixo não sou ninguém. Talvez seja melhor assim.
Poças d'água, sujeiras na minha alma, desfocam virtudes que há tempos estão mortas. O cheiro não agrada, o gosto sumira em tempo que apenas gostaria de sair daqui.
As vezes chorar. Mudar estações. Dormir cedo.
Encare que você não está aqui pra ajudar, encare que não mudou nada, talvez. Sentidos forçados e não vemos nada mudar. Nada.
Sair daqui é uma opção, sumir daqui podia ser uma opção. Formas forçadas. Desejos de como fazer, encontrados juntamente em um copo de água. Seria tão mais fácil.
Preso em um destino que não pertence a ninguém. Preso em uma verdade onde ninguém mais acredita.
Em pedaços escrevo. sob cacos de vidros, vejo reflexos de sangue. 
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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Última canção

De vez em quando, me pego pensando, de vez em quando quero apenas esquecer. Outrora quero apenas ficar sozinho. Grite, corra, exploda essa merda toda. Apenas saia da minha frente.
Não preciso de você, nunca mais, não preciso mais de sua voz para me expressar. Não preciso.
Nenhum outro dia me fez querer isso aqui. Freqüência desnorteada, me faz mover, me faz prosseguir. 
O sangue some, o gosto fica. O mundo distante, minha mente fluente em negar que tudo não passou de dor, tudo não passou de um sonho. Distante, alguém acreditou.
De vez em quando, minha imaginação pira. De vez em quando, ouço, quero sentir. As cicatrizes que queimam minha pele, de ontem, de hoje, um presente que não acaba. Me redescobri, quero voltar a escutar, quero voltar a te enxergar.
Te entendo, sei exatamente o que é querer desistir, espelhos de alma, espelhos de ações que inexplicavelmente nos aproximas, posso dizer. 
Águas de rios que insistem em ir contramão de tudo que dizemos, pensamos. Agora não tem mais volta. Vá em paz. 
Hoje posso dizer, o complicado é claro dentro da minha cabeça. Não sei em quem confiar, mas tento diariamente sumir, de ti, de mim, de tudo. Pela última vez, a última canção. 

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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Catastrŏphe

Nunca te disse isso, nunca confiei, nunca deixei ninguém se aproximar. A razão chega a doer, a razão chega a querer chegar bem mais próximo do fim. Bem mais próximo do mais fundo que já cheguei. Não foi fácil chegar até aqui.
Não sei os motivos, você nunca me perguntou. Não sei o por que, você nunca se importou. E quando foi que tive uma companhia nesse lugar? Os motivos, eles tem que morrer. Comigo, agora o fim.
O ar me dói, tonturas e a sensação que corrói, por dentro, acalma.
As dores me fazem lembrar do quanto me esforcei, gritei, torturei a mim mesmo. Barulho, berros, sangue, destruição de uma alma que jamais descansou. Fique e vou te mostrar, o fim.
Sinta que estou por perto, sinta que jamais te decepcionaria por menos, mas hoje, não posso suportar mais, não aqui, nunca mais aqui.
Passa o tempo, passa as paginas, não chegamos a lugar nenhum. E nenhum de vocês, nenhum de vocês.
Faça parte deles, não faça parte disso, fique longe de mim, um ano, um longo ano. Meus olhos cansados, me puxando pra baixo. Sob janelas meu grito, entre linhas minha alma.
Nos valores, em insanidade de palavras, construção. Amortece meus lábios, adoece meus pulmões. Respirar continua doendo. Mas vai passar, vai passar. 
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domingo, 15 de outubro de 2017

Retrocesso

Nos abismos, nos sorrisos, nos caminhos longínquos de novos horizontes a te despedaçar. Tempo morto, sangue coagulado e nada de novo por aqui. Lembranças de pessoas recicláveis. Insuportáveis, tentando trazer alguma coisa de volta, em vão. 
Em buracos, em chuvas, horas pensando que não irá mais. Um lugar de paz, internamente uma bagunça que você não irá entender. Não tente. Se afaste, toxinas de olhares distantes. 
O que seria se não voasse, o que seria de mim se eu não quisesse voltar. Maldito corredor, maldito seja o destino.
Sentir, culpar, destemer o tempo. Aguarde os atos, não cobre abraços. Por vezes, assim é melhor.
Escombros, deslizes e estou perdido. Meia noite, luzes, os velhos abismos e agora um copo vazio. Não deixe, não mude o espelho. Retratos de um passado morto.

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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Outra capa, mesmos conteúdos

Em uma terra seca, em uma rua escura, tudo de novo. Diante olhos estranhos, diante sorrisos distantes, mesmos hábitos.
Não sou a resposta para aquilo que procuras. Vivo em constantes mudanças, estranhas, viagens infundaveis e possivelmente uma respiração diferente. Ofegante segue aqui dentro, um labirinto de pensamentos que jamais achei o final.
E vejo cada vez mais perto a realização de todos meus pesadelos. Aqui não mais, aqui não mais.
Novos papeis, livros desgastados, destinos roubados e apostas de que nada mudou. Se novos estados nos liberta, quem sabe outros braços não faça o mesmo.
Nesse asfalto molhado, em caminhos turvos, nada de novo. Diante olhos distantes, diante sorrisos estranhos, outros lugares.
Prometo não te culpar, mesmo que não haja mais lagrimas, mesmo que eu já tenha esquecido de viver. Não me culpo mais, por parar de tentar, por cansar de tentar.
Se o ontem já não é tão mais fácil, amanhã que seja a incógnita de ações já pensadas em outrora. Até quando não houver mais a respiração, enquanto houver suspiros.  
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sábado, 23 de setembro de 2017

Em poucas frases

Sempre que deixar de acreditar. Todos os dias que talvez, não queria acordar. Uma normalidade inexplicável, um amanhã cujo o qual pode não existir. Passamos assim a nos questionar, conversar e seguir sozinho. As vezes é melhor.
Em ações egoístas, em visões duplicadas, deixamos passar. O hoje.
Resumos meus, rascunhos seus, diários abertos para o mundo. Ímpar, nunca mais seremos os mesmo. E quem quer mudar?
Acreditar no diferente. Por todas as semanas que passaram e quem sabe ser melhor. Levantar e aguentar. Loucura dentro da cabeça, vaidades jogadas no lixo. Por vezes é melhor.

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sábado, 16 de setembro de 2017

Teimosia em viver.

Sem sentido algum, em palavras, nas atitudes e vontades. Confusão, tanto nessa linha reta, reciprocidade é o que me faz mais forte.
Eis-me aqui novamente, entre tantas linhas, no mesmo caderno em branco. Em tantas verdades, onde não há mais esperanças. Já vi quase o fim, e hoje estou aqui, olhando para o ontem. Nada parece fácil.
Analisando vontades, destruindo coragens, todos os dias. Desespero me faz faltar forças até mesmo para gritar. Nada é fácil de perto.
Talvez você se pergunte, o que passa na minha cabeça. Desista, tudo que vivi e não esqueço, adormeço, enterro. Ninguém entenderá. Sobre sentimentos, sobre morte.
Novas cidades, novos sorrisos, passageiro sabemos ser. Você não sabe um terço da dor de uma respiração. Nunca foi fácil estar aqui, não nesse lugar.
Acordar e não saber, dormir e não querer mais ficar. Respiração continua. Semanas corrida, destruição em passos, suor e lágrimas. Ar corroído, suficiente para querer deixar tudo para trás.
Abre novamente as cortinas de um olhar enigmático,  intenso. Nada é fácil, mas no final, ainda estamos aqui, tentando.
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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Lichtheid

Promete que largará toda essa merda. Novamente limpo disso tudo. Vamos viver e entregar um real utópico.
A saída ainda persiste nas minhas mãos, não sei quem, não sei por onde, perdido fico aqui, em suas mãos. Nos olhos mudamos, em palavras transformamos um real, no sonho. Surreal é respirar, eu sei.
Houve uma vez que acreditei em mudanças, confiar em mim mesmo já não é confiável. Mas posso saber onde escapar do fim. Eu ando, eu me perco em etapas mal calculadas. Entre desertos de ideias e oceanos de uma falsa esperança em reviver.
Outra noite, jamais pensei em estar aqui sozinho, novamente. Tudo se foi, em suores de copos cheios, entre goles frios, penso, desisto, escrevo. Livre-se.
Prometo em largar essa merda. Outra vez causando enjoos, náuseas. Entre partir e ficar a acreditar. Duvidas. Deixe aqui cartas, jogue fora meu tempo, faça valer a pena. Outro golpe, não sinto.
Nunca quis pergunta o obvio, nunca quis cometer um erro que só fazia mal pra mim mesmo. Mas faz parte, eu sei. Um novo começo, preparando para voar, alcançar novos caminhos. Até o folego acabar, até que o ultimo abraço durar em mim. Preparado estou para deixar tudo isso aqui. E ver a utopia se tornar realidade.

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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Um comodo

Dentro de uma hora, debaixo de um teto, incerto. Nesse quarto deserto.
Por mais alguns minutos, agonia e insonia. Um sono profundo, acordado, impactado, atraso para refletir nessas paredes claras.
Vozes chama, sons solitários. Um frio inexplicável habitando dentro desse comodo, dentro de mim.
 Perto de vós, recuando ações para prever o inevitável. Mais do mesmo. Sempre o mesmo caso.
Acoplando atitudes egoísta para tornar tudo mais fácil. E quem não é assim?
Apagam-se as luzes, nada muda. A dor corrói, a dor destrói, Nada muda.
Entorpecente, desconectado, não tente falar, grito, canto, escrevo. Volto a dormir.
Meus olhos já cansados, para, sublimam o fim. Envolto de tudo que já nos submetemos, encobrir já não esconde mais nada. Vivamos assim, com desculpas para não falar mais nada. Calados queremos falar. Onde estamos? Se nunca saímos de nossas próprias cascas.
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Nos barulhos de todas as verdades omitidas

Flutuar sem carregar diversos lugares dentro da memoria, suposições de como seria. Sensações de como imaginávamos ser, juntos.
Vamos guardar lembranças, dias que não apagam, fotos que se perdem. Deletamos tudo e pessoas passarão, normal.
O mundo muda e tudo muda. Lugares vazios, corpos já não se encaixam. Embalagens secas, e nós cada vez mais distantes. Almas opostas, mas buscaríamos conectar, juntos.
Mas onde buscaremos ideias de construção, liberdade e ilusão são encobertas de falsas palavras. Caímos sob expressões distintas. O que você procurou, o que você destruiu, em mim.
A verdade em palavras e toda a vontade de viver aqui. Em nós.
Medo em solidão, dor na escuridão e assim sigo, transtornado, escrevendo no mesmo papel de outrora. Que me trouxe sorrisos, em situações saudosas.
Onde ficam as bebidas, onde se tornam lagrimas de sentimentos passados, vontades que jamais se repetiram. Não aqui, não aqui.
Logo todos esses acordes da vida, se cessarão, em vultos que nos assombram diariamente. E o silencio, reinará absoluto.

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domingo, 20 de agosto de 2017

Respiração nula

Um silencio mutuo, uma outra batalha, uma outra noite. Nunca é fácil admitir uma derrota, nunca é fácil deixar de respirar. E aqui temos, um chão, novamente um rosto ensanguentado. Dias em claro.
Nessa mão, não consigo sair. Na sua mão quero me livrar, difícil mesmo admitir.
Saio daqui como entrei, um nada. Lembranças de um beijo que jamais tive. Minha mente já não me reconhece mais, envolto em sombras para tentar explicar as marcas na minha pele. Falho e lágrimas não vão dizer por mim.
Uma segunda chance, novas falhas em tentar. Grande como essa estrada ja conhecida, e não é o bastante para desistir. Não aqui, não assim.
Estou doente, podre por dentro, aguardando novos tempos, falsos ventos. Que tudo acabe, iremos negar até quando um fim?
Águas solitárias, correntes que me arrastam para o fundo desse poço que assim como minha casa, derrete lembranças de algo que nunca quis voltar a lembrar. Não era para estar aqui. Em mim.
A dor já é reconhecida, mentiras aterrorizantes, verdade crua para me arrancar do mundo, me mostrar o quanto ainda posso sofrer.
Até quando? Não sei. Até onde respirar? Viver e acreditar que tudo seria possível. Ilusório.
Entre quatro paredes, dentro dessa mesma caixa em que me tranquei. Gritar pra um ninguém. Amanhã não vai chegar.
Não para nós, não para o que vivemos e esquecemos, dos sorrisos.

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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Mais um retorno sobre aquilo que já conheço


Em constante pensamentos me pego pensando o quanto inconstante estou. Em mim. 
Duraste tudo o que precisou para entender que foi tudo tão intenso, quieto, sons sobre o peso que minha mão segurou. Em mim.
Em vez de soltar, pelo mundo, por você, foi preciso solta-la, até o infinito jurar que jamais voltará a ser. Mas era preciso fazer para hoje conseguir sorrir. Um melhor para nós.
Passos apertados, machucados, a dor, de noite e achei que jamais sentiria novamente.
O ar falta, respirar dói e de novo, outros novos demônios surgem como vertigens, devaneios sublinhados de confusão. Em mim.
A razão já não suporta mais permanecer dentro dessa bolha estupida, a visão já não comporta está mais aqui, entre vocês. Quem são vocês? 
Propósitos rasos, explodem como um nada. 
E aqui, dentro de mim, a já conhecida solidão. 
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sábado, 5 de agosto de 2017

Continuo levantando, continuo aqui.

Pensar o quanto já se passou por aqui, hoje não mais. Acreditar que tudo fora um pesadelo sem fim, hoje se foi.
Um céu doloroso, um conforto frágil. nem sempre sincero, vindo de você.
Um estar, nunca presente, simbologia em meio a mensagens distantes, mas o toque, aqui nunca esteve presente.
Fora  meses de inferno, semanas trancafiado em pensamentos de morte, o inferno ainda é logo ali. Visita, permanece, em mim, aqui.
A certeza de pertencer ao mundo, plenitude em controlar sorrisos. A saudade existe.
Dias passaram-se, mas você ainda está aqui de uma forma que eu não sei, não sei.
E poderia ser melhor, acordar e desconhecer você mesmo, um eu escondido que jamais se revelará. E qualquer dia ainda sumo disso tudo.
Tentar, tentar, ações que fazem efeito, me fazem acordar, me fazem pensar o quanto já se passou e eu, bem, eu continuo de pé.
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domingo, 23 de julho de 2017

Respiração ou a falta que ela me faz

Tudo é tão quieto, teu suspiro, nunca pude chegar perto. Tão perto do céu. Prezo para que o fim seja próximo, talvez, esta noite.
Aos poucos escurece, dentro de mim, velas acessas e a chuva cai lá fora. A hora chega parar, rezo, talvez, amanhã. Termine.
Em luzes, sons, respiração. Dor.
Acordes já não dizem mais nada, as vozes não dizem mais nada. Apenas um respirar, fraco, cansado. Tudo não faz mais sentido.
Covarde seja, coragem nos falta para tomar uma maldita decisão. Te entendo.
Tome de volta, jogue, brinque. Perto das estrelas chegamos. Ou ao menos, tentamos chegar, mas por hoje, caminho longe daqui. Me despeço sem dizer adeus.

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sábado, 22 de julho de 2017

Gritos no escuro

Todo dia uma nova caminhada, novos lugares, os mesmo lugares, lugar nenhum. Impossível não passar desta linha. Quem seria você?
Pensamentos vagos, sóbrio, tão alcoólico a ponto de me fazer esquecer a escuridão desse quarto.
Olhos me enxergam e fingem que não me veem. Assistem uma luta diária contra mim mesmo. Cada dia mais inflamada e alterado. Todo dia a mesma coisa, um soco atrás do outro. E o sono agora não me satisfaz.
E sobre minha cabeça a velhas crenças, malditas, ingratas que o que menos me trás é paz. Hoje já não sou o mesmo de ontem.
Desgraçada promessa, continuo aqui, sujo, imundo mas caminhando por diversos lugares nesse mesmo quarto.
Largue tudo, levante, tente e falhe. Escute, o mesmo silencio.
E no chão, os velhos cacos de ontem, de mim. Não te reconheço mais, não me conheço mais.
Letras de confusão, escritas e difusões nas mudanças que insistem em jamais acontecer. Não posso esquecer.
Só não me faça me fazer voltar a me entender. Aqui no chão, talvez seja mais fácil dizer...
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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Sombras

Paredes sufocantes, não há mais espaço para nenhum outro pensamento. Calem a boca.
Aqui dentro não existe soluções. O ar me falta. 
Subindo nessa estrada percebo o quanto mudei, e quanto ainda é difícil de ouvir. Tua voz.
Onde tudo é longe, o espaço esconde mesmo dentro da palma de sua mão, acostumo e não percebo onde estava. 
Velocidade em passar, quase chegando e ainda estou muito longe de sorrir. Quem manda aqui sou eu, um eco bruto, percebo o quanto já esqueci. Vejo o sol sumindo mais uma vez.
Onde parecia um escape, não funciona mais, o ar desapareceu, de novo.
Grito para uma multidão de surdos, onde a ajuda já não é ajuda, parece tudo muito falso. Agora posso pensar nos meus sonhos mais temerários. Já vai chegar.
E isso sempre foi assim, parece que persistiremos. Fico perto do fim.
Nova estação, outra estação e a volta nunca fora tão longa. Não sabemos mais em quem confiar.
Se acabar com tudo isso seja a solução, que assim seja, se não hoje, amanhã. Dor perpetua essa alma escrava de cansaço em tentar viver.
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terça-feira, 11 de julho de 2017

Anne

Questionamento rotineiros, ilusões constantes, liberdade nos olhares mais puros que se possa sentir.
Sorrisos abertos, a brisa do mar em caminhadas sob essa areia macia que nos conforta.
Intensidade a flor da pele, hoje não vai acontecer nada de ruim.
Sol, luz, energia, forças diárias para me fazer acreditar que ficará tudo bem.
Ilusório, em instante tudo desaba tão forte quanto fecho os olhos. O preço de respirar, da dor, da sensação de querer saber, o fim ainda não está próximo.
Para onde estamos indo? Afinal de contas, para onde você me levou? Um desconhecido que me faz temer a falta de seus braços. Um beijo jamais terminado e tudo desaba como meus joelhos cansados dessa queda maldita.
Um buraco sem fim, um calabouço escuro e frio onde minha alma já pena em pensar em ti. Sem sombras, sem você.
Descubro que dentro de toda as adversidades posso levantar e seguir. Que por mais que doa, também renova. Revigora.
Aprendi a respirar de novo, a enxergar minha própria sombra e seguir. Caminhar nem sempre é fácil sem muletas, andar sem sua mão. Continuamos a viver.
Se hoje tiraste de mim antigo meu brilho, se mesmo assim as ondas circulam águas de sangue, que ao menos levem de lição que nada disso pode ser em vão. Temos que seguir.
E depois da morte, se nada ficar, que ao menos minhas palavras nestes papeis antigos e manchados, sejam eternas. Que ao menos essa eternidade alcance alguém.

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sábado, 8 de julho de 2017

5 letras

Pensando em voltar, pensando em recomeçar de onde nunca deveria ter saído. Do fundo do poço me vi em você, debaixo de toda essa merda vi você. Pensei nunca conseguir, notoriamente pensei em desistir. Fui covarde em acreditar em suas palavras e apodreci.
Sinto saudades de nossos sorrisos, por você quase morri, já não sei se sua arrogância me faria agir assim novamente. Hoje sofrer já não é uma realidade, devo caminhar e fingir que tudo está bem. Plastico, orgânico agora tanto faz. Já não estou mais aqui.
Fecho os meus olhos e sinto tudo aquilo que um dia foi felicidades fluir em lagrimas. pensei que era feliz, mentiras e todos os dias a mesma merda. Movendo em falsas esperanças. pensei que ia perder tudo, perdendo você. Estou sozinho agora, e não preciso de conselhos de como devo sentir, não preciso de seus olhos para me dizer quem eu sou. Quebrando vidraças de uma vida mal vivida, apertando todos os sentimentos para quem sabe explicar os suspiros vindo de meu peito.
Espere, aguarde o que ainda está por vir, não posso te falar se é de verdade, mas posso te dizer que é de coração. Sempre irei lembrar.
Uma vida de ilusão, mais do mesmo e um não, tem certeza que foi verdade o que me disseste naquele telefone? Diferenças entre nós sem saber, sem nos ter. Erramos.
Outra chance, outra vida, pensar demais. Novas promessas vem nos brindar.
Queria poder lembrar da última lagrima. Queria poder lembrar do último abraço. Queria poder sumir com tudo isso. Apenas sumir.

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Uma rua, histórias e alguns copos.

Longas vias, trajetórias inconstantes, movimentos nem sempre calculados. Ventos frios que alimentam um sorriso.
Diferente a cada dia, em sombras do vale da morte, sempre perturbando. Sempre por perto. Mas antes que saiba, não possuo tanto ódio assim, dentro de mim.
Lunático, poções em que bebi, revitalizou, sangue em todo o lugar. Me sinto preso, me sinto deslocado. Ventos que me levam a onde sempre quis estar. Aqui.
Goles, beijos, passos. Sons, magias e vivemos pensando em morrer. Pra mim é simples ignorar, virar mais um copo e esquecer, novamente.
E antes mesmo de me perguntar, já sabe, impossível não ler em meus olhos. 
Ainda assim me perco dentre tantas ruas, deixo o vento me levar.
Nem tudo é real, nem tudo parece ser como é, ninguém nem sempre vai saber. E que bom seja assim, me permite caminhar muito mais por aí. Perdido, sabendo onde estou.
Mesmo envolto nessa multidão, mesmo aqui, gritando em silencio, nos encontramos em decepções que fazem crescer gole após gole.

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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Inferno em lágrimas

Olhos olhos, vejam, enxergam, vocês, alguma história. Entre outras conversas. Cantos, choros, emoção.
Olhos que não veem, olhos olhos. Aqui jaz, não mais, vocês.
Grito, canto, por um segundo deixo de enxergar. 
Ficamos cegos sem saber onde a dor sai. Mas seguimos e sorrimos em meio ao caos.
Trágico mágico em perceber novos sentimentos e viver. Saber. 
Aprisionados em meio a tecnologia, sugados no meio do saber, da burrice em não ver. 
Abençoe essa Alma que aqui purga, que pede socorro, que aqui tudo olha, tudo vê.

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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Cidade de ninguém

Uma cidade que engole, uma cidade que acolhe. Por muito tempo fiz aqui um escape, por pouco tempo, não quis pisar.
Outra dimensões, diversos sentimentos e como pode em esquinas desconhecidas, machucar tanto.
Uma cidade cinza, uma cidade pequena demais para tão grandes arranha-céus. Onde o gosto amargo do álcool se dissolve em palavras acidas que corroem. Caminhar até sangrar os pé, iluminar olhos quaisquer. 
Houve lagrimas, sem ar precisei não ir, não consegui nem ao menos lembrar. Que bom que és tão grande que nem deu tempo. Outro dia e uma nova explosão.
Uma cidade medonha, uma cidade de zumbis. Filas acumulam medos, estresses que aumentam a ansiedade em fazer dar certo, mas pra quem? 
Ignoramos tudo, esquecemos da essência. mas ninguém se importa quando apenas se é mais um. Só mais um em um milhão. 
Abraços perdidos, amor em pontos de ilusão. Outra cidade qualquer. 
Se não faz diferença ficar, aquieta-se, por que aqui, você já não é mais ninguém. Não para nós. 
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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Hospital de almas

Multidão em movimento, parados, aglomerados em pensamentos mútuos, rotinas desgastantes. Indo para o mesmo lugar. Luzes que cegam, frio que queima a retina. A falta que me faz enxergar, você me trouxe a beira do abismo, dilacerante, agoniante. Um aprendizado cujo o qual precisei passar para finalmente crescer.
Não foram poucos que tentaram me calar, mas posso ir além em paginas onde muitos jamais irão entender. Faz parte, dormir no inferno, olhar no espelho e não me reconhecer mais. E um dia mais sem viver assim. Tão diferente quanto eu imaginei estar. 
Tudo vai mudar então, outra vez, recomeçar e desfilar sobre mares de almas. 
Olhos pequenos sobre meu gigante ego, e recomeçando em seus beijos. Agora de volta ao mundo, quem poderá me parar?
Só quem já esteve perto da morte conseguirá entender, possivelmente, você também. E quando parecer o fim, o ardor te faltará aqui. O motor em movimento parou a algum tempo. Sobreviver ao limite. 
Chegando aqui digo que por fora somos todos podres, iguais e desleais. Que bom que não pertenço a esse lugar. 
Construir, diferente de tudo que jamais sonhara. e quando cair, lá estarei. Sorrindo. 
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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Águas salgadas

Em um jogo sem fim, diante a melancolia passada, o sorriso de um presente tão gostoso quanto o vento de inverno. Solitário em palavras minuciosas, transparente, não precisa saber de mais nada. Viver basta.
Uma miragem em toda minha insegurança que já não cabe em um copo. Você não tem a respostas, diferentes caminhos, não basta. Hoje não basta seguir, corremos entre sorrisos. Basta viver.
Conheci a escuridão dentro de palavras, sangrei em lugares em que ninguém jamais ousou em pisar. Sobrevivi.
Diante rios, curvas sem donos, esquinas de esquecimentos, descemos outra ladeira de uma nova dimensão, incorporados no amargo do café. Já não te ouço, de outra forma e dizer, negarei então a existência, mesmo me fazendo crescer tanto nessa cidade. Modificar.
Consequências de leituras oblíquas, ideias que me formaram quem hoje sou, o bastante para viver outra fase.
Se só o amor nos salva, me de a mão, veja o nosso tempo se transformando em energia. Sem medo, sem remédios, só ondas quebrando, geladas e salgadas. Fugas em que me perdi, caminhos que me deixei perder.
E eu jurava que meses demoravam anos, diante promessas invisíveis. E a cada passo, tudo voa, inclusive o tempo. A cada passo vejo que um sorriso já me basta, pra viver.
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sábado, 13 de maio de 2017

Outras quinhentas mentiras esquecidas

Portões fechados, lacrados por anos, uma vida cinza, opaca e em muito tempo assim permaneceu. Mentiras que me disseram, que tudo ia melhorar. Mentiras.
Correções cotidianas, falha incrédulas. Mas vai ver é assim mesmo, normal.
Quando decidi respirar, um furação na cara, medos, anseios e novamente a falta de ar, por outros motivos. Mentiras.
Onde um gigante que está dentro de mim, sumiu, onde Brutos em minhas costas esfaqueia-me depois de tempos. Consumir a alma, estraga o corpo.
Em um milhão de vezes acreditei, por vezes jurei ver cores nesse céu, mas não passou de um sonho. Um pesadelo que nem sei como me proteger. Mas acordei entre mentiras e cobras.
Horizontes distantes de uma realidade triste, cega, ordinária. Frágeis são as mãos que encostam em mim, sem perceber, entorpecido em tantas outras drogas.
Luz do dia, não me deixa enxergar o demônio em minha frente, dentro de mim. Me deixa respirar, me deixa sair daqui. Cicatrizes abertas, dedo na ferida e outras mentiras vividas em frases de seus olhares frios.
Correndo entre mortos, descansando nas explosões do inferno, em meio a erros, gritos, berros e alguns sons para finalmente acordar.
Nas sombras dessa escuridão quase morri, escolhi enxergar o fundo desse poço imundo. Mãos estranhas me acompanham. Erguer-se, castelos esquecidos dentro da minha cabeça confusa. Bebidas com gosto de morte e passos cansados.
E em mais um dia comum, como se nada tivesse acontecido, deu-se o sentido disso tudo, Continuar e acreditar, na esperança, no final de mentiras.
Alivio, ao apagar de luzes, confusão na multidão, a voz finalmente se calou. Desisto de entender, apenas caminho por águas salgadas, engraçadas de como agora vejo-me em espelhos. Nítidos, segredos que não existe.
Céu azul, desabando em sorrisos, é só mais um dia. Melhor que você, pra mim tanto faz, sei que não é tarde para correr. Tanto faz, está tudo bem.
Estalar os dedos, atiro-me em ondas desconhecidas, fugir da certeza em que tanto me machucou. Doeu, passou e aqui estou, muito melhor depois dessa tempestade de mentiras.

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pertubações internas.

Em dias que nem nós mesmo podemos explicar o que acontece, o que se passa entre pensamentos, vontades e algumas atitudes. Melhor respirar, ou deixar, sufocar. Duvidas cotidianas, e ninguém sabe se irá acaber bem. Não quero saber pra te falar a verdade.
Tão conturbado quanto o estupro matinal de noticias perturbadoras, assustadoras. Ninguém tem que se meter, ou deixar, sumir.
Mas sempre que der vão tentar novamente te derrubar. Hoje é mais um dia desses.
Citei abismos, citei a derrota em quedas proveniente de repulsa em nojo do presente. E o amanhã é tardio. O passado doentio, mas posso ver que ainda não perdemos. Ainda.
Viver no meio de teias hipócritas, entre espinhos e facas. Sob fumaça toxicas de pessoas que nem deveriam estar aqui dentro. De mim, de nós.
Ocultei as frases, disfarcei todos as falas em letras cursivas que provavelmente ninguém verá. Mas espere até a hora certa. De revelações onde o "isso" não será mais nada. De novo.
Lembre-se que o que é importante pra ti, não interessa o mundo. Mas assim como eu, sei que você pensa na mesma saída.
Cruzar a ponte e de novo um foda-se. Uma nova paz caótica, aquela que nunca saiu dentro de ti.
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domingo, 30 de abril de 2017

Abismo.

Dores, pensamentos, dores, você não sabe nem a metade disso. E então, viver em paz para poucos e omitir talvez seja a opção correta. Aqui já não mais.
Tonturas sob outros copos cheios de aquilo que já não nos importamos, já não nos faz viver. Estranhos na mesma rua, estranhos de alma e aqui já não faz diferença alguma.
Tempestades virão, morreremos todos aqui, está tudo bem. Hoje a visão do amanhã, hoje a mente está tudo bem. Tudo bem em viver. Ou não, sempre uma incógnita.
Em tudo que ver, em tudo que me fez escutar, e o que tudo isso importa? Me aprisionei, a razão já aqui não está, me machucar, errei, onde cheguei, mereci e venci.
Viemos para falar, machucar, viemos para dizer que nada disso foi como esperamos. Aqui estamos.
Não mais, nunca mais, de novo o mesmo.
E o que você mudou? Jamais serei essa resposta, nunca serei sua resposta. Pra nada.
Antes de mais nada, nunca mais,
Se você soubesse da metade, nunca saberia um terço dessa dor. Sem paz, sem nada. 
Talvez quando olhares cruzarem, talvez quando você se enxergue humano o suficiente, daí então se encontre, talvez então consiga dizer que o erro foi seu.


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sexta-feira, 14 de abril de 2017

2.16

Quem sabe você saiba de tudo que passou por aqui. Não te julgo por discordar, por as vezes julgar também. Quem é que sabe.
Nuvens cinzas completam o céu, meu ar. 
Não tenho muito pra mostrar, alguns dizem ter muito. Muitos apenas leem e interpretam como se deve. 
Mares profundos, e vejo de canto um outro lado de possibilidades, arrogância e mais um respirar.
Foram os goles mais amargos, os sorrisos mais falsos e ninguém ao lado. Socos na areia, incompleto e morrendo aos poucos, matando uma alma que cansou de sofrer.
O problema não é seu, nem de ninguém, trancado e calado. Melhor assim. Sem incomodar, o prazer na toxina que é viver. 
Proteção minima contra o furacão, a dor já parece não incomodar. Mas está tudo bem, parece estar tudo bem.
Nuvens negras tomam o céu, falta meu ar.
Festas, ignorar, esgoto a céu aberto e fingir que ta tudo normal. Você deveria olhar pra si mesmo e enxergar.
Já não importa quantos abraços, sempre o mesmo. O desespero em não saber, a certeza em ter o que fazer.
Muitos não entenderiam, outros só julgariam, mas um dia direi como a história terminará. 
Se além de tudo isso fica o aprendizado, não sei, você um dia quem sabe. E um dia quem sabe, eu te conto. 
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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Simples de acontecer

Razões para sumir de todos os olhares alheios. Razões para sorrir.
Objetivos traçados, alinhados na pura teoria em que tudo acabará. Sonhos que nos fazem não parar de acreditar.
Mas vá por mim, tudo ficará bem.
Opções para de fato fazer doer. Opções para definitivamente esquecer.
Em caminhadas trilhadas, em gestos que foram feitos no cotidiano mais sortido, relevante.
Acredite em mim, conseguiremos no fim.
Em espaços multiplicados por sorrisos, em crateras internas de nossos ruídos, um dia silenciará o não dito.
Sussurros, ventos e outra manhã de sol. Abraços, chuva e lá se vai a noite encharcados de verdades.
Espere, tão devagar quanto um relógio, espero que tenhamos então o tempo todo que passou.

Chegando bem perto do mar, lá onde talvez ninguém irá acreditar. Nem em mim, talvez nem em você. Um ansiedade que grita, gritamos e o eco expande razões, objetivos e muitas opções.
Mas olhe pra mim, ouça minha voz, vai ficar tudo bem.
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sábado, 1 de abril de 2017

Entre espelhos

E se não pudemos mais pensar, em mais nada. Se ao menos não pudemos ao menos falar, o que pensamos. 
Talvez se não pudemos andar mais. Ou pelo menos se não ficássemos parados, estagnados em nossos universos paralelos.
E se não pudemos mais sorrir. Talvez se não fosse tão falso quanto o fazemos todos os dias.
E se parar de respirar fosse um alivio? Se ao menos não doesse tanto. 
Dizemos que seria muito fácil, quando na verdade é um choque pensar que não. 
E se pudéssemos voar? Tudo seria mais fácil? Justamente quando não queremos nem sair do quarto nesses dias cinzas.
E se pudéssemos ter o poder de mudar o amanhã? Como faríamos se ao mesmo tempo queremos voltar para o ontem? 
Parar de olhar, para de sentir, ou voltar a dor de outrora? Deixar de demonstrar, deixar de sofrer ou viver sem luz, insosso? 
Já não possuo resposta para nada disso, continuo aqui percebendo tudo mudar e nada se transformar, uma mesmice. Poluição dentro de olhos cansados, destruição ambulante em uma mente já dominada.
Em tempos que tentar fazer e conseguir é ao mesmo tempo o querer e não o ter. Por isso eu entendo a dor, e compreendo o que está prestes a fazer. 
E se eu te dissesse que faria tudo de novo? E se eu pudesse ter essa mesma coragem? 

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domingo, 26 de março de 2017

Caminhos esquecidos

Sem perceber, desistindo de você mesmo. Sem ao menos notar que o ar falta em todos os momentos. Pensamentos atordoados, em uma hora, numa explosão inexplicável, Sei bem como é querer fugir de tudo.
E não importa quantos dias te matam devagar, e tudo que você tem nem chega perto de um nada. Desistir já é uma chance de conseguir alcançar sua esperança.
E eu nunca acreditei em seu melhor, pra sempre nunca mais funcionou comigo. Em distancias eternas de sorrisos e dor.
Não há mais nada para dizer. E pra sempre nunca mais.
O interessante é o desinteresse em nunca dizer nem mesmo um olá, e a distancia dessincroniza o que poderia dar certo.
Olhos cansados, uma calma que não acalma lagrimas por escorrer nesse dia frio. Mas você sabe quem perdeu primeiro.
Outro saguão, filas e a espera de encontrar novamente o mesmo sorriso. Mas agora não dá nem para entender, quem sabe o tempo ajude a esquecer. Entregar a esse chão que me encontro aqui.
Folhas, areias, o mesmo céu, tudo foi embora junto comigo. Um orgulho que sobrepõe vontades e deixam marcas eternas nas pegadas escondidas em nossas almas. Tudo muito rápido, tão veloz em até mesmo esquecer. Nunca mais o sempre. Pra sempre, nunca mais.

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sexta-feira, 24 de março de 2017

Amnésia

Ponha então, distintos segredos em novas leis sobre nós. Lágrimas em seus retratos, mas com o medo me corrompe, guardo então todos meus venenos em copos descartáveis. 
Sem chão, todos os nãos. Um dia a menos, roboticamente treinados a sorrir, impedir de sermos feliz. Insistir morrer, torne-se menor, mas sinto-me maior do que os remédios que me fazem dormir. 
Fugir, resguardar as lembranças que já me fizeram viajar em longas estradas de sangue, das quedas, das pisadas. Sufocado nesses ares, apavorados nessas falas e frases destorcidas.
Ladeiras, sofrimentos derradeiros, de baixo vejo morrer. De cima imagino como seria. Quebrar.
E como tudo mudou, diferente de seu deus. complicando músicas, analisando olhares vazios e cheio de escuridão. 
Alcançar o seu melhor, bem longe de mim. Me manter entre copos e o asfalto em minha cara. Trazer para ti o presente, enxergar em mim o passado, São espíritos conhecidos, sombras sob minha sombra, busquei e não encontrei até agora o caminho final.
Então ao meu redor, nunca foi de toda a sorte, facilitemos, seja como bem entender.
Verei o fogo que queima corpos de outrora, riram, o aconchego do inferno em letras arrogantes, distante e finalizadas em canela. Mais um dia, nublado, assustado com a necessidade de aprovação.
Você não precisa, sumo e descubro, consequências onde não há mais volta. Talvez seja a solução ideal.  
Em tratores de ilusão, o suor me lembra que a realidade é bem diferente do que escrevo. A quanto tempo não lê tudo isso e se sente em paz? Um hora muda, uma hora escrevo sobre outras coisas. 
Uma hora muda, descrevo o silencio e um final. Mas hoje não consigo lembrar de nada disso.
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quinta-feira, 16 de março de 2017

Queda livre em um abismo conhecido

Altura inevitável, perigosa, gostosa como andar por suas bordas. Risco que ouso em permanecer, continuar pensando apenas no fim. Nada de anormal.
Dinheiro algum me paga para te dizer, pra me sentir superior, ou simplesmente para não estar aqui. Tudo anormal, mas o que te faz sofrer? Mais uma vez você grita minha voz, distante estou. Cada vez mais distante estou, outra vez morro em seu lugar.
Fora do normal, distrações inconstante e outra visão do passado, agora não. Tudo normal.
E o que me faz sofrer? Já não importa mais, novos goles e a morte lenta caminha sob a altura desse prédio frio.
Normal.
E não faz muito tempo que me peguei pensando em você, tentei e desisti. Mas ao certo te pergunto qual a lembrança que nunca quer ir embora. Entre sombras e luz, entre o destino e goles, tudo fica muito mais difícil de aceitar a não pular daqui de cima.
Olhos se fecham, cabeça que não para de girar, e nada é pra sempre normal como dizemos um para o outro. Mas talvez sem nada disso, encontre sua paz.
Me recuso a aceitar, me recuso e não tornar tudo isso real demais para sentir a dor. Inquietude de pernas, moléculas partidas, e o resto de nada que sobrou aqui.
Lá embaixo, incertezas, medos e inseguranças de mudar o amanhã, minha mente e desejos. Carros passam em ideias obscuras, pessoas falando, sorrindo e frias como o ar daqui, Sem sentidos algum e já não me importa mais. Só vontades de sumir. E o que fazer?
Normal.
Se ventos e olhares se interlaçam, hoje é a minha vez de tomar um decisão, constante, covarde, tanto faz. Sem sentido, pouco importa, um inferno, uma viagem sem volta em sonhos. Ao menos, vou impedir de você me ver aqui. 
A derrota esplendida, a vitória diária, em gotas amargas e caras. Me afastar do que era meu, me afastar o meu eu do seu.
Agora me sinto completo. Livre em um fim.  
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domingo, 12 de março de 2017

Depois de tudo, viver se torna mais complexo mas não menos complicado de se entender.

Uma visão antes de voltarmos ao inicio disso tudo. Um último gole antes do fim, da morte, de onde começamos a esquecer disso tudo.
A dor que parecia ser eterna, hoje não mais. Não há mais nada em acreditar, você, não existe.
Perguntas sem respostas, certezas sem maldade, e um silencio corrompido com magoas que eu jamais queria viver, aprendi a conviver. Lidar com isso já é rotina, tudo vai passar.
Novos laços, respiração ofegante, novamente, dilacerante oportunidade em me jogar no vazio.
Aparecer sobre o luar de teu ver, tentar e não ter. Persistir, é preciso, um sonho utópico em amar.
Surpreende-me, pare toda a emoção por segundos em olhares, insegurança congelada sobre o céu, ansiedade enterrada debaixo de sete palmos, hoje nada mais nos tira daqui, hoje nada mais te tira de meus braços.
Se é estranho as coisas mudando de lugar, é normal que mudanças para melhor esteja pintada em rostos alegres, diferentes de ontem.
Então viva, apenas viva.
Atordoado sem razão, seguimos então em pedras, rasas, frias e deixamos pra trás o medo. Gritar, passar, frieza nas mãos.
Normal então, outro chá, nós e mais nada. Perguntas se tornam inexistentes, paradoxal, em linhas atordoantes, vejo o certo, hoje mais do que nunca, sorrir.
Uma e um milhão, um sim entre centenas de não, se for pra ser assim, então vamos.
Apenas vamos viver, apenas viva.
Voz rouca, dor no limite, fico aqui. Vivo. Completo.


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sábado, 4 de março de 2017

Orgânico


Não foi fácil, talvez nunca será, encontrar algo ou alguém assim. Turbilhão de sentimentos em mensagens subliminares que jamais serão decifradas.
Onde sorrisos se alongam com longos choros e falta de ar. A falta que isso faz, a falta que você me fez.
Hoje tudo é diferente, estranho de se argumentar, difícil em falar, um nada. 
Se me dissesse que nada disso poderia ser mais forte, se me dissesses que naquele dia teria que ir. Um outro dia poderia amanhecer mais claro, mais reluzente.
Se eu soubesse tirar os sapatos e ser real, se eu de fato pudesse deixar meu orgulho longe, talvez seguíssemos como antes, sorrindo.
Enquanto o tempo passa, a ofensa parece maior que os abraços, o caminho parece menor do que realmente foi. Passageiro, ludibriado por ações que eu nem sei se foi real, Passado.
Trilhos e vagões deserto, com cicatrizes manchadas, semi abertas, automático como a antiga ignição de nós dois.
E chega a ser estranho olhar para o lado e se sentir bem, é tão estranho não lembrar mais de você. Melhor assim.
Insistir em um não, e não abrir os olhos para tudo aquilo que realmente quis, nunca tive aqui.
Mergulhos, comunicando-se com o exterior, meu interior obscuro. Se deixou de fazer, esquecido e abandonado, um universo perdido.
De acordo com o ditado, faz e diga logo, larga-se o foda-se. Mas um fato que nunca tive a mão, apaga-se agora e o tapa na cara ainda dói.
Dessa vez um fechar de olhos, dessa vez não lembrar significa, um nada. Obsoleto de ideias que nunca fora postas na mesa.
Falta de intelecto, falta de maturidade e a falta que tudo isso faz.
Coerência zero, um gatilho disparado, lançado ao futuro, mas quem sabe?
Um milhão de pensamentos e apenas um para me fazer suar frio, esqueceremos no próximo metro, no próximo trago e com o amargo dessa bebida.
É estranho, mas ficamos assim então, genérico e artificial nas palavras, verdadeiro e orgânico em letras e versos. Quem sabe um dia tudo faça sentindo, quem sabe um dia. 



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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Morte

Talvez eu nunca tenha mudado, talvez o pote esteja quebrado, ou simplesmente nunca nada disso aconteceu. Na minha cabeça é como se as cores sempre fossem escuras, inexistentes.
Mas esse lugar sempre foi estranho, pego minha mente, explodo no copo de alguma coisa quente. Amargo, puro e dilacerante.
Tanto faz onde, a cada respiração mais próximo chego desse final esperado. Foda-se toda essa segurança de olhares que te querem bem. Mentiras sujas corrompem.
Amo odiar, não posso aguentar isso mais, dia após dia tropeçando em fracassos rotineiros.
Carregando fardos de estranhos, rasgando pensamentos nas entranhas eternas. Vida se esvaindo e a lama dizendo que está certa em engolir tudo isso.
O fazer se torna real, de novo, razões para tentar e então, terminar.
Esperar não é uma opção desde que o motivo principal seja, ouvir, ruir. 
Só queria que minhas palavras fossem do tamanho desse mundo, o grito eternal subjugado em constelações que mais tarde, verás ao olhar para cima e talvez, lembrar que eu nunca tivesse mesmo mudado. Ou ninguém ao menos tenha percebido que hoje fora tarde demais.
 
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Do outro lado do desconhecido.

Usuário em comum de uma dinastia distante o bastante para uma aproximação. Excluído, afastado de todo um mal para talvez nunca sofrer por algo que nós, meros humanos já passamos.
Lágrima rara, especial, que não valeu um centavo, por você, por nós. Que bom que nunca saberás.
Porém, o relógio é rápido, a vida te reserva capítulos que jamais temerás, onde possivelmente não precisarás percorrer. Não sei.
Vivi o suficiente para te dizer, não valeu a pena nenhum sorriso que te dei, pra você, para tudo que nós fizemos. Roube então tudo que precisa para fugir daqui, desse maldito mundo de desilusões. 
E não é porque te vi aí parada, conselhos de vidros, cacos quebrados no início dessa página. Arrisque e veja por si só.
Raiva sob botões, ao menos uma vez consegui chegar perto do fim, para um sempre, para todo o sempre. Só porque nunca nos abraçamos, não quer dizer que não posso te dar minha mão.
Cartas escritas de lápis, facilmente apagadas da sua memoria, não é de se surpreender. Se somos então tão distintos, maldito fora o tempo que nós fizera um só. 
Ventos nos cabelos e a opção de fazer um hoje diferente. O presente começa a se abrir pra mim.
Diante de um inferno, onde seus olhos me perseguiam, sobrevivi as milhares de palavras, as centenas de desgraças e isso inclui, você. 
E ainda são tantas coisas a dizer, e não posso negar que é melhor assim, Distante. 
Inevitável não escrever, logo nesse mundo distante o bastante para uma aproximação.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Tão longe que nem mesmo meus olhos podem alcançar.

Oriundo de profundos pensamentos, surgiu então de repente, uma imensa vontade de proferir palavras, sons vindo de lugares jamais visto por ti.
Um inferno de tensões, um mar de lama chamado você. Ontem só fui mais um, hoje provavelmente não sou ninguém. Mas faço-me notar, até mesmo com um olhar.
Livre e concessões involuntárias, por favor, me faça um favor de segurar meu copo e me espere.
Não posso deixar de te falar, não perdi nada até agora, não perdi você. Até porque nunca te tive. 
Devolva-me o ar, sente e agora escute, espere por algo novo, um novo eu para te deixar passar.
Vindo do mar, imagino, naufrago de mim mesmo, nado em vão. Chego e não vejo o chão. Fazer por merecer como ontem sempre o fiz, posso muito mais.
Vire, olhe, é assustador. Vire, fale, não vai a lugar nenhum. Quem disse que vamos acreditar? Tente de novo. Não o faça. Está me ouvindo falar? 
Escondido em sombras perdidas, um novo país, uma nova vida. Esse sou eu, novo eu, voltas e mais voltas para me virar e assustadoramente sem chegar a lugar nenhum, acreditando e tentando fazer-me ouvir.
Enquanto houver um copo cheio, permaneço, em ti. 
Até onde eu enxergar, o tempo passar, avistar o amanhã, tentarei sorrir.
Passo a passo em acreditar, amar, seja como for, seja por fazer valer a pena. Simples como esse lugar.

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Algumas verdades agressivas que você merece escutar.

Eis que não consigo te achar mais. Nem em mim, muito menos nos meus sonhos. Acabou, não pertence mais, ao menos pra mim.
Conclusões tiradas ao longo dessa jornada inativa, viva em um passado importante pra mim, inacabado e fútil pra ti. Hoje percebo que eu me afundei em lama, abismado no fundo de um poço que mesmo cavei. Não mais.
Entre as profundezas do inferno, entre suas palavras vazias me questiono, chego em vidas que não são pra mim. Passado que não fiz questão de reviver. Um futuro bonito pra você, assim como você merecer, já que hoje não depende mais de mim te auxiliar, ajudar a quem não quer ajuda.
Mas vamos lá, não importa, não me assusta mais, toque meu rosto, me mantenha longe de qualquer coisa que lembre sua vida.
Não há mais fotos, estrumes que sempre disse, burrices nas frases proferidas, qualquer um conseguiria tocar sua face. Mas vejo que não, não valeu a pena nenhuma dessas mentiras, suas mentiras.
Dei o que podia, queria o impossível, o que meus olhos nunca enxergavam, outro mundo. Pedir como, se paredes não falam.
Nenhum senso do correto, mas mal posso esperar pra me entender, para entender o que fiz comigo mesmo, não valeu nada a pena. 
Dias que pareciam anos, quando parava de respirar, o dia amanheceu e me fez perceber que os anos eram na verdade dias, passou rápido, sumiu em instantes. Evaporou.
Onde todas as fumaças se misturam e o cheiro se liquida em um nada e de que adianta falar? Evaporou.
Como andar na praia, como ter a alma de volta, a sombra sobre meu corpo, livrando-se de uma doença e você nunca se importou. E por que agora eu iria querer contar toda a verdade? Por que é assim que se faz para se dizer adeus.
Precisava gritar, explanar, e em poucas palavras um jargão, uma indelicadeza que se apropria dessa situação, uma agressão quase igual as que eu vivi nesses meses. Em poucas palavras, as mais sinceras que você merece ouvir: Você é lixo. 
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Mais forte que uma dose, mais intenso que um abraço

Finalmente uma vontade inexplicável de respirar. Voltar ao normal. Tudo igual.
E ao cair da noite, você. Tons relevantes, tanto quanto o soar de sua voz em mim. Mas antes, antes que eu me esqueça, um gole. Um trago ou mais forte que isso, um pensamento.
Estranho como as coisas mudam assim, devagar, um novo olhar para o céu, agora escurecendo. Ludibriado pelo calor, falei exatamente o que eu quis te dizer. Antes de mais nada, antes desse efeito passar, vamos aproveitar. Você e eu.
Seu gosto doce, suas mãos em meu corpo, leve, eroticamente romântico. Ficamos então assim, sublime.
Me dê o máximo que puder, só me deixe saber que está tudo bem, assim. Deixe-me te descobrir, deixe-me te dar prazer.
Os olhos revirados, as mãos agora entrelaçadas e o escondido sorriso que aqui temos. Façamos eterno, tornaremos inevitavelmente inesquecível. 
Um ar que ontem me faltava, hoje me sobra, sopro no canto da sua nuca, um problema difícil de identificar, expondo limites incansáveis, não dá pra dizer não. Deixa assim então. 
Cores vivas, um pouco mais de vinho, um pouco menos de tempo. Unilateral e absolutamente vulgar.
Espalhados como amantes, perdendo totalmente o controle de músculos, de palavras. Vamos apenas então, voltar para o paraíso, vamos voltar para dentro de nossos olhares. Onde parece tudo igual, normal. Só me diga o que vê, só me diga sim, outra vez.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Normalidades nesse inferno constante.

Perto do fim, perder o que já não se tem. Palavras que mergulham em profundezas inalcançáveis.
Hoje não consigo te explicar mais nada. Hoje não mais.
Dores incomodam, a morte ronda e isso é uma rotina constante. Nenhuma novidade por aqui.
Onde não há ar, lugares inabitáveis, quando o tempo se esgota em minhas mãos. Já vi isso, não tem nenhuma novidade nisso.
Parece distante, a ajuda é inútil, ao menos neste lugar, ao menos aqui dentro de mim. 
E se é assim que tudo deve acabar, por que então se preocupar. Olho pra cima, e não existe novidade alguma aqui.
Rasgo cartas, talvez seja melhor, desisti. Perder e você, a escuridão.
Estou tornando tudo mais fácil, apenas aceite o meu adeus. 
Só tenho algumas lembranças, escritas em folhas sujas com canetas roubadas. Te prendo junto a isso, mas o final se encerra junto com o ar em meus pulmões. 
Um soco, uma aguda dor, deito e espero, quem sabe veja alguma novidade nisso tudo. Agora não.
Cigarros, drogas e bebidas, espalhadas como minhas memórias. Me perdi como meus passos nesse quarto.
Mas eu tentava dizer algo, gritava por frases feitas e desfeitas para nós. Silencio que grita em luzes apagadas no mesmo comodo em que prevejo todo esse fim.
Apontar, mirar, pensar. Longe de ser uma novidade.
Anjos da morte nesses olhos, inferno queimando em letras decisivas, Argumentos fortes para uma emoção perdida dentro de mim.
Chegando ao fim, inquieto mas certo de que será melhor para todos. Ao menos, agonia e a falta de ar deixarão de me acompanhar. Já não suporto mais. Mas como vocês sabem, isso não é nenhuma novidade.
 
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sábado, 21 de janeiro de 2017

Complicadamente simples.

Retroceder olhares, atingir o outro lado da rua. Voltar em palavras, alcançar o que antes pareceu tão difícil. Agora seguimos para um novo começo. Inicialmente verdadeiros.
Onde canções já não nos surpreende, onde vontades consente, não poder. Por passos que julgam, por frases que impedem toda a dor de voltar. Aqui.
Lembranças, cólera dos cegos, vacinas para os que não querem prosseguir. A lama que afunda, também revigora. Escolhas que nunca sei como e onde toma-las.
Trejeitos, maneiras que ninguém cativou como você. Por do sol e sua risada.
Porém, mudar é preciso, tentar é querer. Ficar mais perto é como se todo o mundo girasse sob nossos olhares. Paremos no tempo e perdemos o brilho em cada despertar. Sonhos irreais. 
Ontem não volta, e o hoje é uma incógnita. Ao menos mais maduro, respiro sem ajuda de aparelhos nessa rua deserta. 
Por hora, poucas palavras escritas, dentro de uma eternidade no meu peito. Deixaremos fluir. 
Vai ver é pra ser assim, vai ver é assim mesmo.  
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Estações

A mesma data. O fadigo dia. A última lembrança. Ensolarado então seja o velho comportamento em forma de pensamento. 
Contornando sentimentos, analisando sensações, volto a mergulhar em ti. 
Chegando a saída, corredor beirando ao infinito. Sorrisos, olhares e vestidos. Por que comigo?
Quinhentas vezes, vazio que corrói. Sai o Sol.
Entre estações de trem, de ano, de humor. Confusões de olhares. 
Onde ser bilateral é tão normal quanto lagrimas sobre esse caderno sujo. Copos cheios e a tristeza do amanhã.
Pontos cardeais nunca indicaram a direção certa. Perdido então continuo nesse mergulho sem fim, Em mim.
Hoje, após três dígitos de dias, datas esquecidas, não importam mais. Maré calma.
Tudo o que o verão queimou, a beleza de um outono pode revigorar. Bastar querer, basta fazer acontecer. 
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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Isolado em mim. Livre de você.

Atitudes heroicas entre celas de solidão. Muito mais forte que seus próprios pensamentos, nada além de seus castelos feitos de areia. Palidez no olhar, cinismo nas palavras. Prisão dentro de um peito vazio.
Desculpas para satisfazer um ego constante, gigante. A melhor parte de mim.
Ficamos distantes por vezes, já não sei mais o que é o toque do telefone. Mais um cigarro, menos uma alma.
Tenho tudo que preciso, não tenho você. 
Janelas quadradas, a luz que se ajeita como o céu. Vazio aqui já descansa. 
Sobre verdades, cachaça e um sorriso de plástico, seguimos, fingindo. Querer, saber mais e ignorar.
Nunca foi fácil deixar, mas sempre é preciso lembrar de todo mal que me fez.
Próxima parada, paz. Nem sempre soube como se pronuncia, nem sempre soube o que seria. Não seria agora, dor descreve.
Os pulmões ainda carregados de suspiros, falham ao parar. Desejo limitado em viver.
Cerro os pulsos, foram os dias, cansado de te ver passar. Assimilo derrotas, construo minha chance de mostrar tudo ao contrário. De uma só vez, dignidade e uma saída dentre essa cela corrosiva. Uma saída de você.
Pare de entender, parece que nunca mais voltou. Mais uma vez, respire e volte a enxergar. Eu. 
Nunca será tarde para viver neste jardim. 

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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Socos no vazio, queda sem um chão.

Questão de tempo, questão de sabores. Em suma maioria, aprendemos diariamente, o amargo, a queda. Aventuras diárias, crescemos momentaneamente. 
Difíceis decisões, jamais sentir novamente. Juro não comprometer. Expugnar a alma em lama.
Aprender a deixar, chorar e então voltar a caminhar.
Te dei exatamente o que preciso, para toda a minha vida, só você não viu. Ninguém acreditou, e, eu então o fiz. Só você não viu.
Por horas, questão de olhares. Ao todo, enxergamos o que queremos. Distante, ilusões, particularmente, aleatório. Sobre o mesmo refrão, aquela velha canção.
Sobre o céu queimando a mente, sob nuvens imaginárias, e seu habito de fingir quem nunca foi. Tédio pregado nessa mesma ilusão.
Quem perdeu mais? Onde fostes parar? Você sabe.
Lacunas segmentadas no vazio de nossos passos. E é apenas questão de tempo para tudo desaparecer.
O tudo que sempre fora o nada. 
Em uma batalha curta em que apenas houve perdedores, por sorte, me levantei, ergui o mundo e segui. Só não perca essa mão que sempre esteve aqui, hoje, em questão de tempo, some em horas. 
Renascer, crescer, viver. Já que não demorará muito para novas batalhas. Sem você.

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