domingo, 19 de agosto de 2018

Escudo

Não lembro de pedir pra você ficar. Não me lembro de querer me levantar. Sentir meus pés ao chão, já não sei mais.
Por medo, ou se o vazio, frio, me corroeu por dentro. Ninguém me dirá como fazer, como ajudar.
Queria poder caminhar, mas hoje, gotas de sangue respondem por mim. Todos os dias.
Com um mundo covarde, em corredores escuro, na penumbra esquece o mal que aqui me fez.
Te tirar daí, me levar a sorrir, outra vez traçamos planos.
A dor que me destrói, caminha de frente ao meu rosto. Com o gosto de cinzas, que nada existe aqui. Só nós sabemos, mas não me deixe aqui outra vez.
Estes olhos cansados de te olhar, estes olhos cansados de chorar. Rumo ao sol e nada mais que isso.
Me tira daqui, me leve contigo, maquinas de outrora me mata aos poucos.
Por migalhas, sem abrigo algum entre almas. Malditos seja o ontem, queimando a sanidade de hoje, distantes visões.
E tudo aquilo que sinto, não valeu de um nada. Longe de tudo, em costas queimadas.
Mas como não alimentar que amanhã acabará de um vez? E que assim seja.
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domingo, 5 de agosto de 2018

Círculo

Novas ações, mesmas palavras. Sob minha pele, já não habita mais aquela pobre alma prestes a morrer.
Mesmas situações, novas escolhas. Talvez eu não tenha o mesmo fôlego para renascer de novo. Então por favor, me deixe ir, antes que eu mesma decida ir.
Sozinho.
Não mereço te ter, hoje decidi cuidar mais do seu coração do que do meu próprio. Mas esta pressão já não cabe em mim, não cabe em palavras nessa carta.
Antigos medos, novos lugares. Acho que não fui claro, todas frases sem contextos, sem mãos para me segurar, logo eu tão frágil em cair. Apenas tenha a ciência de que isso não é uma brincadeira.
Não agora.
Conhecemos os medos, descobrimos as falhas desse vidro destroçado por pedras, na vida.
Da vida.
Os mesmo anjos sem controle, caindo, falhando. Eu sei, tenha ciência, deixe-me ir.
Daqui, sozinho.
Dores, não posso mais voltar, não posso voltar aqui. Ruas estreitas, caminhos longos demais para continuar. Renascemos de novo, e de novo, as memorias estão mortas dentro de mim. Podres nos goles diários, hoje posso não aguentar mais.
O medo vai me movendo em dias onde é tudo tão estranho, tudo tão incerto e de uma forma desconexa, imutável.
Não me siga, não tenha-me como um exemplo, o oposto de tudo que hoje, que aqui neste lugar, sozinho, tem mais perguntas que você.
Troca a música, muda a página, nada muda.
Não aqui dentro, em mim.
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