domingo, 23 de julho de 2017

Respiração ou a falta que ela me faz

Tudo é tão quieto, teu suspiro, nunca pude chegar perto. Tão perto do céu. Prezo para que o fim seja próximo, talvez, esta noite.
Aos poucos escurece, dentro de mim, velas acessas e a chuva cai lá fora. A hora chega parar, rezo, talvez, amanhã. Termine.
Em luzes, sons, respiração. Dor.
Acordes já não dizem mais nada, as vozes não dizem mais nada. Apenas um respirar, fraco, cansado. Tudo não faz mais sentido.
Covarde seja, coragem nos falta para tomar uma maldita decisão. Te entendo.
Tome de volta, jogue, brinque. Perto das estrelas chegamos. Ou ao menos, tentamos chegar, mas por hoje, caminho longe daqui. Me despeço sem dizer adeus.

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sábado, 22 de julho de 2017

Gritos no escuro

Todo dia uma nova caminhada, novos lugares, os mesmo lugares, lugar nenhum. Impossível não passar desta linha. Quem seria você?
Pensamentos vagos, sóbrio, tão alcoólico a ponto de me fazer esquecer a escuridão desse quarto.
Olhos me enxergam e fingem que não me veem. Assistem uma luta diária contra mim mesmo. Cada dia mais inflamada e alterado. Todo dia a mesma coisa, um soco atrás do outro. E o sono agora não me satisfaz.
E sobre minha cabeça a velhas crenças, malditas, ingratas que o que menos me trás é paz. Hoje já não sou o mesmo de ontem.
Desgraçada promessa, continuo aqui, sujo, imundo mas caminhando por diversos lugares nesse mesmo quarto.
Largue tudo, levante, tente e falhe. Escute, o mesmo silencio.
E no chão, os velhos cacos de ontem, de mim. Não te reconheço mais, não me conheço mais.
Letras de confusão, escritas e difusões nas mudanças que insistem em jamais acontecer. Não posso esquecer.
Só não me faça me fazer voltar a me entender. Aqui no chão, talvez seja mais fácil dizer...
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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Sombras

Paredes sufocantes, não há mais espaço para nenhum outro pensamento. Calem a boca.
Aqui dentro não existe soluções. O ar me falta. 
Subindo nessa estrada percebo o quanto mudei, e quanto ainda é difícil de ouvir. Tua voz.
Onde tudo é longe, o espaço esconde mesmo dentro da palma de sua mão, acostumo e não percebo onde estava. 
Velocidade em passar, quase chegando e ainda estou muito longe de sorrir. Quem manda aqui sou eu, um eco bruto, percebo o quanto já esqueci. Vejo o sol sumindo mais uma vez.
Onde parecia um escape, não funciona mais, o ar desapareceu, de novo.
Grito para uma multidão de surdos, onde a ajuda já não é ajuda, parece tudo muito falso. Agora posso pensar nos meus sonhos mais temerários. Já vai chegar.
E isso sempre foi assim, parece que persistiremos. Fico perto do fim.
Nova estação, outra estação e a volta nunca fora tão longa. Não sabemos mais em quem confiar.
Se acabar com tudo isso seja a solução, que assim seja, se não hoje, amanhã. Dor perpetua essa alma escrava de cansaço em tentar viver.
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terça-feira, 11 de julho de 2017

Anne

Questionamento rotineiros, ilusões constantes, liberdade nos olhares mais puros que se possa sentir.
Sorrisos abertos, a brisa do mar em caminhadas sob essa areia macia que nos conforta.
Intensidade a flor da pele, hoje não vai acontecer nada de ruim.
Sol, luz, energia, forças diárias para me fazer acreditar que ficará tudo bem.
Ilusório, em instante tudo desaba tão forte quanto fecho os olhos. O preço de respirar, da dor, da sensação de querer saber, o fim ainda não está próximo.
Para onde estamos indo? Afinal de contas, para onde você me levou? Um desconhecido que me faz temer a falta de seus braços. Um beijo jamais terminado e tudo desaba como meus joelhos cansados dessa queda maldita.
Um buraco sem fim, um calabouço escuro e frio onde minha alma já pena em pensar em ti. Sem sombras, sem você.
Descubro que dentro de toda as adversidades posso levantar e seguir. Que por mais que doa, também renova. Revigora.
Aprendi a respirar de novo, a enxergar minha própria sombra e seguir. Caminhar nem sempre é fácil sem muletas, andar sem sua mão. Continuamos a viver.
Se hoje tiraste de mim antigo meu brilho, se mesmo assim as ondas circulam águas de sangue, que ao menos levem de lição que nada disso pode ser em vão. Temos que seguir.
E depois da morte, se nada ficar, que ao menos minhas palavras nestes papeis antigos e manchados, sejam eternas. Que ao menos essa eternidade alcance alguém.

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sábado, 8 de julho de 2017

5 letras

Pensando em voltar, pensando em recomeçar de onde nunca deveria ter saído. Do fundo do poço me vi em você, debaixo de toda essa merda vi você. Pensei nunca conseguir, notoriamente pensei em desistir. Fui covarde em acreditar em suas palavras e apodreci.
Sinto saudades de nossos sorrisos, por você quase morri, já não sei se sua arrogância me faria agir assim novamente. Hoje sofrer já não é uma realidade, devo caminhar e fingir que tudo está bem. Plastico, orgânico agora tanto faz. Já não estou mais aqui.
Fecho os meus olhos e sinto tudo aquilo que um dia foi felicidades fluir em lagrimas. pensei que era feliz, mentiras e todos os dias a mesma merda. Movendo em falsas esperanças. pensei que ia perder tudo, perdendo você. Estou sozinho agora, e não preciso de conselhos de como devo sentir, não preciso de seus olhos para me dizer quem eu sou. Quebrando vidraças de uma vida mal vivida, apertando todos os sentimentos para quem sabe explicar os suspiros vindo de meu peito.
Espere, aguarde o que ainda está por vir, não posso te falar se é de verdade, mas posso te dizer que é de coração. Sempre irei lembrar.
Uma vida de ilusão, mais do mesmo e um não, tem certeza que foi verdade o que me disseste naquele telefone? Diferenças entre nós sem saber, sem nos ter. Erramos.
Outra chance, outra vida, pensar demais. Novas promessas vem nos brindar.
Queria poder lembrar da última lagrima. Queria poder lembrar do último abraço. Queria poder sumir com tudo isso. Apenas sumir.

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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Uma rua, histórias e alguns copos.

Longas vias, trajetórias inconstantes, movimentos nem sempre calculados. Ventos frios que alimentam um sorriso.
Diferente a cada dia, em sombras do vale da morte, sempre perturbando. Sempre por perto. Mas antes que saiba, não possuo tanto ódio assim, dentro de mim.
Lunático, poções em que bebi, revitalizou, sangue em todo o lugar. Me sinto preso, me sinto deslocado. Ventos que me levam a onde sempre quis estar. Aqui.
Goles, beijos, passos. Sons, magias e vivemos pensando em morrer. Pra mim é simples ignorar, virar mais um copo e esquecer, novamente.
E antes mesmo de me perguntar, já sabe, impossível não ler em meus olhos. 
Ainda assim me perco dentre tantas ruas, deixo o vento me levar.
Nem tudo é real, nem tudo parece ser como é, ninguém nem sempre vai saber. E que bom seja assim, me permite caminhar muito mais por aí. Perdido, sabendo onde estou.
Mesmo envolto nessa multidão, mesmo aqui, gritando em silencio, nos encontramos em decepções que fazem crescer gole após gole.

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