sábado, 20 de junho de 2020

Quando paredes desabam

Não se vá, entre copos de bebida e fumaça de cigarro, procuro, em um caminho não tão simples.
Me busco, te busco em pensamentos, nunca encontro nada, nada além de sofrimento.
Mas estou aqui continuando, sonhando em sarar, continuando e talvez nem saiba que o pior passou.
E eu espero, e em algum lugar te busco para lembrar. Das brigas, dos abraços que não queria te dar, hoje sei o quanto me faz falta. Mas foi mais que um momento, hoje eu sei.
Sinto que passarei isso a diante, não se vá. E hoje sei que você queria. Lembro de pedir, lembro de ti pedindo, mas agora não há mais nada para fazer.
Em todo lugar te procurando, e você já se foi. Cedo demais, e eu nem tenho mais para onde ir. Mas vou. Sem você mas ao mesmo tempo te carregando. Dentro de mim.
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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Perdendo o controle

Há algo que eu gostaria de lembrar, alguns abraços, outros momentos felizes. Hoje é ok pensar que o normal, é anormal há algum tempo atrás. Não sei como suportar, mas aqui estou, em algum lugar. De baixo de uma ponte, destruido nessa alma.
A solidão é até ok, mas estou tão cansado que não sei como proceder sob seus desejos,
E sentir a falta já faz parte do meu cotidiano. Hoje estou feliz, mas minhas cabeça está cheia, de problemas, de cansaço.
Não minta para mim, como o por do sol, se acabará, acabou e não teremos o amanhã. Passou, nada podera nos apedrejar, agora, dentro dessas duvidas incertas que carregamos.
Voltamos e voltamos para o inicio, lembranças.
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sábado, 13 de junho de 2020

Música

Não entendo nada, não entendo nada. Aqui assim, as palavras ecoam.
Não entendem nada, não entendem nada. Mais um dia esquecendo o mais importante.
Não entende nada, não entende nada. E vem me dizer que tens razão.
Grito ao fundo, estamos aqui conectados ao nada. Estupidez é confirmar, sim, nada de novo.
Sou o nada onde nada faz sentido. Caos, suburbio e alivio ao prever que logo menos termina.
Angustia de saber que tudo se é feito, e nada respondido, vai ver é assim mesmo. Venha como te conheci, venha como se quis ser. Nada entendido mesmo.
Tenho pressa, tenho medo, vendo os dias passando e nada melhorando. As memórias voltam e não entendo nada.
Espaçada, com o viés de ser profundamente captada. E de novo, e de novo, relembraremos que nunca vamos esquecer da essencia. Um acorde final.
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domingo, 7 de junho de 2020

Cansaço.

Arde, no que se diz respirar, dói em pensar, e pensar demais chega até a loucura, dizem. Singular, me encontro no escuro, mas aqui não há mais espaço para falar, gritar, e respirar, arde.
São tantas angustias que temeria por mim, temeria a mim quando soubestes o quanto tentei suportar isso daqui. E dessa escuridão tento outra vez encher meus pulmões de ar. Arder é a palavra que encontro para demonstrar o que sinto.
O amanhã eu não sei se chega, em você já não me vejo mais e o nós aqui já não jaz.
Havia tantas frases feitas, frases prontas que pudesse expressar essa falta de ar, que arde.
Puxo, não chega. Engulo seco e me dói como uma navalha na garganta, talvez nem seja um sonho tão distante. Olho o hoje e não vejo o futuro.
Ninguém espera o obvio vindo de meu caderno, então, aceno, acerto, o concreto de socos falsos, de fardos verdadeiros e o ar que arde.
Tudo então se esvazia nessa solidão obscura, o sol chega, é de manhã, porém, dentro de mim, tento encontrar e não acho. Arde, os olhos.
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Pandora

O vermelho dessa noite nos lembra como dói ainda. Desafeto, a falta do afeto, nada de contato, muitas palavras com pouca essencia. Passe bem, durma bem.
Dentro de uma caixa para mandarmos para longe, mas a magnetude é trágica, espero voltar, espero voltar para dentro de nós. Espero, não contemplo um dispositivo aqui, machuca.
Corte anjos e respire, você consegue deixar tudo para trás. Eu não consigo essa frieza, olhar o agora me completa. O ponto final é o unico argumento para o agora. Mas agora o afeto está longe. Dentro dessa caixa, deixamos vazar, onde tudo é lindo, também é sujo.
Me odeie, cansei. Assim como o cinza de hoje, não consigo mais chorar, tudo é aperto, de mão, do coração.
E vai ser assim mesmo, as escritas confusas, as palavras fortes, o sem nexo, a toxina que me impõe, a liberdade que é para mim, gritar.
De fora para dentro, a caixa maldita explodindo, não consigo mais dormir. E só de pensar que era tudo diferente, e só de pensar que você era outra pessoa, machuca.
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