quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Um pouco de ar e muita lama

 Chama minha atenção quando seu sorriso emplaca entre o balanço da agua, some, desaparece num vulto de desespero. Não espero mais ter aquilo que não mereço. Um desastre, um suplico ou talvez um último respiro.

Nem sei mais como se chama, em meio de vários furacões, no centro da podridão que chamamos de vida, vivemos, cavando o fundo entre vermes e sangue. E é tão real que chega a sustar o tamanho do inferno que vivemos, que o meu cotidiano de traz. Pode apostar minha presença nunca será bem vinda aqui e eu sei. Tento esnobar, tendo fugir, mas como um imã, permaneço.

Cuspo, xingo, caio, falho. Até por vezes achei que ia dar certo, nunca consegui ao menos sorrir. E sorrir de verdade, gargalhar, uma mentira que nem sei a fonte. E mesmo que sabendo que não me sobrará nada, ainda tento faz algo de importante, não que importe, é a rotina, é o habito. Sujo.

Tranco a porta e é isso, ninguém mais entra, ouvirão gritos e quedas, tudo está no seu mais perfeito normal. O linear quer dizer que acabou, eu ao menos, espero que hoje acabe.

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Nem sempre é como a gente quer.

Depois que todo mundo vai embora, é estranho, mas pra você tanto faz né? Sempre a dona da razão a detentora do futuro, nada muda. Deixa eu te contar, um sorriso interrompido muda um futuro. Um lugar diferente é uma sensação diferente para nós. Não sei descrever, muito menos falar. Mal sei dizer, fico aqui esperando tufo acontecer. Levei um tempo para refletir, mas percebi que não devo nada pra você, e olha, apenas semanas, parecendo anos. Tudo recomeçando, como uma vida, mas não.

Procurei a saida dessa inferno, nem reconhecer você eu quero, e quando te encontrar, não será como antes, porque tudo que voce me falou, nada disso importará. Penso nos seus olhos e vale a pena, penso nas suas palavras e tudo se esvazia, tudo incerto, incorreto, falso.

Eu voltei a pensar,a reviver tudo que já conheci, e nada vale a pena, nem esse sorriso. Mas essa linha reta significa que morri, um sonho que queria conhecer. Me mostra toda a verdade e nem sei onde eu estou. 

Do seu lado, tudo normal, nem sei porque acostumei, sempre é assim, a pena fica ao meu lado, de se perder, de perceber que o chão fica mais perto e quando eu cair, fica mais fácil de sangrar. Seguimos, e assim que o mundo dá voltar, quando a esperança se encerra. 

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sábado, 25 de dezembro de 2021

JD

 Uma lagrima, somos abelhas onde as flores fogem de nós, então como viver? Se faço parte da noite não posso me permitir existir assim. Mas o sintético ganha o mundo, viro e dou risada, bebo vinho e dou risada. A lua existe para que? Me segue, me julga.

Faço parte da noite, te olho e não vejo mais nada, porém hoje de noite vi que não posso desistir do que acredito, no que suspiro e não vai ter ninguém que possa me impedir disso, apenas vou. Desce, naufrágo, mergulho, disperso e perco, ta tudo bem. No meio desse mar consigo me achar, porque vim daqui. Sou daqui.

Um vazio no meu quarto, há mais de 3 anos, sinto sua presença, mais nada. Quadros que estão faltando nessa parede revela quem eu sou. Nem sei como to vivo, pisei num terreiro, conquistei, questionei e fui expulso. Diz que é relíquia mas não vi o resultado. Continuo aqui, com o copo cheio mesmo não podendo.

Queria desenhar tudo isso, respirar, falar que pularia, mas nada disso fiz, nada disso fui pra frente, mas como todo mundo disse, não subi e aqui fiquei. Mesmo sem entender nada, entendi tudo, pra mim é uma decisão, pra ti pode ser só pensamentos insanos, mas ao final ninguém saberá como será, afinal, quem determina o amanhã?

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Quantos graus?

Todos os seus temores, seus defeitos, suas alegrias e vaidades. Se mostraram, como um furacão e logo eu, logo eu tão acostumado com tudo isso, falhei.

O tempo que você passou brigando com o mundo ao seu redor, mas aprendemos, hoje dou valor a todos os momentos, mesmo sorrindo. E nada parece certo, incompleto, mas onde vai acabar?

Não sei escrever, não sei falar, mas se assim for, sigo dizendo o que sinto, acho que deve ser assim o cotidiano, o coração. O furor de ser perfeitamente imperfeito. A minha cicatriz ainda ta aqui, isso talvez ninguém feche. Mas lembre-se, mesmo sem você entender, conseguiu com que eu esquecesse por um minuto de todas as dores diárias. 

Até queria ter cobrado, não fiz, fui julgado e faria tudo outra vez, para ver sorrisos se conectando, não se arrepender do que há valor, você sabe muito bem que não há nada a perder. Mas o tempo explica, hoje dou risada o quanto diferente poderia ser, não quero.

Nenhum erro, nada de remorço, mas um agradecimento de ter um pouco de cor e um ano todo sem cor.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Sem promessas

 Existe sempre um outro jeito de se falar, mas porque tão dificil? Como eu queria ter falado mais pra minha mãe, mas sei lá, vai que foi coisa do destino. E me virei assim, hoje me vejo e não vejo nada além de mim.

Existe sempre um outro jeito de se poder chegar, como eu poderia dar aquela abraço no meu pai quando ele me falou a noticia mais feliz pra ele, mas sei la, não era a hora de demonstrar. A hora é agora? Muito tarde, não está mais aqui pra mais nada, e eu aqui e mais nada além.

Desesperado fico em alguns dias, olhando a parede, mas no fundo eu sei que não estou sozinho, confuso eu sei, fico pensando que sim, tratado como lixo por mim mesmo. A frieza do mundo me queima, me faz me sentir um pouco mais quieto. E o vicio, o vicio me faz ficar calado, esperando o fim.

A geladeira vazia, uma busca sem sentido e voce longe. O momento é decisivo, e nem sei qual é a resposta, nem sei o quanto eu quero ter voce. Aqui comigo. E termino assim, dormindo cheios de remedios e dizendo que ta tudo bem, deixa eu te falar: não tá. Mas ninguém vai saber até tudo terminar.

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domingo, 12 de dezembro de 2021

121221

 Não sei da onde vem tanto sono, não sei porque ainda insisto em acordar. Me afasto do que é meu, me saboto o dia todo. O que tinha em meu bolso foi jogado ao vento, ao alento, tentei mudar mas nunca consegui, principalmente nunca consegui esquecer de onde veio tudo isso.

Vou me lembrar de todos seus sorrisos e mesmo sem querer, sem entender, um punhal me pega todas as noites, aquelas mesmas, solitárias. E quando foi que você decidiu que tudo isso valeria a pena?

Não sei de onde vim, nem ao menos sei para onde vou. Ah sim, o clichê, mas o copo esvaziou e nem ao mesmo lembrei de mim. Nem por um momento. O cotidiano anda me matando todos os dias, eu não enxergo as cores, tudo preto e branco, sempre tudo igual. 

Devolva tudo o que eu joguei no lixo, por nós, cada palavra que falei para mim mesmo. Só depende de mim e é isso que eu nem sei como foi virar essa bola de neve. Talvez seja por isso engulo tanto remédio, talvez seja daí que venha o sono. Ao acordar eu te falo.

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