sábado, 16 de agosto de 2014

Inevitavelmente podemos deixar algo esquecido, jogado, mas as vezes é preciso mudar!

De vez em quando, sob a chuva fria, cinza, passeamos sobre nossas almas e conhecendo um interior confuso. Você sabe o quanto eu quis sair daqui.
Olhar para o lado e sem saber onde virar, onde encontrar a risada maldita que sempre me fez acreditar. Um enorme pedaço seu me fez cair, agora, pela ultima vez.
E como é duro o caminhar, dezenas de metros pela frente, pelo nada, subidas em duvidas rasgadas pelo som da minha voz, rouca, que faz sangrar toda vez.
Entender que sou o mesmo, ouvir que mudei diante isso, crescer, onde estamos afinal? Você sabe o quanto eu quis sair daqui.
Posso cheirar que a terra agora flutua e está molhada, sujou roupas que só serviam para proteger os abraços únicos, amanhã não mais.
A partir de agora com todo um poder sobre minha mão aqui estamos, aquela maldita resposta, clara, sublime, devagar o botão é acionado, adeus.
Desaparecer parece ser tão claro, tão natural que já posso ver o final para meu caminho, rotineiro, linear, onde os malditos pés não aguentar. Você sabe o quanto eu quis sair daqui.
Tudo parece girar, contudo, o parado me condiz muito comigo, com tudo. O calor de tão próximo hoje se mostra a frieza de um olhar. Mostrou-se confuso, fez-se acreditar que podermos escolher qualquer um desses que você aponta sobre uma falsa palavra de coragem. É preciso escolher um destes, mais uma decisão de me afastar de você, o óbvio, um registro de que se fazer a verdade ainda sim é o certo e sempre será.
Porque continuar neste lugar não é mais possível, as mentiras não nos deixam andar. No fim das contas, todos vocês sabem o quanto eu quis sair daqui.
  
 
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domingo, 3 de agosto de 2014

Um

Tons sobre tons naquela luz que se acende.
A dor que queima minhas costas agora já não pode mais suportar a mesma respiração.
Profunda como a onda que agora me engole sobre tons de verde.
Um cinza opaco não me deixa duvidas de que preciso parar.
O velho gosto amargo do sentir, o mesmo gosto amargo de te ver, sorrir.
Se voltar não é uma opção, me guardo e acendo a vela pra queimar ainda mais o que sobrou nessas folhas.
Procuro onde vivi, caminho em meio a pensamentos e sons gritantes onde a garganta chega a sangrar.
E assim vamos tentando, deixar passar, e o azul já não é o mesmo.
Sons sobre sons ao angustiante e fervendo gole de álcool que não importa.
Falta a vontade, expirou-se contra o vento, e o tal vermelho agora suja o velho chão.
Uma cor, a antiga sonoridade de nós mesmo.
Só um.     
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