sábado, 29 de dezembro de 2018

Cair e levantar

As vezes é mais fácil desistir, o esgotamento dói, fere a alma. Corro pela praia, corro dos meus pensamentos.
Por que não caio nesse abismo? Gritar e levantar. Todos os dias. 
Um tal Deus depressivo, todos ignoram, um ser em alta combustão interna, luz, câmera, em todo o lugar.
Mármore frio, um nome cravado, na escória, na glória, incompreendido como algumas palavras minhas. Um vilão dentre os seus livros. 
Não sei, continuo bebendo aqui.

Amanhã pode ser o dia de não desistir, olhar você e respirar. Seguir.
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sábado, 24 de novembro de 2018

Um adeus doloroso, um amor gigantesco e meu maior agradecimento.

Palavras me faltam, o ar que aqui já fazia falta, hoje, acaba. Não há o que dizer, não tenho o que pensar.
A dor intensa de saber que não tenho mais você, na minha vida, no meu mundo.
O conforto está por vir, hoje, o céu se rasga, meu chão fica bem longe de mim. Gostaria apenas que soubesse o quanto fui grato.
Cinza, fico sem as cores e não enxergo nada daqui, em baixo de lágrimas, incompleto. Sentado, penso o quanto uma alma pode sofrer, enxergando o linear desse momento. E você? Estaria pronta? Nunca estive.
O sol me afeta nesse dia, preste a entrar em colapso, me falta forçar para levantar. Quebrado por dentro, destruído pela falta do mais famoso sorriso. Gostaria apenas que soubesse o quanto fui feliz.
Talvez eu consiga entender, talvez eu consiga passar tudo isso para frente, para uma outra parte de mim. Hoje apenas quero lembrar de ti e calar-me, deixa estar, vai passar, mas agora preciso chorar.
Não quero saber dessa linha reta, quero fugir desse fim, mas se for preciso, quero que saiba que te amei todos os dias.
E, nesses dias, só te agradeço por ter participado um pouco do meu mundo.
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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Labirintos de sonhos


Luzes naturais, até parece tão complicado com a gente. 
Tudo parece arrependimento, bobo, inútil.
Mudei muito neste tempo, e você não é mais a mesma. Parece que a distância nos fez assim, só. 
Em um mar de estrelas, flutuo. E voltaremos naquela conversa que nunca tivemos. 
Viveremos, as lembranças nunca vividas, um normal dentro das anormalidades. Simples assim, completamente complicado de se explicar. 
Mas você não é assim, e eu não sou aquele que quero ser. Olha um lado, veja um lado, os opostos é permitido aqui. 
Porém, jamais nos encontraremos nesse labirinto de sonhos

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domingo, 21 de outubro de 2018

Incertezas diárias

Disparos, suor, olhos abertos, de novo e de novo pela noite. Um acidente que não pedi, um incidente que possivelmente eu mesmo criei. Já não suporto mais sentir.
Escuto pelo rádio, tudo queimando em minha volta. O cheiro desperta meu desejo em voltar lá nas ideias do passado.
Mas talvez eu não atinja completamente a jornada desejada. Abra os olhos.
Velocidade, calor, aflição, novamente e novamente no nascer do sol. Não sou importante nesse momento, nem sei se em algum momento fui. Me afasto, é seguro.
Mas confesso que as vezes cansa, e que por vezes não sobra nem o pó.
E foi assim que restou um corpo caído no chão, e foi assim que não restou nada.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Roda gigante

Meu jeito desajeitado não me deixa perceber o quanto estaciono minhas atitudes. A perda de um foco, pensamentos vagos diários. A vontade me falta.
Eu nesse quarto, escuro, escuto, não mais um ver. Tudo apertado, sufocante, delirante me viro e me pego novamente, escrevendo versos que ninguém irá ler.
Rotina me mata a cada dia, sangue cuspido na pia.
Meu temperamento me afasta do mundo, percebo o quanto embriagado permaneço, fumaça e o soco diário no estômago, a dor é constante. Remédios que me fazem parar, remédios que me fazem distrair por um instante.
Rotina me estrangula outro dia a mais, já não sei o que desejar.
Ouço, mais um tempo, outro tempo que não há justificativas que eu deveria estar aqui de pé. Já não sou tão forte assim, não é justo com ninguém.
Nenhuma palavra vai me fazer mudar, a ideia de que é tudo em vão, para meus olhos é tudo tão intenso que nem consigo ver o amanhã.
E parado aqui permaneço, afinal, logo menos tudo irá recomeçar.
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sábado, 6 de outubro de 2018

A vontade em partir permanece

Vontade em fazer algo novo, vontade em voltar a sorrir. Um caminho árduo pela frente e mais uma noite sem dormir.
Pensar que tudo isso já passou, pensar nas lembranças que viraram pó. Achamos um sinal, falhamos em tentar, afinal.
Um medo em tentar, um medo em respirar. Dores me acolhem, suspiros me destroem. E novamente nem conseguir ir a lugar nenhum. Onde é rotineiro, por onde nem sequer conseguem enxergar.
Malditos sejam, malditos sejam todos aqui, em volta de mim. Tudo se volta sobre ombros, cansados de forçar, calma. Achei que um dia fosse conseguir superar a angustia. Só fiz me enganar.
Vontade em tentar um fim de novo, vontade em voltar a dormir. Em dias onde os olhos ardem, em dias que a chuva dói, destrói.
Lembrando falhas, dissecando palavras, novos robôs. Se hoje já não me suporto mais, que seja breve a eternidade que vive ao lado.
Que faça essa dor passar, que faça essa dor sumir. Ao menos por um hora, conseguir sorrir. E partir.
Em paz.

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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Um abismo dentro desse quarto.

Mal sabíamos que dentro desse buraco, escuro, fundo, pudéssemos perceber que o fim é só uma questão de tempo. Que a transformação viraria pedaços de vidros quebrados. Céu azul, calor ao redor, tudo mudando, estranhamente.
Fora do lugar, fora desse lugar, seguro em sonhos que projetei em você. Ficção em olhar, desenho de lápis, e consigo apagar, minha vida.
Lanternas, assobios e logo volto a perceber o vazio. Não caibo mais aqui, não suporto mais estar aqui.
Transfiro então a culpa, carrego todo o peso em ser quem eu jamais sabia que poderia estar me tornando. Um submarino afundando, tragédia em tempo real.
Onde tudo se corrompe, onde o fogo se alastra, cada vez mais rápido dentro desse quarto. Maldito quarto.
Olho e penso, onde irei achar o ar. Olho e penso, quando serei capaz de tomar coragem. Aqui parece que não.
E eu já sabia que o começo era irrisório, o fim nunca deixou de existir. Pelo menos não aqui. E se tudo for ilusão, ao menos terei a certeza desse erro. Desgraçando algumas vidas, acabando com noites.
O estar bem hoje, basta estar dentro desse caderno em branco.
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domingo, 19 de agosto de 2018

Escudo

Não lembro de pedir pra você ficar. Não me lembro de querer me levantar. Sentir meus pés ao chão, já não sei mais.
Por medo, ou se o vazio, frio, me corroeu por dentro. Ninguém me dirá como fazer, como ajudar.
Queria poder caminhar, mas hoje, gotas de sangue respondem por mim. Todos os dias.
Com um mundo covarde, em corredores escuro, na penumbra esquece o mal que aqui me fez.
Te tirar daí, me levar a sorrir, outra vez traçamos planos.
A dor que me destrói, caminha de frente ao meu rosto. Com o gosto de cinzas, que nada existe aqui. Só nós sabemos, mas não me deixe aqui outra vez.
Estes olhos cansados de te olhar, estes olhos cansados de chorar. Rumo ao sol e nada mais que isso.
Me tira daqui, me leve contigo, maquinas de outrora me mata aos poucos.
Por migalhas, sem abrigo algum entre almas. Malditos seja o ontem, queimando a sanidade de hoje, distantes visões.
E tudo aquilo que sinto, não valeu de um nada. Longe de tudo, em costas queimadas.
Mas como não alimentar que amanhã acabará de um vez? E que assim seja.
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domingo, 5 de agosto de 2018

Círculo

Novas ações, mesmas palavras. Sob minha pele, já não habita mais aquela pobre alma prestes a morrer.
Mesmas situações, novas escolhas. Talvez eu não tenha o mesmo fôlego para renascer de novo. Então por favor, me deixe ir, antes que eu mesma decida ir.
Sozinho.
Não mereço te ter, hoje decidi cuidar mais do seu coração do que do meu próprio. Mas esta pressão já não cabe em mim, não cabe em palavras nessa carta.
Antigos medos, novos lugares. Acho que não fui claro, todas frases sem contextos, sem mãos para me segurar, logo eu tão frágil em cair. Apenas tenha a ciência de que isso não é uma brincadeira.
Não agora.
Conhecemos os medos, descobrimos as falhas desse vidro destroçado por pedras, na vida.
Da vida.
Os mesmo anjos sem controle, caindo, falhando. Eu sei, tenha ciência, deixe-me ir.
Daqui, sozinho.
Dores, não posso mais voltar, não posso voltar aqui. Ruas estreitas, caminhos longos demais para continuar. Renascemos de novo, e de novo, as memorias estão mortas dentro de mim. Podres nos goles diários, hoje posso não aguentar mais.
O medo vai me movendo em dias onde é tudo tão estranho, tudo tão incerto e de uma forma desconexa, imutável.
Não me siga, não tenha-me como um exemplo, o oposto de tudo que hoje, que aqui neste lugar, sozinho, tem mais perguntas que você.
Troca a música, muda a página, nada muda.
Não aqui dentro, em mim.
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sábado, 28 de julho de 2018

O lugar não importa, é tudo mais do mesmo.

Dificuldade em dormir, dificuldade em conseguir enxergar. Aqui ou lá.
A dor permanece, em cada esquina os mesmo vultos. Um nada.
Sonhar e imaginar, pensar e planejar. Não seria tão fácil como outrora. Ventos soprando contra, e a favor apenas luzes em escuridão.
E de companhia, uma sombra, do passado, do futuro. Agora já não importa mais.
Reciprocidade negada, um futuro incerto de acordo meu espelho. Aqui ou lá.
São minutos contando as horas, são momentos a serem esquecidos, porque como um passado recente, tudo volta ao normal, a dor de sonhar.
Nos ponteiros dessa torre, escorre lágrimas, desse sentimento longínquo, falta-se ar.
O mais do mesmo, e tanto aqui como lá, nada mudou.
 

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Refluxo

Ânsia, preso entre copos e cigarros, a dor de pensar e o amargo da bílis em lembrar de tudo que vivi. De fora uma razão para acreditar que está tudo bem, por dentro, destruição, podridão, uma dezenas de erros, defeitos e um mar de dúvidas.
Reconheço em mim, antes mesmo de acordar, levantar dessa cama, o mesmo erro, a derrota. Lembranças não me deixam, e tudo que aprendi foi vomitar.
A lentidão dessa rua, a multidão gritando por algo que não tem. O que nos restas e saber que o final é logo ali. Mas tão difícil.
Ao contrário desse dia, não há mais razões para tanto, motim, dor e rebelião. Dentro de mim.
Tão estranho, tão normal, amplitude onde o espelho não alcança, só queria estar aí.
Em poucas palavras, um turbilhão de sentimentos, os olhos não aguentam, cansados.
Em outras palavras, todo o gosto amargo permanece, o nojo continua a me deixar longe de todos. E a dor, permanece aqui. Dentro de mim.
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domingo, 8 de julho de 2018

Quando o inferno não sai de dentro de você

Perder a noção das coisas, perder tudo. Imagine um dia acordar e não ver. Imagine um dia sem sentir. Você, mas, em mim, hoje tudo me lembra em estar livre.
Livre nesta rua onde conheço cada passo, cada pedaço. Do asfalto vim, do asfalto percorri as maiores distancia em que podes imaginar.
Não procure por mim, sou ambulante, sou como areia em suas mãos. Jamais será capaz de entender, jamais me entenderás.
Diante esse calor, alucinações sobre o tão futuro distante, não sei. O gole é sujo, já não é uma novidade pra mim. Chega a doer na alma, já não é uma novidade pra mim.
Antigos demónios insistem em me lembrar aquelas intimas sombras, barulhos intensos e sopros breves de uma noite mal dormida.
Ódio, sangue, carne, lágrimas, todos nós estamos perceptivos a falhas. Sem perdão.
Ainda está aí?
Preso dentro desse mundo, atordoado nesse quarto, remédios já não me ajudam, malditos sejam vocês.
Me jogo, me atrevo, erro e morro um dia a mais. Estaremos aqui para te lembrar o quanto errado foste.
E ainda assim continua a me seguir?
O demónio está ao seu lado, só você não quis ver. Estamos todos aqui, unidos por um único desejo. O fim.
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sábado, 23 de junho de 2018

Luzes quentes

Algo sobre ontem me corrói, uma sombra que nunca me tocou. Hoje em minha alma, queima e ferve pensamentos, servir, ouvir, lidar com o medo.
Em luzes quentes, em um quarto pequeno e sufocante. Me pego pensando por que não odeio você mais.
Queria te dizer o quanto antes estava presente em mim, dentro, intenso. Hoje não me faz mais parte, sumiu como aquela última gota dentro do meu copo.
Escutar e entender, perceber e não fazer, sigo assim, caminhando sozinho. Mais uma vez sem rumo.
Talvez olhando para trás percebo o quanto inocente fui. Servir, perder, tropeçar e aqui estou.
Cansado estamos, desgastado estou, um passo a menos, ruas adiante e novos acordes.
A fumaça desse cigarro, as ondas do mar, dores de cabeça e estupidezas de ações irreversíveis. Vá embora de onde nunca pertenceu.
Em outros lares, em novos perfumes, perfeitas maneiras de te dizer que já não está mas aqui. Minha alma, esfria, queima sob o gelo em não saber esconder o inevitável.
Nojo define, gritos espantam, numa nova fase de se libertar dos velhos demónios que habitam essa caixa dentro desse quarto. Ou simplesmente deixa-los dominarem tudo, de novo.
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sábado, 26 de maio de 2018

Dolorem

Não há outro lugar para transformar, onde carregar mais esse peso. Embaraçam minha visão, e lá fora outra imagem.
Enrugada, rápido como tudo se estraga. O som da morte em meus ouvidos. Julgando meus toques, meus momentos.
Intenso como o vento dessa noite, e vamos queimar o resto. Não há outro lugar para fazer todos os pensamentos, vontades.
Novas pessoas, quanto tempo irão ficar aqui? Circulando passos, mudando tempo, perdido como mentes do amanhã.
Nesse lugar busco apenas o que eu quero, tirar toda essa dor daqui. Onde buscarei novas promessas?
Desse inferno em que me acostumei, tomo novos goles insólitos, outro esgoto, e o chão não existe mais. Cair, levantar e não sentir mais nada. Não suportar, tristeza incertas, sentimentos exponente, e imagens, a verdade que não quero ver.
Queria não estar mais aqui, gostaria de não querer mais, a certeza que os remédios não vão me salvar, nem do medo que paira em meu destino.
Nesse lugar, permaneço, esqueço e continuo esperando o fim.
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segunda-feira, 14 de maio de 2018

J -34

Modernidades em um céu sob o centro de tudo. Explicar já não cabe em palavras. Subdesenvolvidos, abstrações literais, em um olhar que chega a faltar o ar.
Verde, escuro como o ontem. Distorção em canções, luzes, sorrisos. Calor em corpos suados, cansados do mesmo, diferentes em se unir.
Ponto final que faz tudo se iniciar, quilômetros superados, céu azul e um abraço.
Difícil explicar, fácil sentir e fazia tanto tempo.
Por hoje é só, por amanhã uma esperança e depois já está escrito em letras para sempre lembrar.
E em seus sorrisos pensar que tudo valeu a pena.
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domingo, 29 de abril de 2018

Repetição

Desculpe por não estar mais aqui, em você, parece sufocar. Como em uma caixa, enjoamos nas palavras. Não há mais volta, mas tenho surpresas antes de partir.
Respire, tome cada gole desse copo amargo, sinta o calor corroer seus lábios, queimando suavemente sua mente.
Não espere por mim, já estarei a frente, não estarei aqui. Seu disfarce podre já não pode mais te esconder. Meu rosto doente te faz querer aparecer.
Outros monstros em minha alma, coleciono erros, já não me dizem muitas coisas.
Espere por novas palavras, ficarei firme nas minhas certezas em querer terminar com tudo isso, em terminar com a minha respiração.
Janelas a mais, conversas por demais, outras e outras pessoas, estranhas, novas, chega de tudo isso. Não me pertence mais. Tento fugir, em vão.
Sozinho me odeio, faço durar eternamente, continuo me torturando aqui, dentro desse quarto escuro.
Sei que não sou o único, aprecio o gosto amargo de mais um dia de desespero na minha alma.
Lama no futuro, chuva nesse presente e nada anda.
Mais do mesmo, pessoas iguais, conversas já feitas e nada foi feito pra mudar, nem eu, nem você.
Luzes baixas, por hoje penso que tenho terminado, e um suspirar, agitação. Minhas veias não aguentam mais, meu espírito já não aguentam mais. Não quero mais estar. Aqui, preciso ir.

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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Batel

Não pude evitar em pensar, um céu azul, novos pensamentos sobre o que é possível acontecer. Entre o hoje e o amanhã.
Mal sabemos que nesse futuro, incerto ou ao certo faremos o correto. Deito, ouço e não escuto! Deixar de acreditar, reconhecer em novos rosto um antigo eu. Rasgar padrões, rasgar folhas.
Vozes não fazem mais eco, sofrer já não se faz um necessário, mas ainda esta aqui em mim.
Dispensando conselhos, não fui e continuo não sendo exemplo parar ninguém.
Onde eu não pertenço, onde não quero estar. Mas o frio dessa noite me fez pensar no inevitável.
Entre prédios e copos, entre risos e lágrimas, na duvida do amanhã. Talvez não sirva bem, talvez não sirva mais. Ao menos não pra mim.

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domingo, 15 de abril de 2018

Prisão pessoal

Preciso sair para respirar, trancado, enjaulado dentro de uma prisão eterna. Dentro de mim mesmo.
Seja mais forte do que sou, ande por aí.
Mais um dia sem sair, outro dia a mais. Logo menos para invadir, percebi menos um. Acompanhar não faz tanto sentido assim, Se eu pudesse, seria livre. Dentro de mim mesmo.
Seja mais frágil do que sou, corra por aí.
Nunca foi por medo de agir, nunca foi por medo de existir. Persistir no erro é pensar em negar o que já passou. Não nos levará a lugar algum.
Planejar uma vitória descartável, como você fez.
Ser mais um a menos.
E a quanto tempo faz, quantos medos ainda temos, para voltar aqui. Para ficarmos trancados dentro de nós mesmos, de novo.



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sábado, 31 de março de 2018

O único lugar que você jamais irá me encontrar

Houve uma esperança que tudo isso teria um fim. Ao final dessa escuridão, ao acender dessa luz. Um oceanos de incertas. Desistir de entender na imensidão desse mar.
Por saber que um dia tudo isso irá mudar, de que vale olhar então no espelhos. Guardar segredos sem ninguém ao menos se interessar, por você.
Céu de lava, areia suja daquele velho corredor que hoje já não quer me dizer nada. Inocência incoerente, partida dolorosa e não valeu de nada.
Onde há ainda escuridão, existe um pingo de auto-estima, mesmo destroçada, um suspiro, um sorriso e idiotas estamos aqui novamente.
E foi tão idiota dizer coisas que nem mesmo eu acredito, demónios diante de mim, vai ver é simples assim.
Me diz e eu acredito, me segura e talvez eu nem pense tanto assim. Hoje é a incerteza de que aquela luz realmente se apagou. Novos quartos, tempestades passageiras e minhas pernas continuam aqui, cansadas.
Grito, penso e fujo de mim mesmo. Aqui onde o silencio é minha resposta.
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sábado, 10 de março de 2018

A distancia da razão

Se ouvisse ao menos metade desses sussurros, calmos, lentos, como um fio desencapado. Palavras fortes prontas para derrotar qualquer um.
E além desses passos, iremos mais profundo, mergulharmos nesse ódio, dor e sangue escaparam diante de nossas mentes. Difícil é dizer que sim, estamos prontos. Mentiras e desaforos entre luzes e cores.
Feche a porta, só não esconda o que quer. Venha, sente aqui, perto e longe de nós mesmos. Não sabemos que não vamos parar por ali.
Já não ouço o respirar, jamais poderia pensar que acabaria assim tão rápido. Intenso mas opaco, triste e completamente cinza.
Incontáveis goles, de bar em bar fechamos uma noite, e entre risos e lamentações, escondemos o verdadeiro sentimento que é a distancia. Ta tudo bem, cada vez mais perto, longe, de nós mesmos.
Mais copos quebrados, tantos banheiros nojentos e sabemos tão bem como foi. Tão forte como essa maldita energia que tanto nos mata por dentro. E no fim, um vazio longe demais para estar aqui perto, de nós mesmos.


  
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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Um retrato descartado

Um montante, dentro de mim. A esperar agir, a esperar apenas sumir. Forma-se em uma grande transformação, sob uma visão estranha, diante uma ideia que nunca ninguém entenderá.
Não se é rápido, já falei, ninguém se quer ouviu, são apalavras iguais, palavras simples que ninguém acredita que um dia podia acontecer. A hora chegou.
Vou guardar em todas minha lembranças sorrisos do dia que deu certo, Cartas de mortos, fotos de novas pessoas que jamais lembrarei o nome.
O mundo move, e a gente permanecemos nesse conteúdo seco, como plástico.
Procuro buscar paixão, encontro infernos, ideias complementares, caminhos controversos.
O mar acalma, os entulhos discordam, de tudo, de mim. Lixo podre, como nós.
Efeito controlado, sintomas fortes e agora já me acontece. Entorpecido de sono, caindo sobre sonhos, no chão e isolado. Vejo o fim em palavras que ninguém vai se importar. Fotos sobre o corpo, postagens de lembranças nem um pouco importante. O esquecimento em minutos.
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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Chuva de verão

Já não sei quantas vezes faltaram mãos, para te estender, te dizer que ficará tudo bem. Já nem sei mais contar, por quantas vezes um outro não.
Dizia ter caminhos, teria que perder para achar um novo inicio, um outro fim.
Um outro a mais, um gole mais. E nunca foi por mal que esqueci de te dizer. Não chore mais.
Dentre tantos caminhos, as mãos que já não se encontram mais aqui, esquecidas, descascando com o tempo. Foram tantos dias de sol e nunca houve ninguém como você.
Hoje sei quantos foram os cortes, para contar histórias, para lembrar que não foram apenas sonhos. Respiração ofegante, sempre ela, machucando novos finais.
Por seus olhos, as marcas se perdem em palavras velhas. Folhas para não te entender, versos sobre mim, tão complicados como uma chuva de verão.

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sábado, 3 de fevereiro de 2018

Mundo sem fé, dias sem verdades

Misturar o real com sonhos, destruir todos os instantes. Sugar minha alma até corroer meus ossos. Conteúdos falsos sobre uma embalagem irreal. Parece acontecer com você como aconteceu comigo. Normalidade, buscando novas paixões, em telas, nas pontas dos dedos. Não adianta, tudo hoje é falso.
Onde então conseguiremos nos olhar? Utopia.
Traças, vermes, imundos que somos. Palavras cantadas, canções tão reais quanto melodias de nosso cotidiano.
Passos, remédios e outro dia a menos, sem fé, sem deuses para me parar aqui. Fixamos ideais, contamos vantagens, postamos fotos, numa falsidade tão verdadeira como seu sorriso.
Sem sentimentos, com podridão, vulgar é entender que jamais seremos iguais. Nunca normal.
Em tempos que perdemos para ganhar, nos corações de plásticos fundidos de drogas.
Outra noite, diversos pensamentos vindo sob tarja preta. Vontades diferentes, o mesmo ciclo. Amanhã o sofrimento continuará e nós? Acordaremos no mesmo mundo de mentiras.
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sábado, 20 de janeiro de 2018

Paralelepípedos inconstantes

De canto a canto, tentamos não estragar ainda mais. Um passo de cada vez e outra certeza que de novo, estragaremos tudo. Vivo dentro de uma má postura, convivo entre a escuridão e uma xícara de chá, amargo, como tudo deve ser.
Um novo canto, outro recanto, a sensação de cansaço tomou conta de tudo, pelo espaço dado, pela falta de sono, e dentro de mim, uma mentira que sempre quis acreditar.
Sabores distintos, desfrute de toda a solidão que te proporciono. Diariamente sento e observo como tudo é simples, irreal, tão falso como o plástico, um isopor sobre a água. É inconstante, mas tão intenso, não como eles, não como nós.
Talvez tenha que ter acontecido, talvez esse sangue tenha algum valor, para o futuro, para um passado que não será esquecido sem as cicatrizes.
Vidros que refletem magoas, e de canto a canto, a cada nova esquina dormiremos para viver tudo isso de novo. Por sorte, não acordaremos. 
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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sem ar

Sem surpresas nessas tardes em que a chuva cai tão pesada quanto minha mente sem oxigênio. Já não deveria ser inédito, já não deveria ficar tão atônico, mas quanto mais o ar me falta, mais penso em como é difícil estar aqui.
Dizer um adeus, dizer boa noite para toda uma vida.
O tempo passa rápido, sorrisos brotam. Passos rápidos são reproduzidos em algumas linhas dentro de um caderno já amassado pela costumeira ansiedade.
O relógio passa devagar, agonia desaba. Sento e pareço explodir por dentro. Apenas teclas e tonturas conseguem me compreender.
Sons já não captam a essência, ausências que agora já são normais. E enquanto ainda nada disso passar, permanecerei em uma escuridão onde parece ser obliqua, sincera, afetiva.
De repente quem sabe, estarei tão bem que poderei enfim, respirar fundo e então, sorrir.
 
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