domingo, 25 de setembro de 2016

Um dia por vez e um ontem esquecido.

Diferente de tudo que já foi, colorimos argumentos fingidos no passado. Igual a erros de ontem, apagamos essa folha e quando eu menos percebi, não havia mais volta.
Dentro de um quarto escuro, chorei, refleti sobre todas essas palavras amargas que penetraram na minha mente. 
Os sons já não faziam mais sentidos, e a dor somente aumentava, o remédio? Desaparecido.
Talvez o perfeito álibi estivesse dentro de mim mesmo, mas eu não o enxergo bem. Mascaras para sair, me pego fazendo o que você sempre fez e minto para o espelho, agora sim esta tudo bem. 
As conhecidas sombras me afetam, as famosas vozes não querem se calar diante todo o absurdo que processei dentro de mim, a culpa pode não ser sua, mas como então não ver essa arma que aponta na minha direção. O tiro foi certeiro, marcante e profundo.
E em outra oportunidade, me vi no chão, caído, sangrando como já estive quando a folha amassada, aquela mesma que um dia foi restaurada, está agora rasgada de lembranças amargas.
Frestas de luzes entram e queimam meus olhos que já está cansado de não enxergar o que o mundo grita, mas a espera hoje já se faz impaciente, a cada minuto é um a menos sem, e a cada hora já não lembro o que estava pensando. Se a folha colorida perdeu sua cor, fica mais fácil queimar do que tentar reaver o brilho. 
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sábado, 17 de setembro de 2016

Destruição de um nada.

Quando letras sobram em palavras que falham em te dizer, um nada. Tormentas que vem para nos dizer assunto que simplesmente nem devíamos ter tocado, agora não importa mais. É pelo tempo, e em pouco tempo já não estamos mais aqui nos desenvolvendo em nós mesmo, ou nada.
Já não importa mais tocar nas palavras que somem nessas linhas malditas escritas sobre você. Hoje não mais.
E onde dissolvemos tudo o que passamos? Transparente como seus olhos de vidros e então deixaste de ser você. É mais fácil culpar do que aceitar, aponte, cuspa, mas jamais olhe para seu próprio espelho. Juro que não escolhi, mas um dia voltarei a sorrir. 
Nesse solo, cultivamos um amanhã sangrento, nojento nos planos de outrora, acontece! Barulho silencioso nessa rua movimentada com ninguém por perto. 
Pego em armas mentais, destruo todos os pensamentos que um dia me levaram a crer, no nada. Desabo, apedrejo e explodo contos sobre o amanhã. E de manhã as vozes simplesmente se calam dentro de mim, internamente a paz que você nunca me trouxe.
Nuvens de poeira, canto, pregos pelo chão, danço, e a dor faz parte desse espetáculo de desordem. 
E no chão, esse não, torna-se um nada. 

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Uma semana.

Houve distrações sobre erros invitáveis, descontados em dias ruins sobre humores desnecessários. Mas eu não quis ouvir, me entreguei e novamente em suas mãos fiquei, assim, desconcertado.
Outras previsões, entre horários distintos e vontades mutáveis ao londo dia dia, bem que eu tentei, olhar em seus olhos, desgastados sob lentes escuras e você não deixou.
Se quer tirou de mim a vontade, se quer pensou em ouvir o meu coração. Ouço então, as mentiras mais sinceras que nunca quis saber.
Estamos perto desta vez, e outra vez é impossível negar as atitudes convenientes dentro desse espaço. Vontades inegáveis, me entreguei de novo e fiquei assim, encantado.
Milhões de planos e acertos, centenas de risos e a noção de tudo que se passou ficou, logo ali sob erros.
Me responde como pode ser assim? O mundo pra você bem ali, só pra você e agora sim. O outro lado não existe e quando mais precisei, não tive alivio, agora não.
Existem coisas mais importantes do que se importar com outro contato, jogue fora um passado e não há mais. Essencial é não se importar, o bem estar é logo se livrar e ficamos aqui, gelados como partes de você.
Só me deixe então, nunca diga em vão, só me deixe então, seguir em frente. Um dia quem sabe ao olhar pra trás entenderás, uma hora ou outra aprenderá com o que ficou ali por ti e agora não mais,
Só me deixa em paz.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

De volta ao inferno.

Mais uma vez caio nesse abismo incerto onde já percebi pertencer a muito tempo. São minutos de certeza, olhar seguro que me faz perceber que a ternura de palavras são tão sinceras quanto um beijo seu.
Pareço inocente, me afogo em suas palavras falsas e ao mesmo tempo crio expectativas de algo que sempre sonhei, seu sorriso.
Volto então a te dizer, podemos, busco então te encontrar, nos perdemos e ao final, parece ser tão distante quando os quilômetros que nos separam.
Amarguras em perceber o quão cruel és. Tristeza em enxergar o quanto frio pode estar nesse momento, mas ao final do dia o fogo irá queimar essa alma perdida que aqui vos fala.
Como uma bengala sirvo-te de apoio, perceba comigo, aqui sempre estou, como uma sombra que quando mais precisas, te ampara. Foram dias obscuros, dias de lagrimas gratuitas, dias de espasmos, boca que espuma medo, corpo que endurece ao lembrar as dores do passado, mas calma, tudo isso vai passar. Estou aqui.
As escadas serviram para erguer-te, como corrimão te dei a mão, vem, vamos. Eis que lá de cima, escuto gritos, vozes perturbadas, e por algum erro, me joga para o inferno novamente.
Espíritos conhecidos me saúdam, não queria lembrar de nada por aqui. O amargo da minha bebida me faz refletir o passado, me faz me arruinar em escuridão.
Não faz sentido algum eu buscar sofrimento, mas como explicar que se estou parado e ainda assim fuzilado por você, distante. Nem ao menos uma semana de alivio, nem ao menos uma respiração a mais.
Pago por ser demais, punido por ser quem sempre sonhou, me deparo no chão. Sangue jorra, a consciência já não se esforça tanto em permanecer de pé. Vultos buscam por mim, cedo. 
Golpes sufocantes surgem em meio a vômitos de desespero por não conseguir sair daqui, sair de você.  
Busco salvação em vão. Outro gole e mais um chão. Novo golpe e outro não.

Queima a pele, rasga os sorrisos, mostra as verdades que na verdade, nunca foram pra mim. 
Não queria me sentir assim, em casa, mas parece ser meu lugar, onde cresci, onde mais uma vez fui jogado.



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