domingo, 26 de março de 2017

Caminhos esquecidos

Sem perceber, desistindo de você mesmo. Sem ao menos notar que o ar falta em todos os momentos. Pensamentos atordoados, em uma hora, numa explosão inexplicável, Sei bem como é querer fugir de tudo.
E não importa quantos dias te matam devagar, e tudo que você tem nem chega perto de um nada. Desistir já é uma chance de conseguir alcançar sua esperança.
E eu nunca acreditei em seu melhor, pra sempre nunca mais funcionou comigo. Em distancias eternas de sorrisos e dor.
Não há mais nada para dizer. E pra sempre nunca mais.
O interessante é o desinteresse em nunca dizer nem mesmo um olá, e a distancia dessincroniza o que poderia dar certo.
Olhos cansados, uma calma que não acalma lagrimas por escorrer nesse dia frio. Mas você sabe quem perdeu primeiro.
Outro saguão, filas e a espera de encontrar novamente o mesmo sorriso. Mas agora não dá nem para entender, quem sabe o tempo ajude a esquecer. Entregar a esse chão que me encontro aqui.
Folhas, areias, o mesmo céu, tudo foi embora junto comigo. Um orgulho que sobrepõe vontades e deixam marcas eternas nas pegadas escondidas em nossas almas. Tudo muito rápido, tão veloz em até mesmo esquecer. Nunca mais o sempre. Pra sempre, nunca mais.

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sexta-feira, 24 de março de 2017

Amnésia

Ponha então, distintos segredos em novas leis sobre nós. Lágrimas em seus retratos, mas com o medo me corrompe, guardo então todos meus venenos em copos descartáveis. 
Sem chão, todos os nãos. Um dia a menos, roboticamente treinados a sorrir, impedir de sermos feliz. Insistir morrer, torne-se menor, mas sinto-me maior do que os remédios que me fazem dormir. 
Fugir, resguardar as lembranças que já me fizeram viajar em longas estradas de sangue, das quedas, das pisadas. Sufocado nesses ares, apavorados nessas falas e frases destorcidas.
Ladeiras, sofrimentos derradeiros, de baixo vejo morrer. De cima imagino como seria. Quebrar.
E como tudo mudou, diferente de seu deus. complicando músicas, analisando olhares vazios e cheio de escuridão. 
Alcançar o seu melhor, bem longe de mim. Me manter entre copos e o asfalto em minha cara. Trazer para ti o presente, enxergar em mim o passado, São espíritos conhecidos, sombras sob minha sombra, busquei e não encontrei até agora o caminho final.
Então ao meu redor, nunca foi de toda a sorte, facilitemos, seja como bem entender.
Verei o fogo que queima corpos de outrora, riram, o aconchego do inferno em letras arrogantes, distante e finalizadas em canela. Mais um dia, nublado, assustado com a necessidade de aprovação.
Você não precisa, sumo e descubro, consequências onde não há mais volta. Talvez seja a solução ideal.  
Em tratores de ilusão, o suor me lembra que a realidade é bem diferente do que escrevo. A quanto tempo não lê tudo isso e se sente em paz? Um hora muda, uma hora escrevo sobre outras coisas. 
Uma hora muda, descrevo o silencio e um final. Mas hoje não consigo lembrar de nada disso.
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quinta-feira, 16 de março de 2017

Queda livre em um abismo conhecido

Altura inevitável, perigosa, gostosa como andar por suas bordas. Risco que ouso em permanecer, continuar pensando apenas no fim. Nada de anormal.
Dinheiro algum me paga para te dizer, pra me sentir superior, ou simplesmente para não estar aqui. Tudo anormal, mas o que te faz sofrer? Mais uma vez você grita minha voz, distante estou. Cada vez mais distante estou, outra vez morro em seu lugar.
Fora do normal, distrações inconstante e outra visão do passado, agora não. Tudo normal.
E o que me faz sofrer? Já não importa mais, novos goles e a morte lenta caminha sob a altura desse prédio frio.
Normal.
E não faz muito tempo que me peguei pensando em você, tentei e desisti. Mas ao certo te pergunto qual a lembrança que nunca quer ir embora. Entre sombras e luz, entre o destino e goles, tudo fica muito mais difícil de aceitar a não pular daqui de cima.
Olhos se fecham, cabeça que não para de girar, e nada é pra sempre normal como dizemos um para o outro. Mas talvez sem nada disso, encontre sua paz.
Me recuso a aceitar, me recuso e não tornar tudo isso real demais para sentir a dor. Inquietude de pernas, moléculas partidas, e o resto de nada que sobrou aqui.
Lá embaixo, incertezas, medos e inseguranças de mudar o amanhã, minha mente e desejos. Carros passam em ideias obscuras, pessoas falando, sorrindo e frias como o ar daqui, Sem sentidos algum e já não me importa mais. Só vontades de sumir. E o que fazer?
Normal.
Se ventos e olhares se interlaçam, hoje é a minha vez de tomar um decisão, constante, covarde, tanto faz. Sem sentido, pouco importa, um inferno, uma viagem sem volta em sonhos. Ao menos, vou impedir de você me ver aqui. 
A derrota esplendida, a vitória diária, em gotas amargas e caras. Me afastar do que era meu, me afastar o meu eu do seu.
Agora me sinto completo. Livre em um fim.  
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domingo, 12 de março de 2017

Depois de tudo, viver se torna mais complexo mas não menos complicado de se entender.

Uma visão antes de voltarmos ao inicio disso tudo. Um último gole antes do fim, da morte, de onde começamos a esquecer disso tudo.
A dor que parecia ser eterna, hoje não mais. Não há mais nada em acreditar, você, não existe.
Perguntas sem respostas, certezas sem maldade, e um silencio corrompido com magoas que eu jamais queria viver, aprendi a conviver. Lidar com isso já é rotina, tudo vai passar.
Novos laços, respiração ofegante, novamente, dilacerante oportunidade em me jogar no vazio.
Aparecer sobre o luar de teu ver, tentar e não ter. Persistir, é preciso, um sonho utópico em amar.
Surpreende-me, pare toda a emoção por segundos em olhares, insegurança congelada sobre o céu, ansiedade enterrada debaixo de sete palmos, hoje nada mais nos tira daqui, hoje nada mais te tira de meus braços.
Se é estranho as coisas mudando de lugar, é normal que mudanças para melhor esteja pintada em rostos alegres, diferentes de ontem.
Então viva, apenas viva.
Atordoado sem razão, seguimos então em pedras, rasas, frias e deixamos pra trás o medo. Gritar, passar, frieza nas mãos.
Normal então, outro chá, nós e mais nada. Perguntas se tornam inexistentes, paradoxal, em linhas atordoantes, vejo o certo, hoje mais do que nunca, sorrir.
Uma e um milhão, um sim entre centenas de não, se for pra ser assim, então vamos.
Apenas vamos viver, apenas viva.
Voz rouca, dor no limite, fico aqui. Vivo. Completo.


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sábado, 4 de março de 2017

Orgânico


Não foi fácil, talvez nunca será, encontrar algo ou alguém assim. Turbilhão de sentimentos em mensagens subliminares que jamais serão decifradas.
Onde sorrisos se alongam com longos choros e falta de ar. A falta que isso faz, a falta que você me fez.
Hoje tudo é diferente, estranho de se argumentar, difícil em falar, um nada. 
Se me dissesse que nada disso poderia ser mais forte, se me dissesses que naquele dia teria que ir. Um outro dia poderia amanhecer mais claro, mais reluzente.
Se eu soubesse tirar os sapatos e ser real, se eu de fato pudesse deixar meu orgulho longe, talvez seguíssemos como antes, sorrindo.
Enquanto o tempo passa, a ofensa parece maior que os abraços, o caminho parece menor do que realmente foi. Passageiro, ludibriado por ações que eu nem sei se foi real, Passado.
Trilhos e vagões deserto, com cicatrizes manchadas, semi abertas, automático como a antiga ignição de nós dois.
E chega a ser estranho olhar para o lado e se sentir bem, é tão estranho não lembrar mais de você. Melhor assim.
Insistir em um não, e não abrir os olhos para tudo aquilo que realmente quis, nunca tive aqui.
Mergulhos, comunicando-se com o exterior, meu interior obscuro. Se deixou de fazer, esquecido e abandonado, um universo perdido.
De acordo com o ditado, faz e diga logo, larga-se o foda-se. Mas um fato que nunca tive a mão, apaga-se agora e o tapa na cara ainda dói.
Dessa vez um fechar de olhos, dessa vez não lembrar significa, um nada. Obsoleto de ideias que nunca fora postas na mesa.
Falta de intelecto, falta de maturidade e a falta que tudo isso faz.
Coerência zero, um gatilho disparado, lançado ao futuro, mas quem sabe?
Um milhão de pensamentos e apenas um para me fazer suar frio, esqueceremos no próximo metro, no próximo trago e com o amargo dessa bebida.
É estranho, mas ficamos assim então, genérico e artificial nas palavras, verdadeiro e orgânico em letras e versos. Quem sabe um dia tudo faça sentindo, quem sabe um dia. 



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