Explosão em sensações que não me permitem agir
Pode vir milhões de pensamento, da lama, onde estou, de onde vim. Talvez nada disso importa pra você, mas só eu sei o que passei para poder falar, para poder te falar, cheguei, vi e vivi.
Treme ao falar, sinto o suor de medo de longe. Aqui é bater de frente, é encarar a morte, e não é de hoje. Nunca foi só hoje. Desde sempre me vejo apenas como uma passagem. Como um kamikaze, para matar, para morrer. Não sei o porque, mas essa doença eu sinto o cheiro de longe e não vai ser hoje que você irá me pegar.
Toda a ironia do mundo, a contradição em pessoa, mas sou isso e mais. O inferno em carne, o demonio em presença no mundo.
O capital me faz salivar, não sei mentir, pode ser positivo, mas não queria, o copo sempre cheio, de lances, de luzes, que queimam como artesanato em incendio. Nem sei como me comportar, mas sigo encarando de frente. Porque é esse meu papel.
Conto as horas pra tudo terminar, mas antes, vou acabar com tudo isso, comigo, com você, com o mundo.