sábado, 28 de julho de 2018

O lugar não importa, é tudo mais do mesmo.

Dificuldade em dormir, dificuldade em conseguir enxergar. Aqui ou lá.
A dor permanece, em cada esquina os mesmo vultos. Um nada.
Sonhar e imaginar, pensar e planejar. Não seria tão fácil como outrora. Ventos soprando contra, e a favor apenas luzes em escuridão.
E de companhia, uma sombra, do passado, do futuro. Agora já não importa mais.
Reciprocidade negada, um futuro incerto de acordo meu espelho. Aqui ou lá.
São minutos contando as horas, são momentos a serem esquecidos, porque como um passado recente, tudo volta ao normal, a dor de sonhar.
Nos ponteiros dessa torre, escorre lágrimas, desse sentimento longínquo, falta-se ar.
O mais do mesmo, e tanto aqui como lá, nada mudou.
 

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Refluxo

Ânsia, preso entre copos e cigarros, a dor de pensar e o amargo da bílis em lembrar de tudo que vivi. De fora uma razão para acreditar que está tudo bem, por dentro, destruição, podridão, uma dezenas de erros, defeitos e um mar de dúvidas.
Reconheço em mim, antes mesmo de acordar, levantar dessa cama, o mesmo erro, a derrota. Lembranças não me deixam, e tudo que aprendi foi vomitar.
A lentidão dessa rua, a multidão gritando por algo que não tem. O que nos restas e saber que o final é logo ali. Mas tão difícil.
Ao contrário desse dia, não há mais razões para tanto, motim, dor e rebelião. Dentro de mim.
Tão estranho, tão normal, amplitude onde o espelho não alcança, só queria estar aí.
Em poucas palavras, um turbilhão de sentimentos, os olhos não aguentam, cansados.
Em outras palavras, todo o gosto amargo permanece, o nojo continua a me deixar longe de todos. E a dor, permanece aqui. Dentro de mim.
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domingo, 8 de julho de 2018

Quando o inferno não sai de dentro de você

Perder a noção das coisas, perder tudo. Imagine um dia acordar e não ver. Imagine um dia sem sentir. Você, mas, em mim, hoje tudo me lembra em estar livre.
Livre nesta rua onde conheço cada passo, cada pedaço. Do asfalto vim, do asfalto percorri as maiores distancia em que podes imaginar.
Não procure por mim, sou ambulante, sou como areia em suas mãos. Jamais será capaz de entender, jamais me entenderás.
Diante esse calor, alucinações sobre o tão futuro distante, não sei. O gole é sujo, já não é uma novidade pra mim. Chega a doer na alma, já não é uma novidade pra mim.
Antigos demónios insistem em me lembrar aquelas intimas sombras, barulhos intensos e sopros breves de uma noite mal dormida.
Ódio, sangue, carne, lágrimas, todos nós estamos perceptivos a falhas. Sem perdão.
Ainda está aí?
Preso dentro desse mundo, atordoado nesse quarto, remédios já não me ajudam, malditos sejam vocês.
Me jogo, me atrevo, erro e morro um dia a mais. Estaremos aqui para te lembrar o quanto errado foste.
E ainda assim continua a me seguir?
O demónio está ao seu lado, só você não quis ver. Estamos todos aqui, unidos por um único desejo. O fim.
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