sábado, 25 de maio de 2019

Livro

Agora toda a calma, as vozes com defeito, vai ver dormiremos nesse quarto.
Por confiança, caímos, mas lembraremos, trocaremos almas.
Novos países, nossos caminhos, em ares que me espanta. Em locais que minimamente me encanta.
E os beijos dentro de mim, ja não me cabem mais. Diferente, me sinto diferente. O espanto de não estar mais aqui. Um espanto que será diferente daqui pra frente.
E em diante estamos, vivamos.
Por hora uma nuvem negra, por horas viveremos como em Atenas. Conversando sobre nada, explicando sobre o tudo. Mas te prometo que saberás muito mais de ti, em apenas um olhar.
Gritas, espanta e apenas uma tormenta que não acaba. Desaba, deságua em saliva, palavras trocadas.
Barricadas em olhos negros, que nos trazem mais guerra. Fora desse quarto, tudo passa e assim será. Nada é para sempre.
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sábado, 11 de maio de 2019

O sólido acaba e o vapor permanece em nossos ares.

Tanto tempo me dizendo, com suor de suas mãos, mas o que exatamente quer me dizer?
Me levei a outras ideias, me deixei escapar-te. Buscando figuras para seguir, estou acostumado em cair, sucumbir em lembranças. Não sei o que quer me dizer.
Recordo-me em recusas, digo que não, quero tudo, ou nada mais. Nada me deixe, nada quero pra trás.
Quero tanto outros dias, quero lutas vividas, mas quando chorar, não estarei tão perto. Uma ideia, uma morte lenta.
Com suor de suas mãos me disse, te quero. Emprega-me espiritualmente, possua-me filosoficamente. Sou culpado de mim mesmo.
É um perfeito domínio de poder, em guarda, me guardo. Contradições que não me deixam mais saber, nada, nada, cala-se.
Me parece um caminho certo, incerto, apaixonadamente lindo. Me mostre com força seu poder. Te quero.
Murros em muros, e uma diferença que está ao fechar dos olhos, força! Para sempre, uma vitória, para toda a eternidade, uma ideia.
O mártir, o ideal. Hoje eu sei.
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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Mais sete dias sem dormir.

Uma epopeia em sangue, um ar que respiro, o mangue. Preto como o fundo desse rio. Me olho no espelho e não vejo o que quero. Uma bohemia esquecida. Sem jeito, sem cochilo. Aqui ou ali eu já nem sei mais.
Sobre velas, queimo em ti. Me tire daqui.
Desce em lama, lágrimas de sal, um sal que nem o mar entenderia. Gostaria de abrir um caminho.
Amargo, caro, não sei. Quero sair.
Gelando minha têmpora, a vontade não sei da cabeça. Um dia você me leva.
Amanhã quem sabe, hoje a teimosia venceu.
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