quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

500 ml de um nada

Bater mais forte até sangrar, cuspir alto até cair, não se faça de rogado, livre-se.

Já não sei o substantivo ou qualquer adjetivo para a palavra derrota. Mas sei me esquivar, as vezes. Melhor que você eu não tenho duvidas.

Enfrentei de frente, sangrei, corri sobre o fogo e to aqui dando a cara a tapa mais uma vez. Nunca foi facil. não vai ser hoje que tudo isso vai mudar não é mesmo?

Vejo um brilho, no fundo, espero não estar errado, mas é o que vai ser. Jogo o jogo, quebro os copos e bebo direto do chão. Em vão, no chão, como corvos perto da morte. 

Melhor que essa vida patetica, mas vamos montando um novo monte, há mentiras, mas há enfrentamento de toda essa podridão. Posso jogar, quebrarei as regras até vencer.

Ilusão de comportamento, agrupamento inseguro, constante e talvez até fatal. Chove e não podemos mais olhar para trás. Estranho.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Distanciamento geográfico

 O copo vazio me traz lembranças como a de não poder te abraçar. Sozinho e pensativo me pego revendo fotos, e me pergunto onde será que errei?

Ao mesmo tempo, coloco no lugar todas as nossas risadas, só nossas, encho mais o copo e desfruto desse lugar onde talvez nem pertenço mais. Aqueto, sossego, mas o furacão não passa.

Sussurros de desespero dentro de um boneco inflável prestes a estourar. A garganta seca me lembra do meu bem maior. A autodestruição aquece o motor, a garrafa hoje já está pronta para explodir em mim mesmo, por entro ou por fora.

Não sabemos a conotação disso, o distanciamento nos enlouqueceu e a razão aqui jaz, num  beco sem saida. Berro, grito, digo que não, não vai melhorar. Mas se ao menos eu pudesse te abraçar, o sofrimento seria o acalento no meio dessa pandemia.  

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Âmbar Báltico

Gostaria que um dia você soubesse como eu te amei, chega a doer. Desde o primeiro segundo. 

Uma linha, um brilho e o choro que eu nem sabia de onde vinha, de onde vem, hoje choro, agora eu choro. Por estar longe, por não poder fazer absolutamente nada. A não ser o mal, para mim, para o mundo.

O ódio virou amor naquele momento, o amor em certa altura, virou ódio por ter sido, usado, abusado, mas queria saber o quanto eu te amo. Eu nem sei.

Mas infelizmente, o caixão ta mais perto, o corre é o que sobrou, todo dia, esquinas atrás de esquinas, algumas até faz sentido, a encruzilhada da vida. Como sou, a concordancia, o contraditório.

Queria que você soubesse o quanto eu te amo, e todos os dias te falo, mas hoje perdi minhas asas para voar, para de fazer voar e andando, mesmo andando, vou até ti. Olho no espelho, e as vezes nem sei como voei tão alto, mas no final das contas, caio, falho. Espero que não para você.

E mesmo no chão, saiba, foi tudo por ti, é tudo por ti, o amor da minha vida, que seja feliz. Por que se eu tenho uma certeza, essa certeza é que eu te amo. Não sei pra onde vou, mas te carrego comigo, nas linhas, nos papeis,na mente, dentro do meu coração. 

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