domingo, 30 de abril de 2017

Abismo.

Dores, pensamentos, dores, você não sabe nem a metade disso. E então, viver em paz para poucos e omitir talvez seja a opção correta. Aqui já não mais.
Tonturas sob outros copos cheios de aquilo que já não nos importamos, já não nos faz viver. Estranhos na mesma rua, estranhos de alma e aqui já não faz diferença alguma.
Tempestades virão, morreremos todos aqui, está tudo bem. Hoje a visão do amanhã, hoje a mente está tudo bem. Tudo bem em viver. Ou não, sempre uma incógnita.
Em tudo que ver, em tudo que me fez escutar, e o que tudo isso importa? Me aprisionei, a razão já aqui não está, me machucar, errei, onde cheguei, mereci e venci.
Viemos para falar, machucar, viemos para dizer que nada disso foi como esperamos. Aqui estamos.
Não mais, nunca mais, de novo o mesmo.
E o que você mudou? Jamais serei essa resposta, nunca serei sua resposta. Pra nada.
Antes de mais nada, nunca mais,
Se você soubesse da metade, nunca saberia um terço dessa dor. Sem paz, sem nada. 
Talvez quando olhares cruzarem, talvez quando você se enxergue humano o suficiente, daí então se encontre, talvez então consiga dizer que o erro foi seu.


Leia Mais

sexta-feira, 14 de abril de 2017

2.16

Quem sabe você saiba de tudo que passou por aqui. Não te julgo por discordar, por as vezes julgar também. Quem é que sabe.
Nuvens cinzas completam o céu, meu ar. 
Não tenho muito pra mostrar, alguns dizem ter muito. Muitos apenas leem e interpretam como se deve. 
Mares profundos, e vejo de canto um outro lado de possibilidades, arrogância e mais um respirar.
Foram os goles mais amargos, os sorrisos mais falsos e ninguém ao lado. Socos na areia, incompleto e morrendo aos poucos, matando uma alma que cansou de sofrer.
O problema não é seu, nem de ninguém, trancado e calado. Melhor assim. Sem incomodar, o prazer na toxina que é viver. 
Proteção minima contra o furacão, a dor já parece não incomodar. Mas está tudo bem, parece estar tudo bem.
Nuvens negras tomam o céu, falta meu ar.
Festas, ignorar, esgoto a céu aberto e fingir que ta tudo normal. Você deveria olhar pra si mesmo e enxergar.
Já não importa quantos abraços, sempre o mesmo. O desespero em não saber, a certeza em ter o que fazer.
Muitos não entenderiam, outros só julgariam, mas um dia direi como a história terminará. 
Se além de tudo isso fica o aprendizado, não sei, você um dia quem sabe. E um dia quem sabe, eu te conto. 
Leia Mais

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Simples de acontecer

Razões para sumir de todos os olhares alheios. Razões para sorrir.
Objetivos traçados, alinhados na pura teoria em que tudo acabará. Sonhos que nos fazem não parar de acreditar.
Mas vá por mim, tudo ficará bem.
Opções para de fato fazer doer. Opções para definitivamente esquecer.
Em caminhadas trilhadas, em gestos que foram feitos no cotidiano mais sortido, relevante.
Acredite em mim, conseguiremos no fim.
Em espaços multiplicados por sorrisos, em crateras internas de nossos ruídos, um dia silenciará o não dito.
Sussurros, ventos e outra manhã de sol. Abraços, chuva e lá se vai a noite encharcados de verdades.
Espere, tão devagar quanto um relógio, espero que tenhamos então o tempo todo que passou.

Chegando bem perto do mar, lá onde talvez ninguém irá acreditar. Nem em mim, talvez nem em você. Um ansiedade que grita, gritamos e o eco expande razões, objetivos e muitas opções.
Mas olhe pra mim, ouça minha voz, vai ficar tudo bem.
Leia Mais

sábado, 1 de abril de 2017

Entre espelhos

E se não pudemos mais pensar, em mais nada. Se ao menos não pudemos ao menos falar, o que pensamos. 
Talvez se não pudemos andar mais. Ou pelo menos se não ficássemos parados, estagnados em nossos universos paralelos.
E se não pudemos mais sorrir. Talvez se não fosse tão falso quanto o fazemos todos os dias.
E se parar de respirar fosse um alivio? Se ao menos não doesse tanto. 
Dizemos que seria muito fácil, quando na verdade é um choque pensar que não. 
E se pudéssemos voar? Tudo seria mais fácil? Justamente quando não queremos nem sair do quarto nesses dias cinzas.
E se pudéssemos ter o poder de mudar o amanhã? Como faríamos se ao mesmo tempo queremos voltar para o ontem? 
Parar de olhar, para de sentir, ou voltar a dor de outrora? Deixar de demonstrar, deixar de sofrer ou viver sem luz, insosso? 
Já não possuo resposta para nada disso, continuo aqui percebendo tudo mudar e nada se transformar, uma mesmice. Poluição dentro de olhos cansados, destruição ambulante em uma mente já dominada.
Em tempos que tentar fazer e conseguir é ao mesmo tempo o querer e não o ter. Por isso eu entendo a dor, e compreendo o que está prestes a fazer. 
E se eu te dissesse que faria tudo de novo? E se eu pudesse ter essa mesma coragem? 

Leia Mais