segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Niaboc

 Não achei que a solidão fosse tão dolorida, logo eu que já flertei com ela diversas vezes. Um copo, outro copo, já nem sei mais quantas vezes me embriaguei. Pode ser que amanhã tudo mude, pode ser que acabe. Mais um dia, outro dia a mais, penso que dia sim dia não fique mais fácil, mas não. Ontem eu morri, porém acordei e continuo querendo sair desse tunel infinito, complexo que nem eu tento entender. Respiro, saio e quem sabe faça algum sentido viver. Fico com a minha dor, logo ela, minha companheira diária, sangro como quem sangra em uma luta, e talvez seja isso mesmo, eu versus eu. Mas hoje já vai acabar e ainda estou no chão. Amanhã? O amanhã aqui não existe.




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sábado, 22 de agosto de 2020

Prestes a explodir

 Não sabia a falta que você me faz. Não sabia que tinha me transformado. As lições pregadas pela vida, já não fazem mais sentido. Não em mim. Onde tenho uma estrada a seguir, onde tenho a noção de onde devo ir.

Mas hoje eu não quero, hoje talvez um copo cheio e a ideia de não querer acordar nunca mais. Voltamos a estaca zero, voltamos a não entender o quer é o bem. Só me faltava seu abraço, mas não posso pedir, esta longe demais.

Façamos em um pensamento agudo de que podemos ser felizees, mas você no fundo sabe que não. Num mundo onde eu nem deveria ter ficado, persisto e falho num cotidiano interminável como agosto.

E são tantos desgostos que hoje não sei o que pensar. Respiro o ar frio e tento pelo menos entender que pode ser assim. 

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Não adianta mais nada

 Um pedido de socorro em todas as minhas palavras, ocultas, e você nem foi capaz de me ouvir. Livre, pareço estar, mas a prisão interna me mata, condenado a não ter o que é meu de direito.

Em linhas, preciso dizer, não é tão tarde para conclusões, pegue, ouça e tente me salvar todas as noites. Me manter de pé, as vezes nem é tão simples assim. Por vezes já nem quis levantar, é errado, eu sei, mas a necessidade me obriga a estar aqui, de pé. 

E não me venha com sua frieza, venha como sempre veio, completamente desconhecida, no ontem, no hoje, mal sei quem é. Diferença em ideias, diferença no tom. Não me escuto mais.

Um destino que mais parece um fardo, gritos de desespero, e mal tenho ar para isso. Dói, minha garganta dói. Cuspo em tudo que não acredito. Hoje só queria ter a paz que tanto procurei. Mas o inferno me persegue e novamente chamou por mim. E nem adianta eu pedir socorro.

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