sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Sentado e esperando passar

Em minutos, a fome, onde me alimentarei as ideias que me consome. Minha promessa de felicidade de ruiu. Mas eternamente as certezas não me livrou, de maneira alguma de algo algum.
Os rémedios me tiram de mim, minha alma, meu consciente. O inverno me traz palavras de verão, e é assim mesmo, sem nexo, sem conexão alguma com a realidade, perder.
Me perder no lúdico, me traçar em papel e tinta. Malditos seja o capital, mas era apenas um lugar diferente, apenas partir.
Todo o sentido me faz querer gritae, ou falar sobre um tempo que nos sentiamos vivos.
Buscando perder pessoas, o remorso de estar morto em ti. Eu sei, ficaremos em silencio, até correr para o nada. Fica, ficaremos assim, sacramentaremos os laços que já estão soltos desde o adeus de ontem.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Temporadas

Em algumas horas, estaremos todos salvos, você sabe, eu não. Queria ser muito jovem para me importar, não queria ser tão jovem assim para evitar de desistir. Já vi esse mundo explodir, mas me diga a verdade, não me faça de bobo e perceba, que você já sabe, menos eu.
Fique longe de mim, me deixe respirar, mesmo que não haja mais o ar. A sinceridadão existe onde não há a compaixão, fingimos então ser, estar.
Um passo para frente, três para trás, como se diz, como se fala, ah com sua licença, mas sou tão burro quanto essa frase. Fases e frases, já não sei explicar. A complicação do cotidiano me fez complicar, não querer saber.
A certeza em fazer o melhor e mesmo assim não ser o suficiente, deixa pra lá. Seguiremos, ou não, voce sabe, eu também. Sabemos o final.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Ansiedade

Quinze minutos contados, quanto mais tempo a esperar. Se passa os minutos devagar e onde será que iremos, parar, tudo disposto a se perder.
No ar onde estamos, consumado a perder, a todo momento a cabeça te fala, a toda hora perdida que pensou em não consegui.
Estamos aqui, esgotados em não ter. A mesma estabilidade te tira do rumo, a mesma ação te tira do mundo.
Hoje passou, sobrevivi.
O tempo aqui jaz, o tempo pra mim nunca acaba, principalmente aqui, nessa sala vazia onde em outrora os risos não paravam. Silencio.
Na semana em que chorei, na semana em que corri, passei. A pensar no nada, a passar pela mesma grade, que me aprisionei em ti.
Amanhã talvez nem chegará.
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domingo, 20 de outubro de 2019

Ekran

Cada um tem seu jeito de se expressar. Cada segundo conta, não sei pra você.
Um novo dia para sobreviver. Cada dia para viver, só não sei pra você.
Entender, fica dificil, quando não há comunicação, ficamos então assim, as cegas.
Procuro respirar, preciso respirar, e novos jeitos de andar.
Cada um tem seu jeito de olhar. Em horizontes distintos, consigo entender.
São ruas longas, são fontes inesgostáveis de paranoias, mas vai passar.
Cada um consegue agir como achar certo. Cada um sabe o peso, consigo entender.
Sobre fotos descartaveis, sobre um abismo questionável, sabemos que não somos nada. Sumiremos pelo tempo, sumiremos pelo ar. Entre contos e histórias, entre livros e telas, quem será você? Sei que vou entender, mesmo sem saber se isso será o suficiente para você.
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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Juntos

Em te ver dormir, desperto meu mais puro sonho. Te ver olhar o mundo, me enxergar onde jamais sonhei chegar.
Outro dia a mais, um novo despertar e mais nada. Acho que cansei, não me encontro mais.
As forças que me tiram daqui, são as mesmas que me fazem sorrir. Talvez um pouco mais.
Por vezes, não me reconheço, acho que é normal, a idade talvez. Em tempos, não quero nem mais saber, vai entender. E um novo sorriso que vem, a paz que me traz.
Um minuto, a eternidade em seu abraço, mais uma hora, o desespero em não ter.
Não quero conversar, não quero esperar. E o alivio que me traz, você.
A secura em tons, a poeira nos rastros que deixei passar, e mais uma vez, a solidão me alcansa, nao descansa, já não possuo mais ar.
Me acalmo, começo outra vez. E outra vez. Logo o copo esvazia, logo a casa não tem mais ninguém. Quem sou eu? 
Para que adianta então estar aqui se nem ao menos posso estar aqui. A mais famosa questão de ser, ou nem existir. 
Mas a certeza é que carregarás em minhas palavras todas as respostas que precisa, dessa vez não mais sozinhos, dessa vez não mais. 
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sábado, 28 de setembro de 2019

Caixas

Mudam os sorrisos, mudam as visões, e as ideias permanecem aqui perto de mim.
Ao sussurar na madrugada, ecoam dentro desse quarto. O mesmo espaço onde nunca mudou. Nada.
Tentamos não notar, até mesmo mudamos o assunto, mas as grandes mudanças é a negativa dessa conta. O cotidiano.
Em pensar no equilibro, falho, em pensar em acertar, desequilibro.
Talvez eu me mude, ou possivelmente me movo, pra longe, para onde nem eu mesmo possa alcançar dentro desse quarto. Da mente.
Poderia ser totalmente diferente, poderiam mudar até mesmo esse final que sabemos qual será.
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sábado, 10 de agosto de 2019

Gritar diante desse mar

Sorrir num vazio onde nem mesmo meus sonhos vão obter esse sucesso em pensar.
Olhar e não enxergar nem mesmo diante ao um mundo que se dizer feliz.
Concordo com tudo, me retiro, me faço retirar, nunca mais pensar.
Ouvir, sentar e ainda assim, não entender. Por que de novo? Por que agora?
Ruidos, falhas e mais vozes em minha cabeça, talvez seja a hora de ouvir.
Rir, chorar, agora tanto faz, ao menos um dia sem isso, ao menos um dia.
Ou seja o momento em que o mundo sentirá a falta, finalmente vou poder gritar.
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sábado, 3 de agosto de 2019

Meus olhos nos teus

Vejo em seus olhos o futuro, vejo em seu semblante um eu, de outro jeito, de uma nova forma.
Em você, me vi, em você me transformei. Revivi.
Nem nos meus maiores sonhos te veria assim, sonhando. Comigo, ao meu lado.
Nasce, vive, enxergue o amanhã. Vamos ousar assim, vamos viver em ti.
Ao deixar, um legado traçado e em um caminho de tormentas. Indecisão.
Nas fragilidades do momento, em angustias necessárias, seguimos em opostos lados, e lado a lado ficamos de frente, do futuro, de um passado que vamos lembrar. Comigo, ao teu lado.
Vamos voar, até onde quisermos, vamos até o infinito, juntos, lado a lado.
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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Solidão em meio a multidão

Por todas as razões, por todos os lugares, em todos os dias. O mesmo pesar, a mesma vontade.
A cada dia mais, em mensagens subliminares. Um raiar de sol.
Olho para essa multidão, o mesmo silencio. Olho para todos, e cada dia me sinto mais só.
Parece que ontem nem aconteceu, parece que só amanheceu, e de novo, só.
Essa foi a vida que escolhi, esse foi o meu lugar de escolha, e aqui permaneço, sozinho.
Em palavras, em conversar, e um dia vai chegar, um dia conseguirei chegar.
Sob remédios, sob aquela paz em que busquei, e mesmo assim, em vão e mesmo assim, permaneço só. Nas palavras, nos dizeres, no toque, entre vocês.
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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Em paz.

Longo dia, longas estradas, as vezes sem entender, as vezes totalmente perdido. Mas ao menos eu tinha você para contar.
Confusões em palavras, confusão de sentimentos e a perca em um segundo.
Nada de lamentar em um nada, nada do que falar. As falhas foram enterradas, a estrada estará, agora vazia.
Não sei como será, não sei se vou conseguir, mas preciso ao menos tentar, como você quis.
Sem luxurias, sem glamour, sem você e se quer o grito, mudo fico em pensar, surdo fico em lamentar. Gritei pelo mar, chutei ondas para tentar amenizar a sensação. De estar sozinho, de estar incomodado, em estar sozinho.
Nada é perfeito, nem eu, nem tu, como dizíamos, e querer levar o que? Esta tudo bem, nada ficará para trás, mais do mesmo, as interpretações diferentes, mas ao menos eu tinha você para ligar.
Façamos o impossível para algo que nem sabemos se valeria a pena, talvez valeu. Negar, o irracional, o sentimental, negar o espaço, hoje tão curto e triste.
Sem desculpas então fico eu, sem sua presença permaneço aqui em pé, por quem você mal conheceu. E agora nem ao menos eu tenho você para contar.
Meus olhos, hoje estão cansados de fingir, meus ossos não suportam mais agir, descansarei. O fim chegou num súbito, em qualquer arriscaríamos, mas jamais imaginaríamos o poder, a rapidez e o desenvolvimento, em nós, em vazios. E nem ao menos estará aqui.
Para uma desastrada conversa, em longos pensamentos quase estarei perto, do fim, da vida. Lados curtos, laços longos, nos braços, no respirar.
Se nada fora perfeito, que sejamos então eternos, neste mundo, nestas ações.
Por que pelo menos, agora tenho você em meus pensamentos.

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sábado, 25 de maio de 2019

Livro

Agora toda a calma, as vozes com defeito, vai ver dormiremos nesse quarto.
Por confiança, caímos, mas lembraremos, trocaremos almas.
Novos países, nossos caminhos, em ares que me espanta. Em locais que minimamente me encanta.
E os beijos dentro de mim, ja não me cabem mais. Diferente, me sinto diferente. O espanto de não estar mais aqui. Um espanto que será diferente daqui pra frente.
E em diante estamos, vivamos.
Por hora uma nuvem negra, por horas viveremos como em Atenas. Conversando sobre nada, explicando sobre o tudo. Mas te prometo que saberás muito mais de ti, em apenas um olhar.
Gritas, espanta e apenas uma tormenta que não acaba. Desaba, deságua em saliva, palavras trocadas.
Barricadas em olhos negros, que nos trazem mais guerra. Fora desse quarto, tudo passa e assim será. Nada é para sempre.
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sábado, 11 de maio de 2019

O sólido acaba e o vapor permanece em nossos ares.

Tanto tempo me dizendo, com suor de suas mãos, mas o que exatamente quer me dizer?
Me levei a outras ideias, me deixei escapar-te. Buscando figuras para seguir, estou acostumado em cair, sucumbir em lembranças. Não sei o que quer me dizer.
Recordo-me em recusas, digo que não, quero tudo, ou nada mais. Nada me deixe, nada quero pra trás.
Quero tanto outros dias, quero lutas vividas, mas quando chorar, não estarei tão perto. Uma ideia, uma morte lenta.
Com suor de suas mãos me disse, te quero. Emprega-me espiritualmente, possua-me filosoficamente. Sou culpado de mim mesmo.
É um perfeito domínio de poder, em guarda, me guardo. Contradições que não me deixam mais saber, nada, nada, cala-se.
Me parece um caminho certo, incerto, apaixonadamente lindo. Me mostre com força seu poder. Te quero.
Murros em muros, e uma diferença que está ao fechar dos olhos, força! Para sempre, uma vitória, para toda a eternidade, uma ideia.
O mártir, o ideal. Hoje eu sei.
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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Mais sete dias sem dormir.

Uma epopeia em sangue, um ar que respiro, o mangue. Preto como o fundo desse rio. Me olho no espelho e não vejo o que quero. Uma bohemia esquecida. Sem jeito, sem cochilo. Aqui ou ali eu já nem sei mais.
Sobre velas, queimo em ti. Me tire daqui.
Desce em lama, lágrimas de sal, um sal que nem o mar entenderia. Gostaria de abrir um caminho.
Amargo, caro, não sei. Quero sair.
Gelando minha têmpora, a vontade não sei da cabeça. Um dia você me leva.
Amanhã quem sabe, hoje a teimosia venceu.
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domingo, 24 de março de 2019

Pensar é uma realidade agora.

As vezes simplesmente não consigo controlar, é mais forte do que eu. Ao menos sei que ao acordar, você estará ao meu lado.
Respiro fundo, tento não perder o controle. Onde eu quase já perdi tudo, onde não me encontrei.
O caminho vai mudando aos passos que vamos dando, e juntos, a ponte está completa. Em pontos, nos unimos e vai ficar tudo bem.
O tamanho ainda é maior, entre nós. Queria mudar, queria mover. Não posso mais. Não posso desistir.
Entre moinhos e ruas, mãos e toques. Seus olhos e ao acordar, você.
Em lençóis, entre nós, entrelaçados em corações unidos. Um só.
As regras quebradas, os espelhos em todos os lados. E eu e você em pedaços juntados.
O amanhã vai chegar, já não é assim tão difícil.
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sábado, 2 de março de 2019

Espelhos

Um movimento inesperado, eu vejo você de frente, eu vejo você em mim.
Tento dormir para quem sabe acordar desse sonho que sempre tive, quem dera ser realidade. Eu me vejo de fronte, eu me vejo em você. 
Diante seus olhos, fecho os meus, a imensidão desse mar, não conheço, me reconheço e me conecto a tudo isso que estamos construindo. Vejo você sem saber, vejo você sobre mim. 
Tudo leve, tudo invertido, e hoje, somente hoje não quero nem levantar. Quero acreditar que não é só um sonho, quero descobrir você. De verdade.
Em dias inteiros, meses completos e depois de um ano, outro de nós. Vejo você, me vejo e vejo tudo o que mais amo. 
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