quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Catastrŏphe

Nunca te disse isso, nunca confiei, nunca deixei ninguém se aproximar. A razão chega a doer, a razão chega a querer chegar bem mais próximo do fim. Bem mais próximo do mais fundo que já cheguei. Não foi fácil chegar até aqui.
Não sei os motivos, você nunca me perguntou. Não sei o por que, você nunca se importou. E quando foi que tive uma companhia nesse lugar? Os motivos, eles tem que morrer. Comigo, agora o fim.
O ar me dói, tonturas e a sensação que corrói, por dentro, acalma.
As dores me fazem lembrar do quanto me esforcei, gritei, torturei a mim mesmo. Barulho, berros, sangue, destruição de uma alma que jamais descansou. Fique e vou te mostrar, o fim.
Sinta que estou por perto, sinta que jamais te decepcionaria por menos, mas hoje, não posso suportar mais, não aqui, nunca mais aqui.
Passa o tempo, passa as paginas, não chegamos a lugar nenhum. E nenhum de vocês, nenhum de vocês.
Faça parte deles, não faça parte disso, fique longe de mim, um ano, um longo ano. Meus olhos cansados, me puxando pra baixo. Sob janelas meu grito, entre linhas minha alma.
Nos valores, em insanidade de palavras, construção. Amortece meus lábios, adoece meus pulmões. Respirar continua doendo. Mas vai passar, vai passar. 
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domingo, 15 de outubro de 2017

Retrocesso

Nos abismos, nos sorrisos, nos caminhos longínquos de novos horizontes a te despedaçar. Tempo morto, sangue coagulado e nada de novo por aqui. Lembranças de pessoas recicláveis. Insuportáveis, tentando trazer alguma coisa de volta, em vão. 
Em buracos, em chuvas, horas pensando que não irá mais. Um lugar de paz, internamente uma bagunça que você não irá entender. Não tente. Se afaste, toxinas de olhares distantes. 
O que seria se não voasse, o que seria de mim se eu não quisesse voltar. Maldito corredor, maldito seja o destino.
Sentir, culpar, destemer o tempo. Aguarde os atos, não cobre abraços. Por vezes, assim é melhor.
Escombros, deslizes e estou perdido. Meia noite, luzes, os velhos abismos e agora um copo vazio. Não deixe, não mude o espelho. Retratos de um passado morto.

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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Outra capa, mesmos conteúdos

Em uma terra seca, em uma rua escura, tudo de novo. Diante olhos estranhos, diante sorrisos distantes, mesmos hábitos.
Não sou a resposta para aquilo que procuras. Vivo em constantes mudanças, estranhas, viagens infundaveis e possivelmente uma respiração diferente. Ofegante segue aqui dentro, um labirinto de pensamentos que jamais achei o final.
E vejo cada vez mais perto a realização de todos meus pesadelos. Aqui não mais, aqui não mais.
Novos papeis, livros desgastados, destinos roubados e apostas de que nada mudou. Se novos estados nos liberta, quem sabe outros braços não faça o mesmo.
Nesse asfalto molhado, em caminhos turvos, nada de novo. Diante olhos distantes, diante sorrisos estranhos, outros lugares.
Prometo não te culpar, mesmo que não haja mais lagrimas, mesmo que eu já tenha esquecido de viver. Não me culpo mais, por parar de tentar, por cansar de tentar.
Se o ontem já não é tão mais fácil, amanhã que seja a incógnita de ações já pensadas em outrora. Até quando não houver mais a respiração, enquanto houver suspiros.  
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