domingo, 27 de setembro de 2020

Quase a mesma estrada

 Um túnel que não termina nunca, dirigindo sem sentido algum. Sem rastro, sem documento, e nem ao menos tento driblar o susto. Choro como quem chora numa noite fria. Crueldade é meramente natural para ti. Fria, calculista que ainda não desceu do teu castelo cor de rosa.

A vida bate, forte como rocha, vem me ver sangra, por aqui já não é mais uma novidade. De noite consigo respirar um pouco melhor, sem você, já que nunca esteve aqui. Nada me faz falta agora. 

O desdobramento de uma certeza, ah sim, já sabiamos, os dias passaram e o frio cada vez mais doloroso. O clã foi completo, direto, reto, e no clube onde só os acadêmicos entram, fui expulso. Mas pelo menos foi naquele momento que vi o fim desse maldito tunel. Deixo um legado, mas voltarei para buscar, afinal, bem, você sabe o final.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Sem propósito algum.

Onde você mostra tuas cicatrizes? O troféu para os seus, para seus inimigos, para você mesmo, e quando isso vai acabar? Mais importante de nunca, desistir. Parece mentira, mas é a maior verdade, não acreditar em mais nada.
Quatro anos atrás, parecia que nunca mais iria acontecer, agora a rasteira foi pior, me tirou a vida por fora, o soco que embrulhou o estomago, o estrago está feito e existe apenas um lugar para onde posso ir, nesse posso, você sabe.
O amargo, o amargo na lingua, a rua e o gueto me fazem lembrar o que consegui, mas de que adianta? Você consegue o mundo e em minutos a vida te tira. Isso não é um pedido de socorro, isso é uma carta de redenção, desisti. Quem venceu? Sei lá.
Chama Deus, Jesus, exu, oxalá e eu nem sei mais meu nome, o mais importante se foi, e pouco me importa. 
Estranho mesmo é acordar e nem saber o propósito, um dia descubro, ou sumo de vez.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Pequeno príncipe

 Em torno de um todo, você pode ser contemplado, na lua, como a lua, a órbita, nossa atração. Nasceu ali, você sabe assim que peguei em sua mão.

Gritar acalma, a alma suja feito lixo, assim sou, um individuo que mal presta para respirar, que jura que estará ali por você. Me transformo, me moldo de acordo ao mundo, que se foda o mundo, vamos juntos.

Ver os passos, ver seus passos, e um sorriso que me tira da Terra, mas para onde vou sem você. O meu mundo, meu mundo tão pequeno, apertado como aqui no meu peito.

Em torno de você é alegria, mas cuidado, há cobras pelo caminho, você sabe. O chorume entrelaçado em bebida quente no meu copo, sei me virar bem. Mas sozinho pareço me perder, dentro de um universo único.

Tento segurar sua mão, como fiz desde o primeiro minuto, e em cinco, me tiram, me arrancam de você. E agora está no meio de um nada, e esse nada poderia ser eu. 

E é você, você e só você, movimenta, aquece e mudou tudo de lugar, e de onde for, de onde te arrancarem de mim, minha mão estará lá. 

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