sábado, 26 de abril de 2014

Afogamento de palavras em aguas profundas em um mar de mentiras sujas

Servir, acoplar, fazer com o dinamismo de uma simples conversa se torne tão real como todas as atitudes de tempos onde era muito mais facil mentir.
Angustia de uma frase, tristeza de uma lágrima. Possivelmente não terei a visita, claro como uma luz que cega, que extrapola a essência do irreal, usufrua destes últimos segundos, porque agora é mais fácil mentir.
Cuspa!
Preciso de uma pausa, de uma decisão, ouviu o grito vindo do mar? Todos os dias livres, breve como uma onda, um numero para você, jamais minta. Consigo ainda te escutar.
Passa a vida, muda o céu, dormimos nos contorcendo por uma sensação nova, a transformação do olhar. Como você é, como você foi, nós, não mais um. Rápido, engula.
De repente a dor toma conta das articulações, uma arma pronta para fazer seu trabalho, veloz como minhas palavras, intenso como a raiva vinda da terra. Faça acontecer, torne-se real, só não minta.
Não espere um grito, não passe a noite, não chore, podemos sorrir, somente aqui um agora totalmente em branco, uma folha amassada, jogada fora. Tonturas passam a ser normais a essa altura, nessa altura, vertigem de mim, da minha alma, flagelada de mentiras, uma mistura do eu.
Um gosto amargo na boca, fugaz, sujos ao alcance de uma criança, explosão de sentimentos feito bílis no fundo do banheiro, amargo como uma bebida forte.
Troque a blusa, só não me dê as costas. Minta.
Falei a tanto tempo, eu sei, não tenho mais controle sobre a parte desse mundo, meu mundo. Menti sobre o toque de mãos, não desejei que as horas sumisse dessa maneira, foi preciso a muito tempo dizer, cara a cara, sem controle, quem sabe?
Como um suspiro encontrei a paz, com um fechar de olhos simplesmente mudei, bebi, me embriaguei no mar daquele grito que agora se calou.

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