domingo, 19 de agosto de 2018

Escudo

Não lembro de pedir pra você ficar. Não me lembro de querer me levantar. Sentir meus pés ao chão, já não sei mais.
Por medo, ou se o vazio, frio, me corroeu por dentro. Ninguém me dirá como fazer, como ajudar.
Queria poder caminhar, mas hoje, gotas de sangue respondem por mim. Todos os dias.
Com um mundo covarde, em corredores escuro, na penumbra esquece o mal que aqui me fez.
Te tirar daí, me levar a sorrir, outra vez traçamos planos.
A dor que me destrói, caminha de frente ao meu rosto. Com o gosto de cinzas, que nada existe aqui. Só nós sabemos, mas não me deixe aqui outra vez.
Estes olhos cansados de te olhar, estes olhos cansados de chorar. Rumo ao sol e nada mais que isso.
Me tira daqui, me leve contigo, maquinas de outrora me mata aos poucos.
Por migalhas, sem abrigo algum entre almas. Malditos seja o ontem, queimando a sanidade de hoje, distantes visões.
E tudo aquilo que sinto, não valeu de um nada. Longe de tudo, em costas queimadas.
Mas como não alimentar que amanhã acabará de um vez? E que assim seja.

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