sábado, 7 de setembro de 2024

Servindo sempre

 Não sai da minha cabeça esse som de que tudo tem que parar, um trem em movimento diante uma parede. Não sai da minha pele o sangue cujo o qual nem sei de onde vem, mas, paro pra pensar e isso não sai da minha cabeça, começar do zero, tirar os sons que minhas cordas vocais fazem. Difícil decisões. 

O novo é visto como dificil, pra mim o impossivel, não tem como eu ficar satisfeito com algo que eu nem sei se vai dar certo. Parece que não vou mais respirar. Grito e deixo tudo pra depois e nada adianta.

Faço uma volta, grito tudo novamente e coloco pra fora e nada, nada me coloca no lugar. Voltamos ao som que me desperta o pior de mim e fazia tempo, fazia tempo que não me sentia assim. Gosto de ódio, o velho copo cheio e uma vontade de fazer de novo, o novo, o errado. Para sempre me aprisionar no que não deveria ter feito.

Como vou explicar isso? Como posso dizer que sou capaz de fazer sendo que eu mesmo sou exemplo do que falo e faço? Sou eu, eu, eu, mas no final eu não sou ninguém.


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domingo, 1 de setembro de 2024

E eu pensando e andando, como farei para sumir?

 Pode ser apenas frases soltas no canto da rua, mas acho que quanto mais vou me aproximando do fim, penso em dar o fim. Em mim, para os outros. O cargo que carregamos nos faz a vida inteira, falar, usar, usufruir de algo não real. 

E quando tiram isso da gente, criamos outra forma de iludir, de fingir. Não estou feliz com essa fase e se eu falo isso querem dizer que eu quero aparecer para milhares de pessoas que mal conheço. O que é real então?

O jogo acabando, a vida se esgotando, eu esgotado de ter que me redimir, cansado de me diminuir para dizer o quanto tudo isso dói. A gente sempre inventa uma piada pronta para o momento, mas esquecemos que ao fundo são lagrimas que cortam o vento. 

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