domingo, 4 de outubro de 2015

Pisar em um terreno onde se é permitido sonhar

Tropeço em um vazio, começando a invasão de sentimentos, sons e luzes sob tons verdes.
Se você colocar as mãos sobre os olhos, fingirei não te ver, deixaremos tudo como está e vamos, vamos até onde nos permitir, sentir.
Vai passar, posso te confirmar isso, vai passar. Mas é difícil aceitar, é irritante ver a merda do tempo insistir demorar. 
Noto o mar agitado, ventos daquela sensação que insiste em não descolar, deixa-me controlar.
Digo sempre, digamos juntos, deixemos a complicação, compilação de erros e então nos permitir, sentir.
Canções não mais, frases tanto faz, e daqui de cima fica impossível notar. Deixo cair, fraqueza do acaso, descaso em contar, longe. Acostumei em não perceber, me ver, pego outra faixa, vendo-me faço o tempo parar. Um pouco mais e quem sabe consiga, quem sabe.
Assutado então, conduzo a solidão, o meio justificando a ausência de mim, porém, tenho o mundo sob meus pés, passo a passo a volta se completa e o tempo nem vai insistir em passar. Já que tudo mudou, sentir passa a ser errado e permitir é proibido.
Faz caso, um campo gelado e depois andaremos no impulso até sangrar, acertar.
E quando finalmente notar que o tempo passou, quem sabe irá se permitir e sentir que tudo valeu a pena, onde olhar pra trás não importa mais. 

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