domingo, 17 de janeiro de 2016

Neve no sol.

Uma cratera na terra, de baixo de mim, separando sentimento, afastando o brilho do meu olhar.
O inferno chega sem avisar, dando pistas do que está para se concluir, nunca sei se realmente está chegando o fim ou não.
A divisão de estações parece nunca chegar, o momento que jamais esperamos enfim foi marcado por um frio abraço, por uma cratera de sofrimento que insiste em separar olhares.
Visto que o chão de abre, uma trinca de amargor em palavras que nem sempre querem sair, palavras que nem sempre querem ser ditar para atingir, mas marcam como fogo. Um grito por dentro, um sussurro de dor. 
Uma escapada para não chorar, uma ladeira para não cair em um fim, que no fim sabemos ser inevitável, o presente sem futuro, um futuro com um passado para esquecer. 
Afinal de contas, o mesmo passado parecer não importar pra você, quer ser apagado como neve no verão, a presença que era constante, hoje parece-me um vulto na névoa. Vago.


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