sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Chuva de verão

Já não sei quantas vezes faltaram mãos, para te estender, te dizer que ficará tudo bem. Já nem sei mais contar, por quantas vezes um outro não.
Dizia ter caminhos, teria que perder para achar um novo inicio, um outro fim.
Um outro a mais, um gole mais. E nunca foi por mal que esqueci de te dizer. Não chore mais.
Dentre tantos caminhos, as mãos que já não se encontram mais aqui, esquecidas, descascando com o tempo. Foram tantos dias de sol e nunca houve ninguém como você.
Hoje sei quantos foram os cortes, para contar histórias, para lembrar que não foram apenas sonhos. Respiração ofegante, sempre ela, machucando novos finais.
Por seus olhos, as marcas se perdem em palavras velhas. Folhas para não te entender, versos sobre mim, tão complicados como uma chuva de verão.

0 comentários:

Postar um comentário