sábado, 26 de maio de 2018

Dolorem

Não há outro lugar para transformar, onde carregar mais esse peso. Embaraçam minha visão, e lá fora outra imagem.
Enrugada, rápido como tudo se estraga. O som da morte em meus ouvidos. Julgando meus toques, meus momentos.
Intenso como o vento dessa noite, e vamos queimar o resto. Não há outro lugar para fazer todos os pensamentos, vontades.
Novas pessoas, quanto tempo irão ficar aqui? Circulando passos, mudando tempo, perdido como mentes do amanhã.
Nesse lugar busco apenas o que eu quero, tirar toda essa dor daqui. Onde buscarei novas promessas?
Desse inferno em que me acostumei, tomo novos goles insólitos, outro esgoto, e o chão não existe mais. Cair, levantar e não sentir mais nada. Não suportar, tristeza incertas, sentimentos exponente, e imagens, a verdade que não quero ver.
Queria não estar mais aqui, gostaria de não querer mais, a certeza que os remédios não vão me salvar, nem do medo que paira em meu destino.
Nesse lugar, permaneço, esqueço e continuo esperando o fim.

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