domingo, 7 de junho de 2020

Pandora

O vermelho dessa noite nos lembra como dói ainda. Desafeto, a falta do afeto, nada de contato, muitas palavras com pouca essencia. Passe bem, durma bem.
Dentro de uma caixa para mandarmos para longe, mas a magnetude é trágica, espero voltar, espero voltar para dentro de nós. Espero, não contemplo um dispositivo aqui, machuca.
Corte anjos e respire, você consegue deixar tudo para trás. Eu não consigo essa frieza, olhar o agora me completa. O ponto final é o unico argumento para o agora. Mas agora o afeto está longe. Dentro dessa caixa, deixamos vazar, onde tudo é lindo, também é sujo.
Me odeie, cansei. Assim como o cinza de hoje, não consigo mais chorar, tudo é aperto, de mão, do coração.
E vai ser assim mesmo, as escritas confusas, as palavras fortes, o sem nexo, a toxina que me impõe, a liberdade que é para mim, gritar.
De fora para dentro, a caixa maldita explodindo, não consigo mais dormir. E só de pensar que era tudo diferente, e só de pensar que você era outra pessoa, machuca.

0 comentários:

Postar um comentário