domingo, 22 de agosto de 2021

Controle remoto

 Medalhas, louros, glória ao vencedor. No jogo onde quem fala menos ganha, onde quem se importa menos é considerado o vencedor. E eu? Bem, eu sigo fora do cenário, sigo na contramão. Mal sei o que me destina, mal sei o que é viver diante regras cotidianas, regras novas, velhas conhecidas por vocês. Devo ser de outro mundo.

Dei-me a cartilha, nem sei ler essa letra, tento decifrar, não sou capaz. O merecimento de tentar ignorar escapa entre minhas mãos. Como areia, aliena quem convém. Um pensamento sufocante e interesses que não importa a ninguém. A não ser ao seu ego. Desdém mudando esse livro onde se enxerga a si mesmo.

Num espelho, torto, cansado fico ao pensar sobre tudo isso. Choro de cansaço, mas aplaudo seu ego que sempre ganha. A divida que se torna cada vez maior, e a responsabilidade não fica entre nós, você não pode se defender. Anula o jogo, passa a vez, não sei como, nem quando chegará minha vez. 

0 comentários:

Postar um comentário