domingo, 14 de setembro de 2014

Marcado para te mostrar um interior que possa te controlar, uma eternidade de sentimentos solitários.

Andar olhando para baixo, abismado com o chão que pisa e saber que nada daquilo faz mais sentido. Pés pesados sobre o asfalto que queima até a alma, antes de mais nada, abraça esses olhos e sinta.
Até a hora de partir, como eu, não é sua culpa, não é uma opção, como eu, perdi aqui então.
Circunstâncias abominam as nossas escolhas, estou aqui novamente, nessa cidade, andando sobre esse asfalto, junto a demonios.
As coisas nunca foram fáceis pra mim, como um inferno que queimam meu peito e somente a vontade de arrancar essa mancha preta que me corrói, que faz arder, igual ao mesmo asfalto do meu cotidiano, da nossa vida. Você não tem escolha, você já perdeu. Nós.
Correndo, olho pra cima, o ar pesado de um céu azul como o brilho dos meus olhos ao enxergar o futuro, limpo, frio e absolutamente obsoleto. Me achei no meio dessa merda toda, perdendo minha mente entendendo que não posso perder tanto tempo optando pela segunda chance, eu sei.
A dor do ódio sobre coisas que apenas não tem mais importância, vamos ignorar, guerra não vai te trazer mais proteção, não vai te deixar mais doente do que já estou, guarde essa chance, dispare tiros de palavras para que entenda que você já perdeu. Vós.
Diante essa podridão, deito sobre cadáveres, caídos como nada, sobre nada, deixe-me entrar para essa sujeira, apenas esqueça, uma distração para perdemos a fé, afinal, já sabemos que tudo isso já foi deixado para traz. Tento tanto para lhe mostrar nesse inferno, sobre o diabo de minhas palavras te estrago, por uma eternidade te absorvo. Eles.
Neste lado, pego a escuridão e coloco nas mentiras, diga que não ta se importando, a chuva já vem chegando, esfria aquele mesmo asfalto quente, suja o céu, te controla. Esqueça, apenas dê a eternidade para essa morte. 

1 comentários:

Emily disse...

É preciso exprimir de alguma maneira aquilo que escapa dos dedos, as ações que escorregam das mãos e todo o inferno sujeito a mutações...

20 de setembro de 2014 às 18:45

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