sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Se sou o centro, que deixe explodir tudo de ruim, para longe, a guerra que me trouxe a paz.

Minas desgastadas de explosões nesses velhos campos, estradas cobertas de lamentações, choram por soluções ininterruptas.
Hoje já não posso suportar tiros, flashes de ódio sobre meus olhos, tudo faz de conta, nada muda.
Diante o percursos me fez perceber o quanto podemos matar, morrer, o fogo cada vez mais expeço e a fumaça já não nos deixa respirar.
Afaste-se, vamos nos recompor, diante de tudo o que nos fazia rir, hoje já não mais.
Granadas fingem se despedaçar, o novo caminho de surpresas irão o fazer perder, sorrisos sobre respostas rápidas.
Quem sabe então amanhã podemos saborear, viver, se não há mais o calor, vamos dormir.
Chega mais, vamos nos alinhar, um saco de nada que nos fez chorar, amanhã não mais.
Fez pegar meu veneno, sobrepôs em sopas amargas, palavras de raiva onde não surge mais com o mesmo efeitos, quebre meus brinquedos, já que não os uso. Em vão se vai, deixais pra trás.
Jogue fora tudo que achar, mude, recicle mas me deixe em paz. Isso já não é o velho ranço, isso não é o novo espelho, apenas não tente entender, nunca tente compreender.
Flores pelo chão, acarinham os destroços, cicatrizes profundas, eternas. E então, podemos erguer os olhos e viver.
Puro demais para não beber, doce demais para deixar aqui, sigo meu destino de fazer o certo, diferente, e mudar se torna tão necessário quanto sobreviver.  

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