sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A casa de um alto e podre domínio apático.

Suba, suba, pense velozmente antes que essa bolha criada sobre oxigênio congelante chegue ao topo.
Diga frases construtivas, aborte dentro de você o sangue vindo de mim. Corremos ao ponto certo, apenas suba, suba e jamais pense.
Já no alto somos capazes de cair, então por favor, me leve pra casa. Longe, longe de tudo. Minha sorte de não ver mais você.
Hoje tudo isso já não significa, minha boca está seca e apenas vejo na tv noticias sobre copos e vinhos. Corpos anestesiados, cansados dos mesmo, apáticos e sujos. Deixe cair.
Suba, suba essas escadas impávidas, cuspa, só não durma sob os estrumes dessa terra sem nada.
Subordinados a obedecemos uma ordinária capataz e nunca vamos ficar longe assim fácil.
Se a queda fica a poucos kilometros, o faça, me faça, dance, cante mas seja você.
Ontem foi pesado, um passado de escuridão em janelas vazias, quebradas como o velho músculo. Tire os cacos, pise, entenda que quem ri agora sou eu, tão fácil, tão tolo.
Cheguei, me ouve falar? Veja o grande prazer da dor caindo, desmoronando naquele passado que ao terminar deu-se lugar ao desconhecido. Leveza. 

0 comentários:

Postar um comentário