sábado, 9 de abril de 2016

Aquário sólido prestes a quebrar.

Piso em relevos feitos de vidros, obstáculos que precisam ser quebrados. Um longo tempo que não estive pensando nisso, mas as coisas simplesmente voltam, e quando você não pensou?
Fantasmas te dizendo o quanto mudou, a vida te dizendo o quanto evoluiu, mas existem partes de você que te fazem regressar, é preciso saber, é preciso enfrenta-las com violência. 
Substancias te ajudam, outro gole te sustenta, mas é complicado olhar, difícil enfrentar. 
Onde os olhos não alcançam, onde sua alma te enxerga e algo te diz para parar, mas o coração insiste e não parar de bater, a respiração contínua torna-se rápida, excitante e nada disso ajuda, porém, você continua a tentar andar sobre esse relevo frágil.
A dor é intensa, interna, corrói como ferro no mar, destrói como fogo, fere tanto que é impossível enxergar o horizonte.
Me faz ficar louco, são tantas torturas em que minha mente insiste em me fazer sofrer, sobrecarrego um copo, grito por dentro e ninguém escuta. O chão que quebra me faz escravo do que penso.
E é tão real, não me faça controlar, espectros derrubam e sinto tudo ruim, mas não vejo os corpos, sinto apenas o peso sobre minhas costas a alucinar este passado obscuro.
Isso não serve para entender, linhas não mostrarão o caminho da resposta, existem coisas que são para sentir a dor, sangue para lavar palavras, escuridão para se fazer enxergar letras e bebidas para ser inaladas sob o ar.
Se compreender tudo isso se torna complicado, ao menos escute minha voz,  Afinal de contas, um dia tudo isso ira se extinguir, e acredite, vai acabar pra valer. 
Então feche os olhos e sinta tudo que pensa afundando nas palavras futuras, perca o folego junto com a solidão. Eternidade!  

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