domingo, 3 de abril de 2016

Unidade de força

Todo o final de um corredor, ocorre ruínas de um destino prévio, marcado para acontecer.
Decido então deixar minha marca, minha alma na sua, e melhor ficarás assim, desolada em braços abertos.
Corredores curtos, destinos longos e um prazo eterno a se prolongar, e momentos de tristezas que me fazem pensar em um final.
A verdade é que sempre fica difícil aceitar a volta, o retorno em portas que se abrem no velho corredor escuro, tão obscuro quanto nossas mentes.
E entre lembranças secretas reveladas a ti, pensa em aceitar e creia que irá valer. Ou não, te esperar no obscuro dessa reta misteriosa.
Fico eu então aqui, sem dormir, sob efeitos, sob defeitos de uma mente que insiste em não parar. Corredores cada vez maiores.
Entorpecido de algo que não se consegue neste mundo, embriagado do mesmo modo que antes, diferenças na pele, diferenças em cada cicatriz, sangue que custa a secar.
Mas se tudo isso passar, se então o corredor em que tememos fique estreito, qual será o próximo passo, se nem ao menos sua voz é possível escutar, se não posso te tocar, qual o ponto disso tudo? Percebe que esse corredor pode ser muito mais longo do que imaginamos?
Goles ajudam, não amenizam. Lagrimas contribuem, não respondem. Sorrisos acalmam, não ajudam.
Seus desejos me fazem perceber o quanto em vão fiz ventar, insistir para você ficar não bastar para tocar seu coração. Uma crueldade desigual nesse lugar onde paredes são estreitas e infinitas ao decorrer de um olhar.
Mas quando eu penso que nunca chegarei ao fim, olho pra trás e recordo de tudo que já caminhei, tudo que sofri e vejo que o final por mais esteja longe, um dia chegará.
E o velho corredor da vida é desgastante, mas venceremos ao final, basta querer, não importa o que for, basta seguir em frente, tropeçando, caindo e levantando.
Seguindo como se fossemos um, mais forte.

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