domingo, 10 de abril de 2016

Valores desconhecidos.

Diante do penhasco, beirando o abismo de um mistério. Gostaria de perder, razões essas para um fim sem sofrimento.
Diante de uma planície, caminhando em sonhos distantes. Ganharia vida, correria contra o vento de solidão.
Buscando o silencio te ouço, alimentando a velha besta que seus olhos tragam para a noite. Para você o poder do tudo, pra mim, o nada.
Pancadaria, grita o surdo, parece ser tudo calmo, cheio de sorrisos, e a cada degrau o abismo fica próximo de nós. Só não olhe para baixo, são só os sonhos ficando distantes.
Tenha vergonha e me puna pela preocupação pitoresca, alarme silencioso da certeza. Nada pra mim, tudo pra você.
Perco com a facilidade de ganhar, mas está tudo bem, sinto-me livre. São diversas razões para parar este sofrimento. Um dia, quem sabe.
Relevos e depressões, céu com chuva, linhas molhadas e tudo em vão, não. Sem regresso, sem progresso, engesso sua razão. 
Por que no final das contas, você tem tudo e eu, nada.  

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