sábado, 20 de janeiro de 2018

Paralelepípedos inconstantes

De canto a canto, tentamos não estragar ainda mais. Um passo de cada vez e outra certeza que de novo, estragaremos tudo. Vivo dentro de uma má postura, convivo entre a escuridão e uma xícara de chá, amargo, como tudo deve ser.
Um novo canto, outro recanto, a sensação de cansaço tomou conta de tudo, pelo espaço dado, pela falta de sono, e dentro de mim, uma mentira que sempre quis acreditar.
Sabores distintos, desfrute de toda a solidão que te proporciono. Diariamente sento e observo como tudo é simples, irreal, tão falso como o plástico, um isopor sobre a água. É inconstante, mas tão intenso, não como eles, não como nós.
Talvez tenha que ter acontecido, talvez esse sangue tenha algum valor, para o futuro, para um passado que não será esquecido sem as cicatrizes.
Vidros que refletem magoas, e de canto a canto, a cada nova esquina dormiremos para viver tudo isso de novo. Por sorte, não acordaremos. 

0 comentários:

Postar um comentário