sábado, 25 de abril de 2020

Dentro de você

Conheço o inferno e você sabe muito bem. Me mato todos dias e ninguém pode me ver.
Eu consigo enxergar, já chega, vi de tudo e nada é novo sobre o nada. O fim me chama, quem se importa. A doença entá ai, e estamos prontos, caso não saiba, já nasci doente.
Alguém me ouve? Será que alguém lê? É questão de instantes e sobre como pensar.
O bom, o mal, depende de você. Memorizar para não ser o único a lembrar de tanta lama, mas ninguém pode ver a não ser você.
Um número e mais nada, uma letra e várias lembranças de você. Que se foda.
Grite, grito como nunca, nesse quarto, nessa casa que tão particular, me tirou a vida.
Não quero ninguém me chamando de amigo, vou te mostrar o mundo com meu sangue. Você e eu, você e seu ego, não comece. Seja aqui, seja você. Dentro de você, entre o inferno e eu. Conheço bem.

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