sábado, 26 de junho de 2021

Um chão em pedaços

 Pensei que poderia falar a verdade, mas o que passou, foi ontem, foi horas atrás. E tudo que você me disse, me libertou. Não sei explicar nem nas letras que eu escrevo, imagina pra você. Tudo o que eu queria era que o mundo apagasse, meu mundo sumisse. 

Mas teve que ser assim, nascer de novo, não sei onde, mas livre. Me redescobrindo entre esses ladrilhos quebrados. São falas que posso não acreditar mas falam por mim, de mim. 

Velas acessas, cerveja no copo, e eu ainda sigo sem entender nada, tambores, tambores e um giro que me fez duvidar. O que sentir? Não sei. Entre o caos, entre as multidões, sou a doença, a cura, entre as pessoas, contamino, um adeus. Me torno tão forte em certos dias, sou fraco hoje e não sou o inimigo daqui.

Por uma vez se quer, me diga a verdade, em olhos verdes, tentei muito não olhar, não consegui nem acreditar. O banho doído, o sal, um amargo nas costas, e possivelmente o resgate aos antepassados. Não sei.

Me torno cumplice, me torno hipocrita, amo a contradição, mas isso todos sabem, e continuo aqui, tentando, buscando, lembrando quem eu realmente sou.

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